Tenho ouvido, recentemente, sobre as pessoas em uma relação serem inteiras e não metade… Tenho pensado bastante sobre isto.
Duas pessoas inteiras... 
Quem é inteiro? 
Quem é inteiro sozinho?
Quem PODE ser inteiro ao conviver com outras pessoas? Isto, para mim, soa como uma coisa  sem sentido.
Quando, por exemplo, se faz trabalho em grupo, nenhum dos componentes pode ser inteiro. Em conjunto é preciso que cada um contribua com o seu pedaço igualitário e guarde suas outras partes.
A arte de conviver (sob o meu ponto de vista) é aceitar ser metade, para abraçar a metade do outro.
O problema é o que cada um quer fazer com a parte que existe e que não pode, e nem deve ser usada na relação. Mesmo porque o limite de um acaba quando o do outro começa.
Parece que virou moda repetir essa coisa de ser inteiro para receber o outro por inteiro, quando é sabido que na prática isto não tem como se encaixar.
Há coisas bonitas de serem ditas, mas que não funcionam.
Tristes dos que não tiverem muitas partes incompletas para serem usadas, pela vida afora, se completando.
Pessoalmente, acredito que viverei  toda a vida, sempre faltando um pedaço em mim.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 09/08/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4916029
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