Espelhos d'alma!

Diviso com a solidão: tristeza e alegria, consolo e espera, vivacidade e morbidez. O tempo é companheiro desta alma que aflora e murcha, que plaina e penetra a abissal consciência. A ciência questiona, a poesia vivencia. O marco entre o lúcido e o lúdico, entre o grotesco e o incomparável, sentimentalismo. O ismo e o esmo, o sensual e o sacro. A permanente e a infinita, dúvida. Ou seria a indissolúvel dívida contraida por viver inúmera rivieras, em pompudas favelas, nos silenciosos quebra-cabeças de ambições e vastidões de manicômios repletos de egoístas e orgulhosos. Minha alma perambula por corredores imensos, onde homens de cinza em suas poses metálicas contrastam com o vazio de corpos e onde mentes fervilham em desespero atroz.