MAÇONARIA EM 33 LIÇÕES- VII- O BATISMO INICIÁTICO




O batismo nas sociedades iniciáticas

Nas sociedades iniciáticas, o batismo se confunde com o ritual de iniciação. Aqui sempre se pressupõe a existência de um Mistério, no qual o neófito vai ser admitido. Difere, pois, das religiões consagradas, cujas doutrinas são abertas e não necessitam de uma linguagem particular para que dela se possa participar.
Essa é uma diferença fundamental entre uma sociedade iniciática e uma igreja oficial. Nesta, qualquer pessoa pode entrar e assistir suas reuniões, embora nem sempre possa participar de todos os ritos oficiais. Não há, propriamente, um Mistério a ser compartilhado apenas pelos membros da congregação, ao passo que nas sociedades iniciáticas, esse é o elemento fundamental que a distingue.
Mistério (do grego mystérion) é um termo que vem do verbo myéin, que significa calar. Assim, o termo mýstes se aplica a tudo que se fecha, e por derivação temos o místico, (mystikós), que se refere a quem conhece e guarda os Mistérios. E por derivação, também, temos o termo myesis, que designa os ritos que se ligam a essas tradições, ou seja, o que chamamos de iniciáticas.
Em latim temos as palavras initiare e initiato, para indicar o ato de iniciação em si, e aquele que é iniciado. Assim, a iniciação se define como sendo o primeiro passo em um caminho que tem a pretensão de levar o iniciado a um conhecimento superior, que lhe possibilitará conhecer o verdadeiro sentido da vida. E para que isso seja possível, o iniciado precisará enfrentar o mistério da morte, como primeiro e fundamental conhecimento, para que ele possa seguir nessa senda. Morte e renascimento espiritual constituem, portanto, o fundamento de toda iniciação.

Rituais de iniciação são elementos arquetípicos que constituem a fauna inconsciente da humanidade desde priscas eras. Derivam de intuições humanas sobre a possiblidade da existência de uma vida além-túmulo, intuições essas que já estavam presentes nas civilizações pré-históricas, como atestam as escavações arqueológicas feitas em sítios onde habitaram vários grupos dos chamados homens de Neanderthal, tidos como antecessores do homo sapiens que deu origem á nossa espécie. Em suas sepulturas há uma clara intenção ritual na forma como os mortos eram sepultados, a indicar que esses nossos ancestrais mais remotos já cultivavam algumas crenças na existência de vida após a morte.
Já na alvorada das primeiras civilizações da época histórica, iremos encontrar os ritos iniciáticos como uma prática constante, ligadas ás crenças professadas pelos antigos povos. Com o desenvolvimento dessas civilizações e com a sofisticação que essas tradições alcançaram, esses ritos, que originalmente tinham um aspecto religioso, passaram a compor uma importante função sociológica na cultura desses povos. Incorporou-se a eles uma mística própria, que lhes deu um sinal distintivo na sociedade, no sentido de destacar certos membros do grupo social, como compartilhantes de um “segredo”. No fundo, tudo isso nada mais era do que uma formulação que visava criar uma elite intelectual e política, pois não havendo, nessas antigas civilizações, um saber universal institucionalizado, cabia á religião oficial do país a criação de um kitch cultural que servisse de elemento de ligação entre esses “eleitos” da divindade, os quais, sendo detentores do “saber secreto”, deveriam ser, naturalmente, os guias da nação.
Nascia, assim, a face política dos ritos iniciáticos. Enquanto isso, ela ia também ganhando terreno como fórmula de distinção social, aplicável aos grupos econômicos que iam se desenvolvendo dentro da sociedade. Profissionais das mais diversas atividades começaram a adotar a mística da iniciação para a admissão de novos membros, e a utilizar sua liturgia também nos rituais de passagem de grau. Iremos, destarte, encontrar essa tradição sendo praticada pela grande maioria das escolas filosóficas da antiguidade. Nessas instituições, o costume de compartilhar a vida social, as relações pessoais e o próprio conhecimento apenas com os companheiros do mesmo grau, bem como o desenvolvimento de uma linguagem particular para o reconhecimento dessa condição, feita de toques, sinais, símbolos e outros elementos de passe passou a ser uma marca distintiva delas.

Todas as grandes civilizações da antiguidade desenvolveram seus Mistérios como forma de preservação de conhecimento e distinção de seus quadros sociais. Assim, iremos encontrar nas civilizações do Egito, da Mesopotâmea, da Índia e da China, rituais de iniciação elaborados com extrema sutileza. Na Grécia, por exemplo, as iniciações eram processos já incorporados no próprio sistema político e social das cidades estado, que as patrocinava e administrava, como parte das suas tradições. Não se tratava apenas de uma liturgia aplicada no campo das coisas sagradas, mas também nas organizações sociais de caráter laico, como as escolas filosóficas e as corporações obreiras. Pitágoras, por exemplo, bem como Tales de Mileto e Epicuro, administravam suas escolas como se fossem verdadeiras sociedades iniciáticas.
O rito iniciático, como se disse, é um elemento arquetípico compartilhado pelo inconsciente coletivo da humanidade desde os tempos mais remotos. Mesmo entre as mais primitivas tribos indígenas da África, América e Oceania, sempre se encontrará algum ritual de iniciação, ou de passagem, a simbolizar as etapas da vida do indivíduo, nas suas conquistas sociais ou espirituais. Os quatro arquétipos do psiquismo humano, segundo as tradições desses povos, que são o guerreiro, o xamã, o visionário e o sábio, são ecos dessa tradição longínqua, nas quais a intuição dos povos mais ligados á natureza nos dão uma formidável lição de sabedoria.


Cena do documentário Pep Cahoc – Um Rito de Iniciação. Foto: Raissa Ladeira. Mostra um ritual de iniciação à vida espiritual que meninos e meninas da tribo dos Krahô, sçao submetidos quando entram na adolescência.

A iniciação maçônica

Toda iniciação carrega em si mesma um elemento de cultura social onde a mística se alia á tradição para criar um ambiente de sutileza, no qual o iniciado possa vivenciar uma experiência espiritual, na qual ele possa transcender da sua condição de profano e alcançar uma melhor compreensão dos segredos da natureza e da sua própria condição como ser humana.
Por isso, todo iniciado é um neófito, ou recipiendário, no sentido de que ele é um novato naquela experiência e um receptáculo do conhecimento que lhe vai ser repassado. Néofito é a palavra grega que indica algo que foi plantado há pouco (neo; novo + phitós (planta). Na mística própria das sociedades iniciáticas, trata-se de uma semente que é plantada na sua alma e deverá, a partir do momento de sua iniciação, começar sua marcha em busca da iluminação, à semelhança da semente que é lançada ao solo, e depois de um período de incubação, inicia sua ascensão em direção ao sol.
O termo aprendiz, que usualmente se aplica ao maçom iniciante, é uma tradição derivada das antigas sociedades corporativas, nas quais o profissional que era admitido para o aprendizado da profissão patrocinada por aquela corporação era iniciado. Essa disposição era patente especialmente entre os construtores de obras públicas e civis, como tais eram os pedreiros e arquitetos, classes profissionais que desde as mais remotas manifestações de civilização já possuíam organizações corporativas para organizar o exercício da profissão e defender seus mercados.
É possível que a maçonaria tenha emprestado dos profissionais de construção a sua liturgia, símbolos e boa parte da doutrina, por razões óbvias. Afinal, o ofício de construtor foi, entre as profissões que a sociedade humana criou, a que mais se identificou com a mística própria das sociedades iniciáticas.
E isso se deu por dois bons motivos: um de ordem cultural, outro de caráter espiritual. Em termos culturais, é próprio das sociedades corporativas a manutenção de certo segredo em relação aos seus elementos de interesse profissional. Interessa aos membros desses colegiados a preservação de seus mercados, os segredos da sua profissão, a conservação interna de suas próprias conquistas tecnológicas, as quais, se vulgarizadas, perdem valor e geram, inclusive, o perigo de uma má utilização. Dessa forma se constroem os muros corporativos, quase sempre protegidos por uma linguagem própria, só inteligível aos próprios iniciados.
O objetivo espiritual está no fato de as edificações humanas estarem profundamente ligadas a um objetivo espiritual, já que as obras elaboradas por esses profissionais se destinavam principalmente a prover moradas para os deuses e para o invólucro carnal do homem. Observa-se, nas sociedades humanas, desde a mais remota antiguidade, que o ser humano gosta de construir suntuosas moradias, não só para o seu corpo em vida, como também para o seu cadáver. É próprio de todas as civilizações, construir para seus mortos, cidades com edifícios tão elaborados em sua arquitetura, quanto para os vivos. Aliás, das edificações humanas, são estas últimas as que sobrevivem por mais tempo.
Destarte, o ofício do construtor sempre teve um caráter corporativo e sacro. Em praticamente todas as antigas civilizações havia um intenso apelo místico nas técnicas de construção desenvolvida pelos arquitetos desses povos. Nas ruínas dos monumentos que eles construíram para seus deuses e reis (ambos sócios da mesma concepção), ainda hoje é possível aquilatar o quanto essas construções e a arte dos profissionais que as construíram, estava impregnada do espírito que as inspirou.
Há, nessas construções, uma aura de misticismo que se confunde com as técnicas profissionais nelas empregadas. Principalmente nos templos religiosos da antiguidade, quanto nas igrejas e mesquitas do período medieval, aflora uma atmosfera de sacrossanto labor iniciático, que se nota na sutileza estrutural do conjunto, todo ele representando um formidável alfabeto de símbolos, que na verdade é um sistema de linguagem que tem muito a dizer aos iniciados.

É certo que uma boa parte do simbolismo maçônico é proveniente de antigas tradições como os pitagóricos, os quais forneceram as bases do conhecimento arcano utilizado pelos profissionais dos antigos Collegia Fabrorum romanos. Desses os pedreiros medievais, construtores das igrejas góticas, obtiveram seus conhecimentos. Deriva desse fato a tradição que consagrou a antiga maçonaria, chamada operativa, como sendo a Arte Real, pois esta era uma manufatura que integrava o espírito religioso, feito para ligar o homem com a divindade, com o espírito da ciência, feito para o homem desenvolver na terra, a obra do Criador.
Assim, as sociedades que congregavam os antigos construtores, fossem arquitetos ou pedreiros, eram iniciáticas. Elas possuíam um segredo iniciático, que eram as técnicas da profissão e praticavam uma cultura iniciática, que era a transmissão dos conhecimentos de forma ritual e sistemática. E para a admissão de novos membros era sempre praticada a iniciação.
Isso implicava em um sistema de salvaguardas corporativas só encontráveis nas sociedades iniciáticas de caráter religioso. Destarte, somente certos membros de reconhecida competência e reputação podiam ser admitidos como “iniciados” na antiga maçonaria operativa, sendo estes chamados de “pedreiros livres” (free-stone masons) e os outros, simples trabalhadores de construção eram os (rough masons) pedreiros rudes.
Assim, somente os free-stone detinham um "segredo" que era comunicado por iniciação aos seus aprendizes. Esse segredo era principalmente a ciência contida na arte de desenhar e construir as estruturas dos edifícios, arte essa que envolvia não só o conhecimento da geometria e da astrologia, principalmente, mas também a técnica da construção, o conhecimento da ductibilidade e resistência dos materiais, a sua combinação, etc.. Sem um conhecimento dessa ordem jamais se poderiam construir edifícios com tanta beleza e resistência como as igrejas medievais, cuja estrutura resistiu ao tempo e a destruição das guerras e das intempéries naturais.

Evidentemente, hoje a iniciação maçônica é toda simbólica e não tem mais aquele caráter corporativo que existia nas antigas corporações dos pedreiros livres. Hoje ela incorpora, além dos elementos herdados dessa tradição, um caráter místico que tem mais a ver com as antigas iniciações nos Mistérios do que com os antigos profissionais da construção.
Começa pelo fato de que o simbolismo aplicado ao ritual de iniciação evoca mais o sentido escatológico do ato do que os interesses de uma corporação que já não tem mais segredos profissionais a preservar, mas sim uma tradição que ainda une e impressiona os espíritos que a cultivam.
A maçonaria é hoje uma tradição que integra elementos de esoterismo e corporativismo. Por isso conserva a iniciação como o mais significativo dos seus rituais. Assim, os iniciados devem ser submetidos a provas simbólicas onde sua disposição e seu caráter, juntamente com suas condições pessoais de saúde, fortuna e relaciona-mento são provadas e comprovadas através de uma pesquisa, realizada antes da sua aprovação como membro da Irmandade, e depois confirmada por um inquérito feito em Loja, na presença dos seus futuros Irmãos. Esse inquérito indaga a respeito das suas crenças, sua filosofia de vida, suas esperanças e suas ideias a respeito da Ordem na qual pretende entrar, e da sua disposição em cumprir os estatutos e regulamentos aos quais estará sujeito depois da sua iniciação.
Essa é a parte exotérica da iniciação, posta no ritual por força do caráter social e filosófico que a maçonaria assumiu depois da sua institucionalização como associação de pessoas com um propósito e uma finalidade definida, como manda a legislação pátria que comanda as atividades desse tipo de sociedades em nosso país.

Simbolismo dos Collegia Fabrorum, aplicado á maçonaria. Entre Dios y Vitruvio: magisterios primevos en arquitectura- José Manuel Prieto González.

O esoterismo da iniciação maçônica

Todavia, é o caráter esotérico que envolve a iniciação maçônica que impressiona o espírito do iniciado, pois nele se manteve o simbolismo dos antigos cerimoniais que celebravam os chamados Mistérios. É nesse sentido que o neófito é submetido á uma “morte ritual”, representada pela sua imersão na “câmara das reflexões”, onde ele encontra todos os símbolos dessa passagem pelo mundo dos mortos, experiência que ele terá que enfrentar para renascer, glorioso, para a luz que a maçonaria irá lhe conferir.
Isso porque, como diz Mircea Eliade, todas as provas iniciáticas, de uma maneira geral, resumem um processo escatológico que simboliza a morte e o renascimento do homem, seja em que sistema de crenças for. Mesmo o catolicismo, cuja doutrina condena abertamente todas as formulações rituais dos povos antigos, por considerá-las pagãs, não deixou de incorporar á sua liturgia diversos elementos de magia ritual, como o compartilhamento da hóstia, os ritos da Paixão e Morte de Jesus, a Missa do Galo, etc. E nesse particular, também é interessante notar que alguns evangelhos gnósticos mostram um Jesus místico, praticando rituais de iniciação com seus discípulos. Nesse sentido, até a morte de Lázaro, descrito no Evangelho de São João, como um dos seus mais impressionantes milagres, teria sido, na verdade, um ritual para demonstrar aos seus discípulos o poder da sua doutrina de regeneração .

Seja qual for a crença que uma pessoa professe, o que não se pode é ignorar o caráter arquetípico existente nos rituais de iniciação, particularmente aquele aplicado pelas sociedades iniciáticas e pelos grupos praticantes das artes e ofícios que, de algum modo, integraram em sua tradição algum elemento de esoterismo. Essa característica é observada por James Frazer em sua obra clássica “O Ramo de Ouro”, quando ele associa os ritos de iniciação praticados pelos povos antigos com os ciclos de produção da natureza, e daí a derivação que se faz, em termos simbólicos, para uma imitação anímica desses processos. Frazer mostra que os mitos da criação, em todas as lendas antigas que versam sobre esse tema, têm uma mesma estrutura arquetípica. Então ele observa que a própria humanidade, e as sociedades que nela se formam, desenvolvem alguma noção psíquica desse processo e acabam criando alegorias, mitos, lendas e rituais que se destinam, de alguma forma, a recompô-los. Explica-se, dessa maneira, que a grande maioria das sociedades antigas tenha desenvolvido uma mitologia escatológica que utiliza a figura de um deus, ou um heroi morto, que é regenerado por processos miraculosos, semelhante ao que a terra faz com a semente que nela é lançada.
Esse tema estava presente em todas as antigas iniciações, desde os Mistérios de Ísis e Osíris, praticados pelos egípcios, quanto nos Misterios Eleusinos dos gregos. E aparece, como vimos, também na doutrina do cristianismo, nos chamados Mistérios Cristãos, que se refere á Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
Á iniciação representa, portanto, uma participação simbólica do neófito nesse processo regenerativo que a divindade, através da natureza, ensina ao homem. Ao praticar o ritual de ini-ciação, o homem, por imitação, penetra no âmago desse pro-cesso. Algo semelhante pensavam obter os alquimistas ao tentar, em seus laboratórios, penetrar na “alma” da natureza para descobrir como ela trabalhava para produzir os metais. Com esse conhecimento eles poderiam recombinar seus átomos e modificar suas estruturas, transformando metais comuns em metais preciosos. Embora os alquimistas nunca tenham se constituido numa sociedade iniciática, pois eram, em sua maioria, pesquisadores solitários, sua arte, hermética por excelência, era iniciática. E o princípio que os impulsionava em suas pesquisas era exatamente a noção de que a vida e a morte, seja do universo físico, ou do universo espiritual, estão sujeitas a esse processo escatológico que está no cerne de toda doutrina iniciática.

Esse é, em síntese, o conteúdo esotérico da iniciação que se pratica na maçonaria. E para o neófito que se inicia nos mistérios maçônicos, além do sentido escatológico da consumação de um processo de morte e ressureição, há o sentido moral que se lhe inculca, de estar “levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício”, expressão essa que indica o sentido moral que a prática da maçonaria deverá assumir para o iniciando.
Depois, as provas simbólicas a que ele será submetido em Loja, que consistem principalmente em “viagens” de integração junto aos quatro elementos da natureza (água, terra, fogo e água), são também reminiscências de antigos rituais. Essas viagens, que são “ritos de purificação”, constituem parte indispensável em todas as iniciações, sendo encontrada até mesmo na história do povo de Israel, quando se iniciou na religião de Moisés.
Em seguida lhes são informadas algumas obrigações e posturas que ele deverá assumir como maçom e indagado se ele tem disposição e condições para honrar essas obrigações. Só após cumpridas toda essa liturgia poderá o iniciando fazer o seu jura-mento como maçom, cumprindo assim a tradição de toda sociedade iniciática, que é compartilhamento de um “segredo” ritual que dali para a frente lhe será comunicado aos poucos. Por isso é que, antes de neófito receber a “Luz” da iniciação, ele deve ser conservado vendado e no escuro, pois até então ele ainda é um profano.
Cumprida todas essas etapas, o iniciando torna-se de fato um iniciado, recebendo, em presença dos Irmãos, a “Luz” da maçonaria, após o que ele é revestido com o avental do Aprendiz e está em condições de receber as suas primeiras instruções.
Eis assim, cumprida a tradição iniciática, que na maçonaria ainda é encontrada, nos diversos ritos e liturgias que eles desenvolvem. Neles se concentra o ideal dessas antigas manifestações do espírito humano. Eles representam, como diz Van Gennep, a “porta de ingresso” do neófito, na sua passagem do mundo profano para o mundo sagrado.
Daí em diante, cada elevação de grau implicará num “rito de passagem”, na qual o iniciado subirá uma escada que lhe permitirá penetrar na esfera mais sutil do conhecimento universal
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A torre de Babel-  A pirâmide dos maias- Chichen Itza. templos construídos para simbolizar as escaladas iniciáticas em busca da divindade.












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