Dormindo

Dormir é uma das atividades humanas mais questionáveis e aparentemente inútil. Passar 1/3 da vida sem tomar conhecimento do que está acontecendo a nossa volta é quase angustiante.

Mesmo os fisiologistas estando certos de que precisamos de um tempo para reposição de nossas energias, para que possamos aproveitar a nova jornada ativa e desperta, se começarmos a fazer as contas, ficaremos assombrados: uma pessoa de 20 anos, terá vivido apenas 13 anos e 4 meses (começamos a entender porque os jovens são tão imaturos) e uma pessoa de 60 coitada, perdeu 20 anos de sua vida roncando!

O pior é que se o sono for tão importante (ele é uma das coisas que se faz ao dormir), há algo dramático, como acontece com a maioria das coisas realmente importantes, existe muito pouca ciência avançada e dedicada exclusivamente ao estudo do sono.

Agora, só tem um jeito de dormir que para mim reduz o dispêndio e a inutilidade de dar uma parte da vida ao sono: Deitar-me nu ao seu lado, você encaixadinha, enroscadinha em mim, minha engraçadinha, sua cabeça em meu peito.

Os seus sons, os meus sons, os nossos sons (respiração, coração, corpos, no silêncio do quarto até uma carícia é ruidosa, fazemos musica em carinhos).

Abraçado a você, minha Dinha dourada, cada minuto é de alegria e se durmo em seus braços, posso acreditar que nossas almas estarão alertas e assim, energia e vida se farão no orgasmo sagrado de nossos espíritos, logo depois de nossos êxtases de corporais! Aí, dormir é uma bênção.