Aos solteirões com mais de quarenta

"Uns matam o próprio amor quando ainda jovens,

Outros o fazem na velhice;

Uns estrangulam com as mãos da luxúria,

Outros com a mão de Ouro,

O que é bondoso faz uso do punhal,

Porque a morte assim vem mais depressa.

Uns amam pouco tempo, outros demais,

Uns vendem, outros compram;

Alguns praticam a ação com muitas lágrimas

E outros sem um suspiro sequer:

Pois todo o homem mata o objeto do seu amor

E, no entanto, nem todo homem é condenado à morte."

Oscar Wilde

É típico de quem se julga "sabedor" e detentor de mais de 4 décadas perdidas sem conseguir amar dignamente uma mulher, abdicar-se da própria moral e galentear de um jeitinho torpe e pilantra outras mulheres, geralmente mais novas e que lhe agradem pela beleza, inocência, ou mesmo uma fé interesseira no sujeito que vive só.

Isso deve-se ao fato do infeliz e vulgo saberdor não ter condições de conquistar pessoas com a mesma experiência de vida e objetivos que o dele, creio que elas já estão vacinadas contra esse tipo. Essa espécie de ser humano, pode até ignorar que a pretendida é casada, noiva ou mesmo tenha um compromisso com um namorado.

Não desejo ser julgador dos costumes alheios e nem apontar a falta de ética de quem já se reconheceu no meu ensaio. Mas vejo que não consegui ver tudo ainda. Analiso que a solidão ataca pessoas de maneiras diferentes e utilizando-se de privilégios como: autoridade, posição marjoritária ou até um carguinho melhor essas pessoas sem escrúpulos, permeiam as redes sociais, as empresas, universidades e em casos menos habituais instituições religiosas e até familiares.

É triste ser solteirão com mais de 40 anos...

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 07/02/2011
Reeditado em 15/02/2011
Código do texto: T2778217
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