Solidão

A solidão que fere meu peito

Tem arestas pontiagudas

Navalhas frias no leito

Entra pelos olhos se espalha na pele

Tem calafrios e dores agudas

É solidão de poeta

Que nos versos adere

Quem me deu essa solidão

Me abençoou quando nasci

Deu-me de presente um coração

Transbordante de emoção

Trouxe a lua até aqui

Pra consolo das minhas agonias

Porque me concebeu em nostalgia

Minha solidão não carece

De consolo nem afagos

É confissão e prece

Inspiração bebida em tragos

Minha solidão é benção silenciosa

Presença docemente consentida

Anuência amorosa

Experiência plenamente bem vinda

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 06/06/2005
Código do texto: T22595
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