Diga não ao “M” do Sanduíche Irritante

 
Dia desses estive com meu filho de 5 anos em umas das inúmeras lanchonetes que começam com M e acabam com “DA”.
Sim, desculpem a grosseria, mas a indignação faz destas coisas.

Meu filho queria o lanche de lá e um brinquedinho tosco que vem em uma caixinha amassada e mal dobrada. Dentro da caixinha, um sanduichinho capenga, umas batatas meio murchas, pedaços de alguma fruta irreconhecível e um suco melado. Tudo isso por um “precinho” de quase R$ 15,00.

Bem, filho é filho e lá fiquei eu.

Atrás do balcão, contei vinte e duas pessoas aparentemente “trabalhando”.

Na fila junto comigo, nove pais impacientes aguardavam enquanto a operadora de caixa errava sistematicamente os pedidos, os valores, as bebidas e o planeta em que estava.

Ficamos exatamente quarenta e dois minutos na fila.

Vários pais reclamaram, inclusive eu, para o “gerente” que atrapalhadamente coçava os cabelos presos em um redinha preta duvidosa e nos ignorou completamente por mais de uma vez.

Quando finalmente fomos atendidos, meu filho, com os olhinhos ainda brilhantes (porque criança é um anjo, não resta dúvida) tinha perdido um pouco da animação.
Eu tinha perdido meu tempo, meu dinheiro e com certeza minha paciência.

Então, pergunto:

- Estamos tão acostumados a ser tratados com descaso que nem sabemos mais nossos direitos como clientes e cidadãos?
- Que feitiço é este que estas redes de pseudo-alimentos lançam e nos convencem de que estamos pagando um preço justo por uma porcaria qualquer que nem de longe lembra comida?
- Por que, além de tudo, ainda somos convencidos de que como “cidadãos educados” temos que esperar, pagar, não podemos reclamar, comer aquela coisa e depois, além de tudo, ainda recolher o nosso lixo? Pois afinal faz parte de ser “politicamente correto” ou seria da doutrina com que somos bombardeamos por estas máquinas de fazer dinheiro e gordura corporal?
- E o inverso? Somos tão agraciados assim pela presença desta redes de “1º mundo” que temos que nos curvar a elas e rir a cada descaso feito palhaços impotentes?

Quarenta e dois minutos são suficientes para qualquer pessoa no mundo preparar uma refeição completa.

Saí da fila e disse ao meu filho que nunca mais passaria por aquilo novamente.

Vou exercitar minha inteligência.
Daqui por diante, comida decente, tratamento digno e preço justo.

Você que já passou por isso, diga não também ao “M” do sanduíche irritante.

A saúde física, financeira e emocional, agradece.


 
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 05/07/2012
Reeditado em 19/07/2013
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