Etc...

Estava lendo e pensando a respeito do etc e resolvi escrever um pouco a respeito.

Não me atreverei a adentrar o campo do conhecimento gramatical, mesmo porque, por não ser conhecedor, cometeria grandes despautérios, aqui apenas me reservo o direito de filosofar um pouco e ter pequenos despautérios.

O Etc me surpreende em seu sentido de sê-lo, empregado como aquilo que nos remete a algo mais, aparecendo como o sentido daquilo que não aparece, demonstrando e aguçando o leitor a buscar a que se refere.

Afinal de contas o Etc demonstra que algo além daquilo exposto pode ser perscrutado, o fato de apresentar-se demonstra o hermetismo explícito, ao mesmo tempo se fazendo presente enquanto falta de ser.

O que vem a ser isso? O Etc é, mas seu sentido é a falta de ser, quando aparece sabemos que falta algo, entretanto ele está presente.

O Etc demonstra a necessidade do Não-Ser em demonstrar-se através daquilo que é, fazendo-se estar através de um condutor que nos remeta a seu sentido ontológico.

Mais ainda, o Etc nos remete a indagação de deduzir este algo mais imanifesto, tornando-se anátema dos que buscam este sentido finalizado, pois desconhecem a própria finalização deste Ser-Etc e prendem-se apenas aquilo que não é, ou seja, o que falta ao texto, sendo remetido ao desespero de deixar saber sobre o que não foi exposto e o porque de não ter sido.

Eu poderia prosseguir através das palavras que aqui exponho e ainda mais, permear o caminho abstrato dessa reflexão, mas seriam tantos pontos, tantas indagações, tantas idas e vindas, ações, reações, elucubrações, termino pensando da forma que comecei, ou seria este o começo, ainda tenho muito a escrever sobre o que sou, o que penso ser que é também uma parte deste que sou, sobre tantos outros "sobres", etc...