Leves Fragmentos Solitários - LIII

É sempre bom escutar Titãs - “É cedo, ou tarde demais, pra dizer adeus, pra dizer jamais...” Isso porque estou sempre sonhando.

Sonhando acordado na maioria das vezes.

Levantei assustado, nem imaginava que horas eram. Devia ser muito cedo com certeza. Pensei em fumar um cigarro, mas preferi tomar um banho. Mil idéias na cabeça & um vazio ao mesmo tempo. Como que automaticamente, me troquei & saí para a rua. Nem me liguei ao horário. O tempo apresentava uma espessa cerração, devia ser seis & meia ou sete horas da manhã. Lembrei da Patinha indo bem cedo ao escritório, & talvez... Não, não chegaria tão cedo. Fazendo tudo como se fosse um dia normal, cheguei no escritório & ele estava fechado. Porra, que horas seriam? Parecia até, que dentro de um certo transe, havia me deslocado tão rápido. Nem conseguia imaginar em que horas havia saído de casa. Mas já estava lá. Sete horas & mais alguns minutos. O jeito foi ficar sentado na escada. Acendi um cigarro, li o jornal de novo. Outro cigarro & as portas do elevador se abrindo. Ela tomou um susto ao me ver ali tão cedo. Nem acreditava que eu estava bem ali. O sorriso que me deu foi lindo. Entramos no escritório às escuras, com o dia ainda teimando em não clarear. O beijo que recebi foi cheio de paixão. Minha vontade era arrancar toda a sua roupa & trepar com ela ali, em cima da mesa. Ela estava ansiosa & receosa. Ficamos nos beijando por vários minutos, abraçados, enroscados, envoltos em nossas fantasias. Tinha que rolar de alguma forma. O nosso tesão ia fugindo da razão, & nos arrastamos para a sala do lado. Fechamos a porta, puxei uma cadeira para perto, impedindo qualquer passagem & fui desabotoando sua blusa. O tempo era nosso inimigo, pois em breve alguém podia chegar. Ela abaixou suas calças, eu a minha, & sentado na cadeira trouxe para perto de mim. Penetrei com calma, saboreando o prazer que me torturava. Podia sentir ela vibrando em cada estocada. Ela queria se virar para poder me beijar, mas teríamos que deixar mais espaço entre nós & a porta. Bem vamos correr o risco. Nada podia ser maior do que tudo aquilo. Ela se virou, penetrei de novo, sentindo todo o seu calor interno. Ela se deleitava com o volume em meio as suas pernas, & me beijava todo o rosto, a boca. Só tomava cuidado com seus seios, pois sabia que estavam um pouco doloridos. Os dias de regra estavam chegando & lhe deixavam mais sensíveis. Ela gozou pelo menos duas vezes antes de mim. Sempre fantástica. Quando gozei, uma explosão de prazer imenso, quase desfaleci. Exaustos, nos abraçamos por mais alguns minutos, para nos recompor em seqüência. Uma ida até o banheiro, & uma descida para um café.

O brilho dos seus olhos era simplesmente fantástico.

Peixão89

Leves Fragmentos – 1999-2000

Peixão
Enviado por Peixão em 23/03/2010
Código do texto: T2155397
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