Equação

A vida é mesmo misteriosa em todas as suas ações e nebulosidades advindas. Veja que tudo tem um porém, visto muitas vezes como desprezível, mas nenhuma pessoa sabe realmente se ele irá ser vazio. Pois, como citado, a vida é um mistério.

Somos muitas vezes guiados por ações embasadas no presente estado, esquecendo que sempre haverá consequências para nossas ações, até nas mais mínimas, mas muitas vezes descartamos nosso raciocínio e clarividência para realizarmos o que no hoje queremos. Não que esteja errado, mas muitos dos sofrimentos hoje sentidos são reminiscências de ações sofridas em passados antigos, ações não mentalizadas para tempos futuros.

Não digo que devemos pensar apenas no futuro, ao contrário, temos que sermos felizes no presente momento. Mas digo que seria sensato fazermos escolhas que fossem pensadas também em suas consequências futuras, pois será tu que estarás lá, sofrendo-as.

São as ordens da vida que nos fazem, ás vezes, promover nossas ações a serem irracionais. A própria perda da integridade do ser e existir próprio influi para a degradação física e moral de cada indivíduo. Talvez a raiva descontrolada, os sentimentos exaltados, dos bons aos ruins, fazem-nos cometer coisa indignas, ou talvez à simples existência de um instinto primata e selvagem entre nossas mentes que preza pela integridade do corpo, sendo que o próprio instinto entra em conflito com seu suporte, a mente. Sentimentos exaltados, pensando por este ponto, não são nada além da própria mente enclausurada em seus próprios dogmas, conflitos que geram a dispersão, a explosão da síntese do problema, a explosão das próprias ideias justificadas por um sentimento até então inocente de todo o resto de problema.

Se ainda houver algum nexo entre todas estas coisas, se não me faltarem conectivos para tentar exprimir o que tento dizer, digo: eu desejo adicionar a sentença de que o amor é o sentimento mais exaltado, mais irracional e executado da maneira menos correta para um sentimento que, em teoria, traz a paz dos mundos.

Vamos então do princípio. Irei suprimir as citações filosóficas, pois particularmente elas significam meditações internas de cada pessoa, de cada personalidade e de cada experiência vivida. Por isso o amor é algo que deve ser entendida como individual, já que é fruto de uma série de fatores exógenos e endógenos ao indivíduo.

Uma vida deplorada em amores com certeza gerará más atribuições a este sentimento, ao ponto dele tentar ser excomungado pelo próprio sofredor para nunca mais o feri-lo internamente. Em contradição, uma vida sempre acertada amorosamente, vivida, talvez, em seus modos mais românticos, criará uma imagem esplêndida deste sentimento, como um sentimento realmente de paz, de harmonia, de felicidade. Modelos, a de se citar, parecidos com (alguns) os pensantes amorosos.

Mais deve estar pensando neste momento que parti de uma tese não concluída sobre os mistérios da vida, para depois arranjar um modo de citar sobre sentimentos exaltados, acabando em amor. Concordo que passei por assuntos bem diversificados, distintos, mas de certa forma, interligados pelo elemento essencial a eles, o ser humano. Pois então agora entenderás a minha linha de pensamento.

Usarei então um modo mais equacional, matemático, já que está se utiliza da razão e nada mais para suas desvendações, além disso, sendo isto algo como uma dissertação, pelo que aprendi na escola não poderia usar um sentido conotativo em minhas explicações e argumentos. Norma que já rompi há linhas e linhas atrás, assim como a norma da impessoalidade. Pois então me usarei de um modo de explicação que induzirá certa lógica racional para minha tese geral.

Se a vida é um mistério e na parte de suas ações seria recomendável a racionalização e certa prudência na realização de seus atos, o que foi chamado de pensar no futuro. E se nesta mesma vida ocorre colapsos mentais que geram sentimentos exorbitantemente exalados, o que nem sempre é bom, e se dentre estes sentimentos encontra-se o amor, ponha a se pensar, leitor. Some estas orações e pensamentos. Contradite-se contra mim, diga que sou louco, mas não venha dizer-me que meus argumentos não fazem sentido.

A conclusão geral disto tudo, a meu ver, é a simples tese de que o amor é um sentimento misterioso, que influi, em muito, no futuro.

Amor então é também um sentimento causador de confusões, enlouquecedor, trágico, feliz, dependente de ponto de vista e da vida de cada pessoa. Um sentimento muitas vezes vivido ao máximo, em sua mais plena realização ou não, exaltada ou não, apenas vivida, da maneira como for.

Amor, um sentimento negro e feliz, possuído, e digo isso como experiente e ser humano, de meios de mostrar todas as facetas de modos, de todos os jeitos. Pois nada é feliz completamente, nem sempre triste.

Amor então é um sentimento comparável a uma música inédita sendo aprendida por um novato pianista, uma música a ser composta por ele. O pianista não saberá como será a música no início, quais serão seus acordes e notas, até se será bonita, feia, famosa ou mal criticada. É um mistério. E ainda mais que sua fama será feita a partir de quem a escutará, seus acordes serão guiados pelo senso musical do aprendiz.

A forma como ele expressará esta música será, logicamente, pelo som, mas um som controlado e sensibilizado, com graves alternados e agudos diferentes. Graves que entoarão o medo, a angústia para a canção, que provocarão os frêmitos dos ouvintes. Em contradição aos graves estarão os agudos, a florear a melodia com o despertar de boas lembranças e felizes emoções em seu público. Público este que será o próprio instrumentista.

E as harmonias entre o triste e o feliz, o grave e baixo, farão a beleza da música. Se assim podemos aplicar ao amor, podemos, de certa forma, aplicar à vida, com suas montanhas e abismos. Levei então o rumo desta história para outro ponto: amor é vida. Eis a igualdade final da equação.

Se ainda acreditares que estou em parte certo disto tudo, recomendo-lhe que ame. Ame a vida, ame amores, ame tudo. Sempre terás os baixos, mas com amor, os agudos serão mais agudos, além de dar um toque de sensitividade e delicadeza, uma harmonia gloriosa a seu hino.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 22/02/2012
Código do texto: T3512481
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