18/11/10
A rua está vazia. Dentre as poucas almas que vejo -- perambulando --, nenhuma é conhecida. 'Tá todo mundo trabalhando; o tempo passa, as coisas... mudam.
Vento sopra bem forte, aproveitando o espaço livre incomum pra exercitar-se.
Não tenho vínculos… [empregatícios, dogmáticos, afetivos, conceituais] Mas não sou completamente livre... Restam ainda pequenas pendências pra resolver(em-se?)...
Olho pro meu braço. Engulo seco.
Acho que a rua é o meu lugar. É a nossa selva. Eu preciso dela. Eu me dou bem com ela. Além disso, há luz nela. E aqui dentro só há trevas. [e vazio]
Sombras...
...
Orgulho... às vezes "vazio", mas sempre importante e necessário.
...Um ser das trevas deve assustar mais na luz do que nas sombras. Digo, só os vampiros mais motherfuckers aguentam o sol... Eu não chego a tanto. Sou um cara híbrido. Metade trevas, metade luz.
Conheço a densidade peculiar das trevas. Conheço também o poder inigualável da iluminação. Um cara híbrido... Igual ao meu braço.