Preconceito

Como o mundo não acaba o que vai acabando é muitas crenças adquiridas ao longo da história humana, mas o que não acaba nunca é o maldito preconceito, este sim, enraizou de tal forma que vai ser difícil de arrancá-lo de nossas entranhas, por mais esforços que façamos. Até tentamos essa é uma verdade, vivemos dizendo a nossos filhos que o preconceito é algo ultrapassado, mas vez por outra nos pegamos com ele a nos rondar e aí, nossos ensinamentos vai por água a baixo.

Não podemos nos culpar, porque está como já disse, enraizado em nossas entranhas, e isso de raiz profunda quem conhece sabe que não é nada fácil de exterminar, é como tentar matar grama com areia, um dia ela brota e brota com muito mais força, mas jamais devemos deixar de tentar de pelo menos abominar esse mal trazido pelos nossos ancestrais. Nossas gerações futuras ainda hão de vangloriar de nós um dia ao lembrar o tanto que lutamos contra essa praga.

O preconceito não afasta, mas aniquila, não mata, mas aprisiona, aprisiona no coração onde nasce o ódio, a inveja, a prepotência e a certeza em pensar que você é superior, é diferente, diferente em quê? No quê? Na cor da pele? De que adianta se você será enterrado numa Capela e eu numa Vala se a terra é a mesma e o verme que me comerá será da mesma espécie que o que te comerá? É exatamente ali que o teu preconceito de nada te valerá, onde nos encontraremos para tirarmos nossas diferenças, se é que elas existem. Iremos bater um papo, você sentado de fronte a sua Capela e eu na terra fofa de minha Vala, veremos então que não há diferença, que a diferença está apenas na mente, na cultura, cultura essa que possamos chamar de retrógrada. Um dia eu volto, quem sabe para falar do que mais eu gosto, Amor.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 13/01/2014
Reeditado em 13/01/2014
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