Uma carta de Amor - I

Hoje já não tão quente, o olhar levou ao óbito de um dos sentimentos que seria o alimento para a dor.

Um pouco mais confuso que ontem, um pouco menso que amanhã.

Simples é sentir e ter a certeza de não ser correspondido. Difícil mesmo é sentir e apenas isso, com tamanha discrição e sobriedade, sem um único gole de falsidade.

Pode ser que eu não passe de um caso fora da lei, caso este que seja apenas fantasia de minha mente, mas nem pense em pisar, abusar, machucar só por ousar em desvendar os meus segredos.

Perde-se o juízo e o coração da gente voa. O orgulho dança. A gente ri atoa. É assim que me sinto enquanto o pensamento te procura nos quatro cantos da cidade. E de repente tudo se estranha porque a realidade me invade, me faz perder o sono, lutar contra o encontro, porque eu lembro, quero dizer , não esqueço que você é de outro alguém. E o que é dos outros não se pode ter. O que é dos outros não se pode ter. O que é dos outros, infelizmente não se pode ter!

Sem mais...

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 05/06/2013
Código do texto: T4326803
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