O ser humano na sua essência é bom ou mau?
Águida Hettwer
 
 
   Escolher um bom perfume, não necessita ter um faro apurado e nem ser especialista no assunto. Sente-se na pele a textura, a essência encorpada, o poder de fixação de uma fragrância, as notas de fundo (base), densas e marcantes. O ultimo acorde que permanece mais tempo, o centro e alma do perfume.
 
      O ser humano na sua original essência, criado na perfeição das mãos divina, como um mestre perfumista, nos deu sopro de vida, nas raízes da alma, está o núcleo primordial da existência, o amor que rege o corpo, o espírito e a mente.
 
      Entretanto, no contraposto desta idéia, esse perfeito ser ”homem”, sofre influências do meio que ele vive, traz consigo cargas de traumas, rejeições, ódio, desprezo, revoltas e má conduta resultante. O cerne do ser humano está na arte de saber contornar, esses turbilhões de sentimentos e peso.
 
    Uma criança nasce num berço extremamente humilde, de condições precárias de higiene e saúde, onde a violência corre solta nas ruas e dentro de casa, pode sofrer influência e ser apenas um reflexo, destas condições?- Pode. No entanto, não usamos a tese do “determinismo” nesse mesmo ser em questão, e sim, a flexibilidade que o ser humano possui, e está em constante mutação e tem consciência, é um ser pensante, questionador, faz comparações, sensível, e goza de livre arbítrio, nas suas escolhas e pode vir, ser ou não, fruto da maldade e violência.
 
 
    Se Deus é amor. Somos possuidores!
    E Dele, vêm à luz que irradia a personalidade e a existência.
 
 
 
                           05.03.2011