SÍNDROME DE PSITACISMO?

Ignorância encapotada por verborréia não é algo, digamos, exclusivo de um grupelho fechado. Vestir a falsa sabedoria com palavras complicadas é mais corriqueiro e abrangente do que se imagina.

Quantos medíocres arrotando “erudição” e “cultura” conheces? São espertalhões bem-sucedidos deitando enrolação, vomitadores de merdas. Aprenderam alinhavar signos, costurar frases ocas, certos de que sempre encontram incautos, ingênuos e tolos prontos a aplaudi-los, deslumbrados com tanta “cultura”, com tanta “sabedoria”.

A mágica é jogar com a linguagem (essa matreirice vai da Arte ao mais profundo tratado científico). Vejamos a seguinte pérola: “Nossa resistência se estriba numa estratégia consciente. Portanto, haverá frentes de pressão solidárias.” Que isso quer dizer? Absolutamente nada. É deslavado nhenhenhém “esquerdista militante”. Ou seja, psitacismo no mais alto grau.

A coisa é brava, amigo! O negócio é tão sério que Carlos Queiroz Telles resolveu ironizar escrevendo o “MANUAL DO CARA-DE-PAU” OU É FÁCIL FALAR DIFÍCIL” a fim de dar uma mãozinha àqueles que desejam se equiparar a essa cambada de falsas sumidades Brasil afora.