Faltam poucos dias para que se eleja  um novo presidente. Nomeação esta que torna cada indivíduo responsável pela mesma. Não se está escolhendo um time de futebol. Está se nomeando um representante das  necessidades individuais e das necessidades coletivas dos habitantes de um país.
O que vem acontecendo é que o povo está se manifestando através dos partidos políticos, de sua preferência, e esquecendo de seus planos de governo e de que a figura suprema, no caso o presidente, é a pessoa “chave” para representar os interesses do povo.
 
Os candidatos à presidência não mais representam seus próprios partidos políticos. Isto  coloca o eleitor ainda mais confuso e distante da realidade do que se supõe. Uma das candidatas ao cargo de maior responsabilidade do país, quer a todo custo o cargo em suas mãos tentando assim representar, como único objetivo  em alcançar seu intento, todos os partidos políticos, como se isto fosse possível. Isso é algo que assusta o eleitor. A candidata Marina Silva não tem identidade política. E essa descaracterização lhe confere um grande número de intenções de voto.
 
Depois de elegido, se não for o “time” de sua preferência, o povo limita-se às críticas e não as exigências concretas das mudanças prometidas pelos candidatos, que não encontram embaraços em iludir o povo.
Passa-se, então,  a torcer contra e a festejar quando o “gol” não é marcado, se o time não tiver sido o de sua escolha.
 
Alguns cidadãos até se atrevem a fazer manifestações anarquistas, acreditando que aterrorizando e quebrando portas de estabelecimentos, depredando  patrimônios públicos, enfrentando a polícia no impedimento de seus atos de vandalismo, estejam conquistando algo relevante.  Esquecem estes, que é o dinheiro do contribuinte que paga pelas suas revoltas e seus atos incoerentes.
 
A educação precisa ser revista. Abrem-se vagas no sistema educacional e o objetivo das instituições de ensino não tem sido o de formar cidadãos para a sociedade, senão o de ter quantidade de indivíduos que frequentem as mesmas. O que estes indivíduos aprendem ou deixam de aprender não importa, desde que estejam fazendo parte das estatísticas necessárias que o país necessita para que se sinta tranquilo em  estar comprovando seus esforços de que a educação vigente demonstre e  comprove as ditas melhorias que alega. Sendo assim, o “avanço educacional”, se prova unicamente com o número de inscritos que frequentam as escolas. A prioridade deveria ser formar cidadãos pensantes, cidadãos autônomos e capacitados para viverem de maneira ética, de maneira profissional e, principalmente, de ser um ser reflexivo, que possa tomar decisões contribuindo para uma nação mais justa e igualitária, e também poder cobrar seus direitos na sociedade a qual pertence.
Nenhum dos candidatos mostrou um plano de reforma para a educação. Dizer que precisa ser melhorada não é plano de reforma. Talvez, porque saibam os candidatos que um plano de reforma na educação não seja importante para convencer o eleitor que deva receber o seu voto. Mencionar que a educação é decadente, é o suficiente para o eleitor acreditar que haja uma boa intenção em melhorá-la. 
 
Infelizmente, o povo brasileiro não exige seus direitos por preferir, simplesmente, reclamar deles e se satisfaz em pensar que sabe o que fala, que se estivesse assumindo o cargo de presidência saberia como melhor administrar. How good is that? O que é que isto traz de mudanças concretas, estar convicto de que administraria melhor, pois todos parecem saber bem tudo o que precisa ser feito  para que as coisas aconteçam de modo que tudo se resolva e o País se transforme num sonho realizado?
Há inclusive em  terras brasileiras os que fazem muito dinheiro com tais reclamações. São os poucos jornalistas que ganham notoriedade por falarem publicamente o que cada um gostaria de saber falar.
Reclamações não mudam um país. O que muda um país são as verificações, as constatações do que está acontecendo, se são o que deveriam estar sendo, ou se as propostas de mudanças continuam sendo negligenciadas. As reivindicações e a ausência do cumprimento do que foi prometido devem ser feitas por escrito.
A saúde, por exemplo, que é o maior descaso em nosso país precisa ser cobrada pelo cidadão. As pessoas morrem nos chãos dos corredores  das emergências hospitalares, por  falta de atendimento adequado. Algo precisa ser feito em prol do melhoramento do sistema de saúde pública e cabe ao cidadão encontrar, junto com os demais cidadãos, uma forma para que o dinheiro de sua contribuição seja aplicado de maneira racional para garantir um bom atendimento a todos.
 
O Brasil é um país onde ao bandido é permitido o convívio social porque carrega arma em suas mãos e junto com a arma, a impunidade, como garantia de poder cometer suas atrocidades, tirando a vida de inocentes que deveriam estar  sendo protegidas pelo governante de turno que foi escolhido para manter a ordem e o progresso.
 
O que a presidente Dilma falou em termos de uma proposta salvadora para que Israel e a Palestina optem por diálogos e resolvam seus problemas de longas datas, não faz o menor sentido. Falar coisas insensatas não  significa estar oferecendo soluções para os problemas existentes. Quando não se sabe o que dizer, melhor seria manter a boca fechada. O certo é encarar a realidade de cada cultura e perceber que o diálogo não mais serve para resolver a ganância e a ira dos incautos.
Se o diálogo resolvesse problemas o Brasil não seria o pais dos ladrões descamisados e dos  ladrões engravatados.
 
As mudanças são urgentes; tem que haver o cumprimento das leis,  são tantas as leis vigentes que se mantém empoeiradas por falta de cumprimento, enquanto o povo fica sem norte (destino). Os juízes recebem salários altíssimos e não deixam de ser apenas figuras decorativas.
 
É preciso que haja mudanças na postura de cada brasileiro, pois se não houver não poderão reclamar de que tudo continua estagnado. O povo é a voz da nação. Nosso povo usa sua voz para fazer reclamações de suas dores, sem procurar o remédio adequado para eliminá-las.
 
A única coisa que progride satisfatoriamente, sem encontrar obstáculos, é a vida mansa dos políticos, que são sustentadas com o dinheiro dos contribuintes que pagam, com muito suor, para que as coisas se mantenham como estão, e aceitam pacificamente, assistindo aos disparates, torcendo uns para que o “gol” seja marcado e outros festejando a derrota do time adversário.
Não se pode deixar iludir acreditando que o presidente elegido, qualquer um que seja este, vá transformar da noite para o dia, como se fosse um mágico, o Brasil no país dos sonhos. A partir da vitória do elegido, começa seu trabalho de presidente e deveria começar o trabalho de cada um que o elegeu, no acompanhamento e na cobrança do que este se propôs a fazer.  Todo funcionário precisa ser fiscalizado em seu trabalho, e no caso de incompetência, deve ser demitido.
Um país somente poderá avançar no caminho da prosperidade , se todos se envolverem e exigirem que a tal almejada  e merecida mudança,  se faça cumprir.
É  imprescindível que cada cidadão tenha consciência de que sua escolha na hora em que estiver escolhendo através de seu voto o novo presidente, a responsabilidade que lhe cabe. Lembrando que o voto nulo existe para os que não acreditam que haja um funcionário capaz de representa-lo na responsabilidade de governar o Brasil.

 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 30/09/2014
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T4981554
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