DESCOBRINDO A HUMILDADE

Já é noite e, cansado debruço sobre a mesa, meu corpo cansado solicita repouso, levanto meus olhos e vejo a minha frente às folhas das árvores dançando com o sopro do vento, no céu as estrelas são minha platéia, os pássaros estranhamente estão cantando, a luz que tenho vem da lua que ilumina este incrível espetáculo, e eu sou observador gratuito.

E parado fico a contemplar a vida, penso em minhas futilidades que se tornam importantes em meus pensamentos, às vezes solto algumas palavras que rapidamente dispersam ao vento, palavras para rir, chorar, amar... O tempo passa e nem percebo, adormeço, esqueço-me dos problemas, passo a contemplar meus sonhos até sentir os primeiros raios de sol tocar minha face. Acordo e me dou conta que tenho que voltar ao meu trabalho, minha vida as obrigações de um homem.

Movido pela fé, tendo á esperança certa de coisas esperadas, tenho medo que tudo acabe depressa voltando à realidade angustiante da vida adulta.

Apesar disso amo a minha vida, por mais que tenha que cumprir com minhas obrigações que me foi dada a prover com as necessidades aos nossos entes queridos e cumprir com a maravilhosa necessidade de viver, amo tudo que acontece comigo.

Comecei a pensar desta maneira, quando um sábio ancião disse que há somente um lugar onde milhares de pessoas não sentem dor, não tem problemas, na minha estúpida ignorância e totalmente sem experiência disse: - Eu quero ir para este lugar...! Antes mesmo de terminar, uma avalanche arrastando tudo que via pela frente, apagando qualquer chama de alegria, escuto a palavra cemitério. Com uma voz suave começou a falar... “Se sentes dor, tem problemas, fica doente e sofre com as coisas que ocorre, fiques feliz...!”

Arregalei meus olhos assustado com o que ouvira, com calma começou a falar que estar vivo e, viver é a melhor coisa da vida.

Um espaço entre a realidade e meu consciente me dizia. Tenho que aproveitar com sabedoria, procurar todo conhecimento exato de tudo que está a minha volta para não ser enganado pelos que manipulam os de mente fraca e sejam marionetes do mundo, cheguei a conclusão que não era conhecimento humano, pois somos imperfeitos e esquecemos que nada somos.

O ancião fez com que me imaginasse o maior homem da terra, depois me comparasse ao tamanho da cidade em que moro, logo ao tamanho da terra, depois ao universo, parei, raciocinei, percebi que nada sou, mas ficou claro para mim que não era para me achar inferior, mas sim, criar um sentimento básico para viver... À humilde!