Morreu mais uma poesia
Silêncio...morreu mais uma poesia...mais uma das tantas que circulam na minha inspiração...me convidando a cair cega e sem defesas nos seus versos...
Silêncio...dobrem os sinos pela poesia linda que acaba de dar o último suspiro...
a bela repousa a minha à minha frente...vestindo roupa de gala...
olhos mansamente fechados...o corpo delineado por traços delicados...
Ela se vai...quieta e sem múrmúrio levar consigo os meus mais íntimos pensamentos...meus suspiros e meus desejos tolos...
Boto pra tocar a minha sinfonia predileta para que enquanto eu olhe para ela ali estendida...inerte no papel...eu conserve na lembrança...as suas palavras
sutis...as suas poucas rimas desencontradas transbordando significados...
e enquanto essa sinfonia toca e faz gemer a minh´alma olho para
a minha menina cheia de sonhos pregada no papel qual fosse uma
marca leve e intransferível das minhas digitais...se despedindo das sensações que lhe enchiam de vida...
Silencio eu...e choro pela poesia que morreu...deixando úmido o papel ...e em agonia o peito que a acolheu...