Voltando pra própria vida.

Encontrei meu eixo, meu guizo de luz.

A alma deixou de ser bamba, o chão deixou de ficar turvo,

a vida retomou seu rumo. Voltei pra mim.

Estava sem prumo, atônito de cabo a rabo,

estava sem trégua, sem respiro,

tinha perdido meu leme, minhas rédeas, cadê?

Vasculhei cada treco que compunha meu ser,

remexi os confins mais fugidos da minha razão,

e de repente me vi todo fora de mim.

Só podia ser desse jeito, talvez,

essa é a minha forma de me entender, de reorganizar meus pés,

de refazer meus caminhos da forma que devem ser.

Reconheço que foi doído, reconheço que penei pacas,

mas agora sinto novamente todos meus ossos,

todo meu sangue, todo meu ar, todo meu lar.

Agora consigo tatear meus sonhos, consigo laçar o horizonte,

consigo trazer a paz pra perto de mim. Consigo viver, por fim.

Voltei pra vida. Pra minha vida.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 09/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3821812
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