regressar à escrita

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Regressar à escrita onde a deixei, onde a fiz. Antes ainda, agradecer os comentários que vou transcrever, feitos a breve texto que ontem (às primeiras horas de hoje) inclui como "teoria literária".


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17/05/2007 00:03 - Samuel Medeiros

 

A frase de Marguerite Yourcenar que sempre me marcou, reúne outros


elementos que enriquecem as formas pelos contrastes: "A palavra


escrita ensinou-me a apreciar a voz humana, tanto quanto a grande


imobilidade das estátuas levou-me a valorizar os gestos". Nesse


entendimento de escrita/palavra é que ela conclui "em compensação, e


no decorrer dos tempos, a vida me fez compreender os livros".


Daí que não a escrita não é apenas esse "ouvir" que você se refere.


Escrever nunca partirá dos mesmos princípios por que necessita esse


"no decorrer dos tempos...".


É um palpite.


Cordialmente. Samuel


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Tudo começou de manhã,
reencontrei-me com um pequeno apontamento meu:
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Marguerite Yourcenar escreveu que a escrita a ensinou a ouvir a voz humana, apetece-me dizer... ser a escrita a voz que ouvimos e traduzimos, intérpretes da Língua, como se músicos fossemos tocando de ouvido.
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Relendo-o, fiz o texto publicado:
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/489790
Onde o que pensou ou escreveu Marguerite me foi de somenos importância, pois não pretendi minimamente comentá-la ou sequer saber o que ela poderia ter querido dizer com o que tenha escrito.
Fico agradecido, como leitor e pelos leitores que aqui possam ler, poder agora reler Marguerite Y. e reequacionar o que escrevi. Deixo a leitura de M. Y., e do que as suas palavras possam querer dizer, como tarefa onde não entrei e não vou entrar, para me centrar no teor da teoria...
Quando escrevemos ouvimo-nos, mas ouvimo-nos em silêncio. Ora, muitos de nós, os que escrevem, até psicografam mortos ou vindouros? A natureza dessa voz, esse ouvir, foi o que me fez e faz escrever (quando não é para entreter as mãos... :). O que escrevi?
É altura de transcrever outro comentário, o primeiro recebido:
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16/05/2007 23:03 - Kathleen Lessa

 

Como um que se imagina e imagina quem o ouve quando o lê. Confundi?


Mesmo que sim, tu me entendeste, querido Gato Fran. __Beijos, Kat


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Gostaria de dizer o que escrevi, deixando claro que se
escrever amanhã sobre o que escrevi ontem já será diferente do que o que possa
escrever hoje. Hoje, acho que me fico pelos agradecimentos. Quem sabe não faço
isso, daqui a dias, daqui a um ano?, voltarei à voz que há em nós quando
escrevemos. Volta e meia estou a escrever sobre isso, geralmente mencionando
essa voz como uma semente: uma noz. Vou deixá-la como está, sem a partir, sem
a_b_rir...

Ou, abri-a assim... para resposta que, se levantar dúvidas, garanto não terão de esperar um ano :)  
Fechemos este agradecimento com o último comentário até agora:

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17/05/2007 14:51 - Malubarni

Francisco: Creio que a escrita ensina, a leitura também, e é nesse


vaivém que cada dia aprendemos um pouco mais.Beijos. Malu


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Pertence aqui... ver Dia 17:
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/471730

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 17/05/2007
Reeditado em 17/05/2007
Código do texto: T490745