A INVEJA

Um sentimento que não conseguimos entender direito é o sentimento de inveja, mas ele existe. E, se existe, é sentido. Onde está esse sentimento? Quem são as pessoas que o exercitam? É sempre o outro sentindo. Nunca é o nosso este, ou qualquer outro sentimento ruim.
Quando pequena ouvia a minha mãe dizer: "inveja quando não mata, aniquila". Ouvia-a dizer isso, para as suas amigas, quando reclamavam de alguém que sentia inveja delas.
Será que esse sentimento existe? Ou, apenas, nos protegemos das pessoas que não nos gostam, achando que têm   por nós este sentimento? 
Talvez nos achemos tão maravilhosos - sim, porque todos se acham bonitos e maravilhosos, os que não acham são os que tem baixa estima - que ao não compreendermos como o outro possa não nos achar, sente vontade de ser ou ter o que somos ou temos.
No dicionário a definição da palavra inveja diz que: é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser).
Muitas vezes, se confunde Inveja com Cobiça, que significa querer tirar a tal coisa desejada à pessoa que a tem, fazendo com que ela fique sem ela.
Então existe! Se estudiosos chegaram à essa conclusão é porque a inveja existe.
Independente, de nos acharmos maravilhosos, ou não, alguém possa sentir vontade de ser o que somos, ou, como somos. Ou, de ter o que temos. 
Talvez, essas pessoas não tenham a força de lutar pelo que lutamos, ou, de enfrentar a vida, como o fazemos. Talvez, pense que, bastaria ser quem somos, porque fomos privilegiadamente escolhidos para sermos e termos. Daí, vem o sentimento que as consomem.
Há invejas que não nos fazem mal. São aquelas de admiração, de pessoas que tentam nos imitar. Mas elas nunca serão felizes, por estarem tentando ser quem não poderiam. Desde que, somos únicos. Não há possibilidades de réplicas. A essência do ser é individual.
Há invejas perigosas. São aquelas que as pessoas sentem-se inconformadas, por não serem e terem o que somos e temos. Essas, tentam nos prejudicar, de todas as maneiras. Elas criam problemas e fazem intrigas. Tentam nos colocar em situações constrangedoras e delicadas. Coisas que o tempo provará, não serem verdadeiras. Mas até que isso aconteça, viveremos momentos desagradáveis. 
Muitas pessoas, as invejosas, por saberem de sua incapacidade, em ser alguém melhor, e poder fazer suas próprias conquistas, muitas vezes destroem amizades, lares, colocam pessoas contra pessoas, desestabilizando a pessoa atingida.
O pior é que, essas pessoas são convincentes. E usam o seu lado inescrupuloso para tirarem a paz e escurecer a vida de quem tem luz própria.
No fundo todos nós somos invejosos. Podemos dizer que existe uma inveja positiva que eu posso denominar "inveja branca", ou seja, aquela inveja branda, pura. Aquela em que a pessoa fica super feliz pelo sucesso, beleza, ou, talento do outro ao mesmo tempo em que gostaria de ser como ela, então, o objeto de sua inveja o faz pensar em alternativas para melhorar como ser humano, como profissional, etc.., espelhando-se no outro que tanto admira.
A inveja negra, é a prejudicial, que faz tanto mal ao invejoso quanto ao invejado. Vejam então como maltrata ao invejoso a inveja: ele se sente assim totalmente em nível inferior ao invejado, aliás só pode invejar quem vê no objeto da sua inveja uma nítida superioridade sobre si mesmo. E, ao acreditar-se inferior, quanta dor e quanto infortúnio isso causa ao invejoso. Aniquila-o por dentro aquela condição superior do invejado, mais inveja e rancor lhe causa a sua própria feiura, a sua incapacidade, pobreza, a sua incompetência, fraqueza, falta de talento entre outros.
A inveja nada mais é do que uma declaração da própria inferioridade do invejoso em relação ao invejado. É por isso que, os invejosos detestam o que admiram..
A solução seria, que a pessoa se reconhecesse como tal, e tentasse trabalhar nesse sentimento, transformando-o, pelo menos, na inveja "branca", para que não seja prejudicada, a pessoa que é o objeto de seus maus sentimentos. Evitando assim, causar dores alheias e tentando solucionar a sua própria dor. As suas próprias frustrações.

 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 11/08/2014
Reeditado em 12/08/2014
Código do texto: T4917760
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