As Praças são Espaços Comunitários de Múltiplas Vivências

A maioria das pessoas que recorrer as suas memórias de infância, lembrará de um espaço amplo que proporciona muitas brincadeiras onde as pessoas costumam se encontrar para conversar, tomar um chimarrão ou fazer exercícios físicos como caminhar ou praticar esportes. Na vida de cada pessoa, uma praça se tornou significativa pelas vivências e pelo laço afetivo. Sem dúvidas, são espaços coletivos de vivências comunitárias e praticamente todos os bairros têm pelo menos uma praça. Estes lugares refletem o modo de vida da população local. O interessante é perceber que as praças recebem tratamentos e cuidados diferenciados de acordo com sua localização; as centrais ou em pontos turísticos costumam ter mais manutenção do que a dos bairros populares e das periferias. Temos algumas cidades que produziram uma cultura associada à suas praças, como locais de lazer e descanso, de apreciação da natureza e meditação e principalmente, o fomento das artes de rua, do teatro à poesia, do artesanato à pintura, as praças são espaços democráticos de protestos e mobilizações sociais em que se revelam as tensões da sociedade que vivemos. Nas praças são erigidos os monumentos históricos nos fazendo refletir que nesse espaço tudo torna-se público, ou seja, o espaço do povo. Partindo dessa perspectiva, quem deveria zelar pelas praças, a comunidade ou o poder público? Muitos podem alegar que pagam seus impostos em dia para que a Prefeitura mantenha e cuide das praças da cidade. Outros, por iniciativa individual ou organizada pela associação de moradores e pelo comércio adotam as praças. Ambas são responsáveis pelos espaços comunitários, os cidadãos e o poder público. Necessitamos da participação popular e da coerência dos administradores da cidade para efetivamente termos praças arborizadas e floridas, agradáveis com belos panoramas e brinquedos bem conservados para nossas crianças. Não vamos deixar nossas praças morrerem pelo descaso. Podemos fazer um mapeamento das praças e suas potencialidades artísticas, ambientais, históricas e turísticas, valorizando os patrimônios dos bairros e divulgando esses tesouros escondidos nos recônditos das cidades.

Publicado no Jornal Litoral Norte

Leonardo Gedeon
Enviado por Leonardo Gedeon em 06/02/2015
Código do texto: T5127824
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