DEBRET, recorte de uma estória

Debret , recorte de uma estória

1816 é o ano em que esse pintor francês chega ao Rio de Janeiro a bordo do veleiro norte-americano Calpe. Já havia decorrido oito anos que D. João VI e respectiva corte estavam ao abrigo da colônia ultramarina, agora elevada à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Nesse sitio de tempo a permanente mão de obra escrava negra servia uma sociedade perversa e odienta, confrontando o Tratado de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação celebrado com a Inglaterra em 1810, do qual se aproveitavam os franceses para atiçar o rancor dos brasileiros para com os ingleses.

Com os portos abertos e uma necessidade imperiosa de mão de obra especializada, face à falta de potencial interno para o empreendimento, aliada ao reconhecimento da França como destacado pólo cultural e artístico da Europa, ocorre um entendimento entre o Marquês de Marialva - embaixador de Portugal em Paris - e o Conde da Barca então Ministro de Estado para que fosse formado primordialmente um grupo de artesãos e artistas, inferindo daí que a paz entre as duas nações já há havia sido restaurada. Tal propósito serviu para que o Cavaleiro Joachim Lebreton formulasse um projeto para a criação de uma Escola de Belas Artes com dupla finalidade, ou seja, propagação do ensino simultâneo do desenho nas artes e ofícios. Serviu de modelo, talvez, a Académie Royale de Paris. O documento encaminhado se revela ecfrástico na sua abordagem, percorrendo instruções, observações, cometimentos e recomendações nas disciplinas de desenho, pintura, escultura e arquitetura a ponto de dizer que: “A escola de artes e ofícios custará muito pouco ao Governo, segundo os elementos que propus; será no máximo um aumento a fazer-se nos salários dos srs. Debret e Grandjean e um salário moderado para os dois alunos do professor de arquitetura. Os operários, uma vez desembarcados, nada custariam. Para a viagem haveria, penso eu, um meio insensível ao Tesouro Real, de fazer esta operação, cujos resultados seriam tão úteis. Creio fora de dúvida que seria menos dispendioso transportar esta colônia em um navio português ou brasileiro, do que pagar tantas passagens, e, a mais, o frete dos móveis e utensílios a um armador. Que se encarregue ainda um negociante desta comissão, que ele forneça o navio e que vá à França, com um carregamento de produtos de que o Rei possa dispor. O produto do carregamento pagará as despesas da expedição, ao mesmo tempo que poderia bastar para a aquisição de todos os gêneros de modelos necessários às duas escolas de artes.”

Ocorre que, o instrumento apresentado ao Conde da Barca no Rio de Janeiro, data de 12 de junho de 1816 e por aqui, supõe-se, já perambulavam alguns artistas mercê dos acontecimentos políticos na Europa. “O contra-almirante Julien de la Gravière, a bordo do navio Le Colosse atracado no porto do Rio de Janeiro, escreveu no dia 8 de setembro de 1820: “(...) Contamos neste momento, somente no Rio de Janeiro, com uns 3.000 franceses e as chegadas freqüentes aumentam sensivelmente esse número” (SILVA, 1995). Tal colocação compreende ser equivocada quanto ao atributo dado a esses finórios como integrantes da “Missão Artística Francesa”. Mais apropriada seria Colônia Lebreton, segundo Letícia Squeff e reforçada por Valéria Lima quando diz ...que se tratava, na realidade, de uma empresa oferecida ao Monarca pelos artistas franceses, através da figura de seu líder, Le Breton e segundo o duque Richelieu em nota a Maler a partida dos artistas que faziam parte da Missão Francesa era “inteiramente voluntária” (apud in Franceses no Brasil, p.115).

Laudelino Freire em seu discurso de 1917, proferido no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro depõe: “O Rei, querendo aproveitar a capacidade de artistas franceses, que como ele, foragidos, vieram buscar asilo às nossas plagas, e que lhe buscaram a sua real e graciosa proteção para serem empregados no ensino, criou por decreto de 12 de agosto de 1816, a primeira escola de instrução artística no Brasil. Houve por bem mandar que se lhes pagassem pensões que ainda, por efeito da sua real munificência e paternal zelo pelo bem publico, lhes fizera favor para a sua subsistência, determinando-lhes firmassem contrato pelo tempo de seis anos, o que posteriormente foi feito. Os termos do decreto real afastam desde logo a hipótese de terem sido mandados contratar no estrangeiro artistas que aqui vieram ter em virtude dos sucessos políticos ocorridos em sua pátria por ocasião de subir ao trono Luiz XVIII. Com o aproveitar-lhes as habilitações, prestou D. João inolvidável serviço à nossa cultura”.

Comparando o acima sinalizado, M. Debret em sua “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil” nos relata uma atenção diversa, cuja fortuna assim expressou: Ansiosos por embarcar e enfrentando os azares temíveis de um vento contrário que nos retinha há seis semanas, partimos do Havre a 22 de Janeiro de 1816, a bordo do Capé, pequeno “três mastros” americano, de Nova York, fretado para conduzir-nos ao Brasil (pág. 110). Prosseguindo, registra: Entrementes, o passageiro brasileiro que tínhamos a bordo apressou-se em desembarcar a fim de visitar o governador da ilha, seu compatriota, e comunicar-lhe com orgulho que escoltava até o Rio de Janeiro uma colônia de artistas mandados vir pela Côrte (pág.111). Mais à frente: Alguns dos nossos artistas, e com eles o senhor Lebreton, passaram a noite na ilha, conformados em dormir à moda do país, isto é, deitados simplesmente em esteiras (pág.112) . E ainda, Lá pelo meio-dia o senhor Lebreton foi à cidade apresentar-se ao nosso protetor no Brasil Conde da Barca, ministro das relações exteriores, que o recebeu afetuosamente e que o reteve para jantar (pág.118).

O conhecimento do relatado já impresso só nos é dado apreciar em 1834/35, quando M. Debret encontra-se em França. É oportuno salientar o apanágio político nacionalista, quiçá ranço da revolução francesa ou retórica da época, que o autor faz na sua dedicatória Valendo-me do titulo honroso de vosso correspondente no Rio de Janeiro, ouso hoje oferecer-vos, vo-la dedicando, esta obra histórica e pitoresca, em que lembro, antes de tudo, ao mundo intelectual, que o Império do Brasil deve ao Instituto de França sua Academia das Belas Artes do Rio de Janeiro. Nada mais justo que esta homenagem: ao benfeitor pertence o primeiro fruto do beneficio. ...Historiador fiel, reuni nesta obra sobre o Brasil, os documentos relativos aos resultados dessa expedição pitoresca, totalmente francesa, cujo progresso acompanhei passo a passo.

Passados dez anos da edição do decreto, finalmente em 1826 é precariamente inaugurada a Imperial Academia de Belas Artes com delineadas e significativas diferenças em relação ao intento de Lebreton, pois sabemos que falta de recursos financeiros, entraves burocráticos, querelas políticas, controvérsias estéticas e outros obstáculos impuseram o ritmo da organização e do desenvolvimento (in Valéria Lima, pág. 1).

No decurso desse decênio inumado de tratativas operacionais em que o Senhor Montigny, autor do projeto e responsável pela condução das obras do paço das artes, ocorreram profundas mudanças políticas, a partir do retorno de D. João VI e comitiva à Europa, dada a recolonização desejada “O comércio do Brasil já sofre do afastamento da corte. O dinheiro tornou-se escasso, os preços das mercadorias são excessivos (Potelet,1993,p.35 in J.Dumont, p.108, Franceses no Brasil); assunção do defensor perpétuo D. Pedro; a independência do território brasileiro; a manifesta aversão aos portugueses; a republica pretendida; o poder ameaçado; os papéis incendiários; as desordens; as diversas sucessões de ministros até a dissolução da Assembléia Constituinte maximizada pelo exílio de vários membros notáveis pela sua cultura e sua eloqüência, entre os quais José Bonifácio, o mais firme esteio dos seus primeiros êxitos políticos.

Nessa quadra de acontecimentos M. Debret nos recorda que: Durante a construção do palácio da academia, os artistas dedicaram-se a obras particulares. O pintor de historia, entretanto, fez o retrato do Rei, de corpo inteiro, e com o traje da Aclamação; o quadro passou imediatamente para as mãos do gravador Pradier, o qual, depois de fazer a água-forte, obteve do Rei autorização para regressar à França a fim de terminar a gravura a buril, porque no Brasil não havia ainda impressor e nem mesmo papel conveniente. O mesmo pintor, senhor Debret, executou em seguida o quadro do desembarque da Arquiduquesa no Brasil, igualmente gravado por Pradier. Utilizou-se o pincel desse pintor de historia nos cenários das representações teatrais a que assistia a Corte em diversas épocas do ano.

Criticas não faltaram a esse “corpo estranho” (J.R.Teixeira Leite e C. Lemos), haja vista que os talentos artísticos locais teriam sofrido a desleal concorrência dos estrangeiros, além de serem obrigados a se submeter às novas regras no mundo das artes e ofícios (in Valéria Lima).

Quirino Campofiorito é mais enfático quando condena a ação francesa no campo das artes brasileiras no século XIX. Não só destaca que o país necessitava principalmente de artífices e não de artistas, como identifica alguns aspectos negativos da introdução do ensino artístico pelos mestres estrangeiros: submissão a postulados acadêmicos já reprimidos na própria Europa, academismo retrógrado, capricho de mestres franceses, curiosidade artística alheia à temática brasileira, etc.

A critica desenxavida quanto à atuação dos experientes artistas franceses esquece que àquela época minimamente dispúnhamos de tão somente da “Aula Publica de Desenho e Figura”, criada em novembro de 1800, sob os cuidados do fluminense Manuel Dias de Oliveira, artista brasileiro que estudou em Portugal e foi pensionista na Academia Portuguesa de Roma.

Uma consideração de Mário Pedrosa se faz pertinente e valida a asserção de Laudelino Freire, qual seja: Esses artistas não chegaram aqui convidados formalmente pelo Governo de Sua Magestade. Vieram por conta própria, precipitados pelos acontecimentos políticos que os envolveram, com a complacência neutral da embaixada de Paris.

Sem maiores afadigamentos e com a morte de Lebreton, diretor da empresa, geralmente desprezado e odiado por todos ...que vegeta na lama e na obscuridade (in Franceses no Brasil, p.116) o Barão de São Lourenço se lembrou de um protegido, artista português que vegetava em Lisboa, pintor medíocre e pai de numerosa família. Fê-lo vir ao Rio de Janeiro e, graças a um projeto de organização da academia, redigido à nossa revelia e apresentado apressadamente pelo ministro do Interior ao Rei, nomeou-o professor de desenho e diretor das escolas. Esse mesmo projeto outorgava-lhe um secretário português em substituição ao nosso (Pierre Dillon*), destituído sem motivo. Aqui começam as intrigas portuguesas contra os acadêmicos franceses, inevitável conseqüência da introdução inconveniente de dois portugueses no corpo acadêmico composto essencialmente de franceses.

O apaniguado diretor, de nome Henrique José da Silva e seu secretário, Luiz Raphael Soyé, engendraram tantos e tamanhos obstáculos que M. Debret numa entrevista com o Barão de São Lourenço alerta: ...que o orgulho e a mediocridade do diretor, bem como os interesses do secretário se uniam para nos afastar de qualquer maneira e trabalhava no sentido de paralisar nossos talentos, de impedir nosso contato com a autoridade, a fim de nos transformar em pensionistas inúteis ao Estado.

Não obstante, nos bastidores da correspondência oficial entre o Coronel Maler, cônsul em função no Rio de Janeiro de 1814 a 1824 e o ministro Richelieu, saliento a posição deste quanto às intenções dos franceses, quando este escreve: Aqueles (os franceses emigrados) que vão constituir no Brasil algum estabelecimento de comércio destinado a corresponder com a França e a dar às relações dos dois países mais utilidade e desenvolvimento devem ser particularmente protegidos. Ao contrário, se alguns trazem ao Brasil técnicas que colocariam este país em posição de concorrer com a França, nenhuma ajuda deve-lhes ser proporcionada: nossas leis proíbem a exportação de nossas máquinas e dos procedimentos de nossas manufaturas. Deve-se em geral manter os franceses que vão ao estrangeiro em boas disposições com sua pátria e no espírito de retornar para a França.(Arquivo Quai d’Orsay, 1817, v.131, in Franceses no Brasil, p. 110).

A defesa de seus interesses (dos franceses) é de capital importância, sua conveniência é a nossa matéria prima que permuta com seus produtos manufaturados; impedindo a propagação dos engenhos técnicos submete-nos a servilidade incipiente e com isso evita futura concorrência, uma vez que a Inglaterra era o seu forte e mais avançado oponente no continente europeu.

Por outro lado, é o entulho humano de desempregados e arruinados da França que nos queriam mandar, secretamente encorajados, conforme recomendação do Conde de Gestas em 1823 (in Franceses no Brasil, p.111). Tal proceder já conhecíamos com os degredados e mercenários despejados pelos portugueses à época da colonização.

Portanto, podemos presumir que a presença dos artistas franceses imprime uma intenção política, notada também pelos reiterados envaidecimentos na obra do Senhor Debret.

Como pintor da corte presenciou e registrou num desenho, posteriormente gravado, o desembarque da Arquiduquesa austríaca (1817) que permite a visão panorâmica do acontecimento, destacando o caráter festivo, e, em pequeno óleo, o encontro de D. Pedro com D. Leopoldina; fato que representava a união entre a casa de Bragança e de Habsburgo. Em outra oportunidade, no dia em que se comemorava as Chagas de Cristo, unindo religião e política, D. João foi aclamado Rei (1818). Debret, didaticamente, desenhou uma visão ampliada do povo nas ruas, destacando em primeiro plano a massa saudando o novo monarca, presente na sacada da grande galeria, especialmente construída para o evento; como também uma cena do rei já aclamado no trono (in Mariliz de Castro Vieira Christo, A Pintura de História no Brasil do Século XIX: Panorama Introdutório).

Transcorridos anos de embates e ardis embuçados, eis o pintor de historia de posse de uma concessão provisória de um dos “ateliers” já disponíveis da Academia o que possibilitou no dia da abertura...uma exposição muito interessante, que impressionou pelas produções tão perfeitas quão variadas, pois constituía-se de diferentes gêneros, retratos, paisagens, marinhas, arquiteturas, animais, flores e frutas.

A produção variegada de M. Debret reflete uma cosmografia predominantemente urbana e civilizada, cuidando em seus assuntos do homem indígena, do negro escravo, dos afazeres domésticos, dos hábitos e costumes, dos adereços, da flora, das diferentes categorias de cerimônias, das cenas de rua, do panorama físico da cidade, suas casas e ruas. Observador fiel, seus registros delatam uma época do cotidiano viver oitocentista numa crônica de pincel que colide muitas vezes com o retrato das palavras em equívocos que podemos sublimar dada as possibilidades existentes.

Neste exato momento, torno presente a ladina percepção desse pintor de história, reproduzindo o que arbitrariamente denominei

Funesta tarefa que descreve a função de um vaso de barro (p.133/134, volume II), manejado por um negro escravo ao capricho cruel de uma sociedade imperial que exorbita e degrada a convivência humana.”O nº 2, primeiro da linha, de barro cozido e de forma oblonga, tem mais o caráter indígena. É, em geral, de três palmos de altura. Suas funções vergonhosas fazem com que esteja sempre escondido num canto do jardim ou de pequeno pátio contíguo à casa, colocado atrás de uma cêrca de trepadeiras ou simplesmente escondido por duas ou três tabuas apoiadas ao muro. Nas casas mais ricas, ele se dissimula sob um assento de madeira móvel. E, nesse esconderijo, aguarda a hora da Ave Maria para, molemente balançando à cabeça do negro encarregado desse serviço, ser esvaziado numa das praias. Antes da partida é previamente coroado por uma pequena tabua ou uma enorme folha de couve, tampa improvisada que se supõe suficiente para evitar o mau cheiro exalado durante o trajeto. Esse despejo infecta todas as noites, das 7 às 8 e meia, todas as ruas próximas do mar e nas quais se verifica uma enorme procissão de negros carregando esse triste fardo e que espalham num instante todos os transeuntes distraidamente colocados no caminho. O velho barril de água termina também sua carreira como o pote de que acabamos de falar, com maiores inconvenientes porem, no transporte, inconvenientes que escandalizam as modistas e as negociantes francesas da rua de Ouvidor (*rua Vivienne, de Paris no Rio). Acontece com efeito que o peso enorme suportado pelo fundo velho do barril, o qual recebe com cada passo do carregador uma ligeira sacudidela, acaba desconjuntando as três ou quatro tabuas, já podres e sem elasticidade, que cedem, enfim, deixando escapar o conteúdo infecto que espirra de todos os lados. Mas não é tudo, nessa desagradável ocorrência as paredes do barril, ainda ligadas com aros de ferro, escorregam e encaixam o negro desde os ombros até os punhos. Assim, repentinamente couraçado, às vezes mesmo coroado com enormes folhas de couve de uma cor incerta, descobrem-se somente a cabeça e as pernas do pobre escravo abobado com as novas cores de que se vê de repente coberto. Essa desventura constitui uma alegria para os companheiros e é assinalada por mil assobios agudos, gritos e palmas de todos os que o cercam. Acordado de sua estupefação por esse barulho generalizado, o negro toma as disposições necessárias para sair de seu barril e recolher os pedaços esparsos. Após a manifestação de alegria, os outros parte correndo e o desgraçado assim isolado, torna-se o ponto de mira dos vizinhos que fechando o nariz, lançam contra ele seus próprios negros armados de utensílios que lhe são emprestados para recolher pouco a pouco os restos imundos disseminados pela calçada. Obrigam-no ainda, após esse trabalho penoso e longo, a jogar vários barris de água, a varrer e, não raro, a limpar com esponja as vitrinas da loja que seu fardo sujou. Com todas essas precauções, quase não basta a noite para que se evaporem completamente os miasmas, circunstancia desagradável que priva as moças da loja atingida, das amáveis visitas que lhes encantam as noitadas; e a circunstancia é tanto mais aflitiva quanto dá origem a chacotas e zombarias que circulam durante, pelo menos, oito dias em todas as outras lojas do Rio de Janeiro. Terminado esse penoso trabalho, entre imprecações de todos, o infeliz carregador vai lavar-se na praia, bem como limpar as tábuas desconjuntadas de seu barril. Finalmente, após três horas de ausência, volta para a casa do amo, onde, por cúmulo de infelicidade, é submetido ao castigo reservado aos desastrados, castigo pelo qual o proprietário do barril velho pensa mascarar a sua sordidez“.

Finalizando, nomeio a titulo de assentamento algumas produções realizadas por esse francês - a quem muito devemos - no período de 1816 até 1831 inclusive.

*Dois quadros para o Rei, representando um deles uma revista de tropas portuguesas na Praia Grande, em presença da Corte; e o outro o embarque dessas mesmas tropas para Montevidéu. – Retrato de corpo inteiro do príncipe real D. Pedro. – Retrato do Rei. – Grande numero de figuras, baixos-relevos, transparentes, para as festas da coroação do Rei D. João VI. – Composição e execução de cinco arcos de triunfo (no Império). – Cenários do Teatro Imperial. – Pano de boca, quadro histórico. – Cerimônia da coroação do Imperador, quadro de grande dimensão. – Duas alegorias relativas ao autor da Flora Brasileira, o R. P. Veloso, pequena dimensão.

paulo costa

novembro/2010

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Fontes Consultadas:

Squeff, Letícia, J.-B. Debret. Historiador e Pintor, Revista de Historia 159 , disponível em: www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pide=S0034, acessado em 13 de outubro de 2010. Anexo.

Lebreton, Joachim , Manuscrito inédito sobre o estabelecimento de dupla Escola de Artes no Rio de Janeiro, em 1816, disponível em: http://DezenoveVinte-Arte Brasileira do Século XIX e Inicio do XX, Documentos, acessado em 16 de outubro de 2010. Anexo.

Freire, Laudelino, A pintura no Brasil (discurso proferido em 1917 no IHGB), disponível em: http://DezenoveVinte-Arte Brasileira do Século XIX e Inicio do XX, Textos de Artistas, Revista do Brasil: Artigos e Criticas de Arte, acessado em 16 de outubro de 2010. Anexo.

Debret, Jean Baptiste, Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Tomos I e II, Livraria Martins Editora, S. Paulo, 4ª ed., 1965, Tradução e notas de Sérgio Milliet.

Lima, Valéria, J.-B. Debret, Historiador e Pintor, Campinas-SP, Editora Unicamp, 2007.

Coleção Imagens do Brasil, Volume 2, O Brasil de Debret, Belo Horizonte-MG, Villa Rica Editoras Reunidas Ltda., 1993, Sérgio Milliet, Rubens Borba de Morais e Antonio Carlos Villaça.

Lima, Valéria Alves Esteves, A Academia Imperial das Belas-Artes: Um Projeto Político para as Artes no Brasil, Campinas-SP, UNICAMP, 1994, Dissertação de Mestrado ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

Dumont, Juliette, Franceses no Brasil Séculos XIX-XX, S. Paulo, Editora UNESP, 2009, organizado por Laurent Vidal e Tânia Regina de Luca.

integra o presente trabalho um CD contendo a produção pictórica de JEAN BAPTISTE DEBRET, refletida em Costumes brasileiros, Costumes italianos, O Brasil de Debret e Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil.

paulo costa
Enviado por paulo costa em 08/11/2010
Código do texto: T2603248
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