A Vida

Quantas vezes nos pegamos pensando na vida?

Quantas vezes refletimos sobre o presente, considerando o passado, visando o futuro?

Quantas vezes paramos para observar as nuvens no céu, aos poucos, transformarem-se em animais, figuras geométricas ou deuses gregos?

Quantas vezes diminuimos o ritmo e apreciamos a natureza a nossa volta; o canto de um pássaro, o perfume da flor, a fruta madura, a relva crescente em meio a dentes de leão?

Quantas vezes nos perguntamos como Deus pode ter criado toda a beleza natural do mundo: rios, cachoeiras, oceanos, praias, montanhas, florestas, flores, pássaros, animais?

Uma quantidade muito grande de pessoas dará a mesma resposta a todas essas perguntas, ou seja, nunca, nenhuma vez.

Muitos de nós não tem tempo para essas bobagens, afinal somos muito ocupados. Passamos o dia correndo de um lado para outro, de ônibus, metrô, carro, a pé sem saber ao certo para quê.

Isso é a vida? Levantar cedo, engolir o café, pegar a condução, trabalhar num local fechado, sem luz natural, comer um fast-food para retornar ao escritório, sentar em frente ao computador e invadir o mundo de forma virtual, sem contato, sem cheiro, sem calor humano. Não conversamos com os colegas. Somente levantamos nossos olhos da máquina hipnótica para irmos ao banheiro e para tomar um cafezinho, porque ninguém é de ferro.

Rapidamente retornamos à rotina. Ficamos até mais tarde para compensar as perdas e quando vamos embora é noite, o sol já se pôs, com todas as suas nuances . As nuvens coloridas do entardecer já morreram, nem as estrelas podemos ver mais, pois as luzes das metrópoles ofuscam e escondem o céu estrelado.

Para que? pergunto eu. Para termos uma casa, carro do ano, viajar para o exterior, celular de última geração, que daqui a alguns meses tornar-se-á ultrapassado e exigirá novo investimento num mais moderno, afinal não podemos ficar para trás.

Isso tudo nos satisfaz? Num primeiro momento sim, a alegria de ter o carro do momento, uma casa com luxo e tecnologia, um iate, quiça um helicóptero para fugir dos engarrafamentos. Com o passar do tempo não, sentimo-nos cansados com tantas coisas para administrar e conservar. A alegria de comprar não satisfaz como a primeira vez. Por isso queremos mais e mais na tentativa em vão de sermos felizes.

A felicidade é muito mais simples, pura, divina. A felicidade está no sorriso sincero de uma criança ; num abraço de saudade; numa lágrima de emoção com o nascimento de um filho; no canto dos pássaros livres a cada amanhecer e anoitecer; o perfume das flores que nascem, muitas vezes, no meio do concreto numa avenida movimentada.

Vamos parar um pouco com a corrida da vida, que a cada dia nos leva mais próximos do fim e vamos aproveitar mais a família, os amigos, os animais, a natureza e Deus.

Afinal, sem ELE nada existiria, nem mesmo nós.

Catleya
Enviado por Catleya em 02/10/2013
Código do texto: T4507615
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