Morreu mais uma poesia

Silêncio...morreu mais uma poesia...mais uma das tantas que circulam na minha inspiração...me convidando a cair cega e sem defesas nos seus versos...

Silêncio...dobrem os sinos pela poesia linda que acaba de dar o último suspiro...

a bela repousa a minha à minha frente...vestindo roupa de gala...

olhos mansamente fechados...o corpo delineado por traços delicados...

Ela se vai...quieta e sem múrmúrio levar consigo os meus mais íntimos pensamentos...meus suspiros e meus desejos tolos...

Boto pra tocar a minha sinfonia predileta para que enquanto eu olhe para ela ali estendida...inerte no papel...eu conserve na lembrança...as suas palavras

sutis...as suas poucas rimas desencontradas transbordando significados...

e enquanto essa sinfonia toca e faz gemer a minh´alma olho para

a minha menina cheia de sonhos pregada no papel qual fosse uma

marca leve e intransferível das minhas digitais...se despedindo das sensações que lhe enchiam de vida...

Silencio eu...e choro pela poesia que morreu...deixando úmido o papel ...e em agonia o peito que a acolheu...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 25/06/2005
Código do texto: T27628
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