Tudo parece tão igual

Ouço teus passos leves e lentos se aproximando...deixo os meus olhos pousados na espera da tua passagem breve...sinto a brisa lamber meu rosto banhado de meios sorrisos...

Ao som das cantatas atravesso minutos e segundos que me separam do

encantamento produzido nas horas em que passeias nas minhas retinas marejadas...

Tudo parece sempre tão igual...toda descrição não mexe mais com nossas intimidades...que parecem cansadas de tanto amor...e todo amor que explode em liras, não move mais meus lábios...não quer sair de dentro das sensações...

Tuas palavras doces sempre sacodem as estruturas...silenciam os fados...

ganham as alturas...passeiam por aí nas notas...

O amor de ontem acorda cedo...chega da mesma forma que parte com passos leves...sem acenos...se acomoda no trono que sempre o pertenceu...

É preciso mais que sonhos para traduzir em linhas os arrepios da pele...

os sussurros da alma...o amor que transborda...

É preciso mais que palavras para cantar a canção que envolve o corpo e passeia nos olhos...

É preciso acordar a vontade...buscar a realidade...se envolver com a saudade...abraçar a vida que espoca na soleira...reter com entusiasmo

a vital felicidade...

Enquanto desfilas tua vitalidade...me envolvo nos meus braços...

me guardo dos temores...pra cantar na vida só amores...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 08/06/2005
Código do texto: T22923
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