Tópicos Frasais

Exemplo de Tópicos Frasais de três modalidades distintas:

- Confronto:

Podemos observar na atualidade uma “individualização” nas relações afetivas. Cada um preocupado em resolver seus próprios problemas, satisfazer suas próprias vontades, casais que perderam a noção de cumplicidade, respeito, fidelidade, comunhão e amor verdadeiro. Vemos até mesmo profissionais da área de saúde afirmando categoricamente o valor da individualização.

Flávio Gikovate (2008), psiquiatra afirmou em entrevista ao site Folha.com: Esse sonho de fusão continua presente. Mas duas coisas modificaram esse ideal: a independência da mulher, desequilibrando a idéia de fusão com uma liderança masculina, e o avanço tecnológico, que criou condições extraordinárias para o entretenimento individual. Hoje, há uma briga muito mais ostensiva entre amor e individualidade. (Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u390722.shtml. Acesso em 02 de março de 2012 as 3.30h).

- Enumeração:

Atualmente notamos uma fragilidade nas relações afetivas. Existe uma regressão de valores, falta carinho, atenção, respeito, cortesia e são esbanjados gritos, agressividade, infidelidade e frieza. A família como instituição se encontra enfraquecida, a escola já não é mais um lugar seguro, as praças não são mais um espaço de socialização, mas ainda há tempo para que a humanidade reflita e transforme seus valores.

- Analogia:

Percebemos nas relações afetivas atualmente a falta de preocupação com o outro, seu bem estar, sua satisfação e felicidade. Pensando nisso, relembramos o velho dito popular: Quem não dá assistência, perde a preferência e abre concorrência. Quando deixamos de enxergar o outro a relação está fadada a terminar, pois toda relação requer uma troca de sentimentos, de atenção, enfim uma interação. Não existe casal de um só!

Técnica do “exemplo específico”:

- Exemplificação detalhada

As relações afetivas atualmente estão longe de serem igualitárias e de satisfazerem aos anseios de uma vida feliz que toda mulher tem. Constatamos, diariamente, práticas de opressão e degradação do gênero feminino. Por exemplo: mesmo após a Lei Maria da Penha ter sido sancionada percebemos que a situação embora tenha melhorado, ainda está longe de se tornar uma realidade.

O Ministério de Defesa da Mulher criou um número para prestar atendimento a mulher vítima de violência, mas quando o agressor está em plena atividade e a vítima entra em contato com o serviço, a orientação é de que ela procure uma delegacia especializada nos direitos da mulher (o que na maioria das vezes não é possível, pois ela está sendo coagida e agredida), ao chegar na delegacia a mulher não recebe a mínima garantia de que não sofrerá mais agressão, porque primeiro o homem precisar agredir fisicamente a mulher - se a agressão for psicológica, tudo bem; ou matá-la, aí sim, as autoridades tomarão providências. Este fato representa no mínimo uma incoerência entre o Direito Jurídico estabelecido e o Direito real exercido.

Andréa Vidal
Enviado por Andréa Vidal em 06/03/2012
Reeditado em 06/03/2012
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