Da derrota à vida.

O dia vem chagando e já posso sentir a aurora

Ainda deitada sob a sombra da última árvore de um terreno abandonado

Respiro o cheiro de terra fresca.

Alucinada pela dor e transtornada pela perda, choro sua ausência há dias.

Desde quando se foi não pude mais permanecer no mesmo lugar, do mesmo jeito.

Tudo dói demais. Todas as lembranças trazem saudade de você, anjo.

Seu doce veneno penetrou minha carne, e creio que não sairá.

Os ventos que vêm de longe me embebedam com seu cheiro.

Não quero mais te lembrar.

Sei que aos poucos essas feridas secarão, terei minha vida de volta.

Meus sonhos estão quebrados agora,

Mas tenho a vinda inteira pela frente para reconstruí-los.

Minhas mãos ainda chamam por sua pele.

Mas sei que está tão longe agora que nem mesmo lembra meu nome,

Aquele que por noites gritou enlouquecido de prazer.

Agora veja o que fez com quem lhe deu a vida.

Quantas vezes morri por você?

Ah, como eu te amo e como detesto admitir isso.

Abro os olhos para ver as folhas caírem sobre mim...

O frio vento do outono anuncia seu fim

E o inverno aproxima-se, estação da morte, mas

Logo chegará a primavera e renascerei das cinzas porque assim como a Fênix renasço das cinzas para um novo tempo.

Taciane Lopes
Enviado por Taciane Lopes em 23/01/2010
Código do texto: T2046999
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