Apresentação: O Narciso Negro e o Lírio Branco

Breve se compreenderá a relação de ambas as flores, seus nomes e seus enlevos para a poesia, desde a mais simplória até a mais sublime ou de vanguarda à espera do tempo para cimentar. São paradigmes escolhidas por mim, tão opostas quanto os binários no mundo, e agora de minha posse para serem usadasna melhor das artes escritas - a poesia de autor, a qual pouco se importa com métricas e outras frescuras da escrita normal ou dita "normal"!

Assumo aqui este breve ensaio, pois não existe APRESENTAÇÕES na Recanto das Letras, embora envidasse esforços em fazer, talvez, um ensaio melhor, mensagem ou homenagem acerca disso. Porém, como sou livre-pensador(a) - dependendo do avatar ou eu mesmo como autor(a) - tive de improvisar uma Aoresentação à la ensaio nesta Recanto para dar um pouco de explicação sobre como procederei em poetar ( sic ) as duas expressões da alma humana em forma de flôres casuais e simbólicas para alguns. Estou livre em proceder assim neste site que me dá a liberdade quase extremada de proceder assim. quiçá esquisito...

Este ensaio é para apresentar a minha vontade de escrever bem sobre temas emotivos que conheço bem desde pequeno(a). Outros abusos de minha parte literata (!) é envidar esforços em escrever muito sobre o muito que venho aguardando a tempos em escrever, seja em papel, na máquina ou nesta mídia eletrônica à disposição. E quero tambem expor aqui uma parte do que quero afirmar para deixar claro para muitos que me lêem. Dou a seguir o primeiro passo menor (!) sobre o que pretendo fazer com Narcisos e Lírios, plantas representativas do mais fundo "poetar", tanto em sentimentos, emoções, sentidos e simbolismos somente meus. Logo terei um site de escritor ( assim esperamos, eu e minhas avatares mais íntimas... ) e exporei mais longamente essa vontade com outros textos referentes a TUDO que comporte símbolos de amor, desventura, sentimentos, sofrimentos, desejos, sonhos e,a cima de tudo, a LIBERDADE TOTAL de escrever sobre o que se passa nessa vida pessoal de escritor menor. E tambem por tudo que passei e sinto dever em descrever, lógico...

Estou dando livre curso sobre os primeiros esgares ( sic ) ou vislumbres disso tudo que sei, sou e pressinto na vida de poeta comum. E noutro site, ou vários sites que dispuser-me a fazer, darei livre curso ao que afirmo aqui, além de outros fatos, claro, que por aqui inexiste espaço para expor-se de vez.

Ah, sobre estas flores acima descritas - e foi a vontade de escrever sobre as mesmas - deixarei aqui um plano simples do complexo

material que disponho, aos poucos claro, que farão a diferença louca em todos meus textos variados...

Primo - Narciso Negro: a devoluta, a proibida, a caução imperativa do mal que se pratica violando regras da vida; da côr rebelde inexata da revolução que uda tudo e todas as causas; parcela do Karma sofrido, daquilo que arranjamos quando damos livre trânsito Às emoções talvez baratas; a luta indecisa, prestes a se enlutar ou perde-se; nem pecado e nem juízo, mas a quintessência dos erros mais comuns do coração. Uma flôr inquieta para enterro, insípida para poupar-se loas e versos mais simples; a mesma que deploramos ao ver-se enterros, enfermidades, injustiças à mesa ou ao relento. A mais indigna flôr que merece a medieval verdade do mal sem espinhos, pois a rosa lhe é a co-igual e nem sempre toma o lugar dos narcisos mais atrevidos ou perdidos na estrada da vida. Em suma, ela é a contrapartida dos Lírios e botões de Azaléia ou outra flôr quaisquer. E aqui é só o começo da ideação poética da mesma e de outras...nada de preconceitos enfim...

Secondo - O Lírio Branco: a mais pura, a mais incompreendida por botas e pés nús, isolada em si por sua côr ser a soma de todas as cores, desolada e amada; aquela que assume sua destemida humanidade divinizada por uma crença que não cabe aqui ser descrita; a mesma flôr que ousa refletir a mentira do traidor ou a sandice do tirano, que ousaria ser a única se o mundo renegasse as outras florações da natureza. Por ser indicativa de pureza nunca notada ou habilidade de apaziguar santos e plebeus, o Lírio representa a esperança desejada, aquilo que somos na paz e jamais plantamos para prosseguir. Ela é a flor, esta flôr adulada ou perdida ao apagar-se sua existência; de fato, aquela plantinha cuja semente se esmera na grandeza da tambem delicada Lótus oriental, e demonstra gratidão ao Sol e à água sem nada mais a pedir enfim. E os homens lhe ignoram a simplicidade, a sutileza da diplomacia de um botão de flôr ameno, tiram de si o orgulho terreno de desprezar as verdades mais claras em detrimento da Terra sempre machucada por eles ( os homens ). E assim lhe tiraria o infinito para ser uma das trÊs mais simples flores: A Rosa Branca, O Lótus e a Margarida singela. Em contraparte o Lírio engana a sombra, se matiza e expande cálida e risonha, embotando as sombras e ruínas de outros Narcisos mais contrários e improdutivos. O Lírio, sem exceção, não elabora o erro de se entregar em mãos de ditadores e nem se deixar enganar quando pisada, desnorteada, mal amada ou desvirtuada de si.

Ela é o lado simpático que seduz outras flores mais temidas e em si guarda distância dos Narcisos que medram na vendetta e na ganância dos sentimentos mais baixos. Em outra parte ambas as flores, Narciso e Lírio, são o binário, as coesas existências do poeta e seu arrimo de trabalho...

Esperem, pois!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 01/01/2015
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