No que devemos acreditar?

As mentiras alardeadas diariamente pelos meios de comunicação são muito gritantes, descaradas, isso está bastante óbvio. Em breve, no entanto, mentiras ainda mais desconcertantes virão à tona, evidenciando que os meios de comunicação nada mais são que canais de manipulação de massas dos poderosos. Assim sendo, que opção nos resta? No que devemos acreditar?

Difícil descobrir as informações e crenças dignas de crédito, algumas distinções, no entanto, facilitam as coisas.

Dados e opiniões, por exemplo, devem ser claramente separadas. Opiniões são pessoais, dados devem ser objetivos, passíveis de conferência independente.

Há os que se fiam na autoridade, é um caminho fácil. Esses, no entanto, se manterão dependentes de outros, situação desconfortável.

Os mais sábios podem se apoiar na lógica, condição menos comum que a alardeada usualmente.

Existe uma disciplina chamada “lógica”, prima da matemática e desenvolvida uns dois milênios e meio atrás, pelos gregos antigos. A lógica, por si, não garante a veracidade dos fatos, apenas os relaciona. Em nossa vida diária, costumamos exercitar uma variada gama de conexões lógicas, esse conhecimento está bastante difundido entre nós. Erros lógicos, no entanto, são tão frequentes quanto os erros gramaticais na boca do povo.

Embora a lógica não propicie verdades, embora não se possa deduzir fatos exclusivamente através da lógica, seu uso permite relacionar fatos, de modo que, estabelecendo-se alguns deles, outros lhes decorrerão logicamente. Fundamentalmente, serão excluídas as eventualidades contraditórias.

Isso nos dará muito poucas garantias, perderemos boa parte de nossa “segurança” atual, a mesma que nos permitiu imergir no profundo oceano de mentiras no qual nos metemos.

Será difícil estabelecer as bases de nossas crenças, bases falsas nos levarão à loucura, como ficará visto após a derrocada do ocidente, que presenciaremos em poucos anos.

Temos nos fiado na coletividade, temos acreditado naquilo que todos acreditam. Agora nos vemos à beira de um abismo, rumando em direção a ele. Queremos acreditar que nada acontecerá se mergulharmos juntos; queremos acreditar que o abismo desaparecerá se nele mergulharmos juntos. Somos loucos.

A ruína econômica do ocidente está próxima, será catastrófica. Todas as finanças se revelarão pó (temos acreditado no valor de pedaços de papel, somos loucos, aquilo que você não puder pegar e guardar para si desvanecerá junto com todas as outras mentiras).

O dinheiro é uma mentira, virará pó. O dinheiro é apenas um mecanismo de controle e organização das massas; os poderosos, simplesmente, fabricam o dinheiro ao seu bel-prazer. Os poderosos tentarão recontar a mentira substituindo o dinheiro atual, que reconhecerão podre, por outro. Jurarão que da próxima vez farão tudo direito.

Tenho minhas próprias crenças, muito menos delas que as pessoas comuns, mas, diferentes das usuais, o que as torna estranhas e chamativas; não creio na coletividade, não acredito que uma crença coletiva valide uma ideia. Mas acredito na razão, sou muito estranho.

Supus, ao iniciar a redação desse texto, que seria fácil explicitar a ação de filtragem racional das crenças, como selecionar as informações nas quais acreditar; não é.

O caos subsequente ao desmoronamento do ocidente deixará multidões perplexas, à beira da loucura, cegas, sem nenhum apoio para seus braços. As pessoas tentarão continuar a se apoiar umas nas outras, como sempre o fizeram, mesmo sabendo terem sido conduzidos, cegamente, à catástrofe. A loucura as conduzirá conjuntamente ao precipício, apoiadas umas nas outras, e isso as confortará; sentiriam-se desamparadas sozinhas, preferirão se entregar coletivamente aos braços da loucura.

Creio que tudo isso se desvelará em 17, até lá poderemos nos manter vendados, rumo ao desastre que não queremos encarar.

Em nosso país somos ainda mais frágeis que em outras paragens. Vamos nos deparar com o caos quando estivermos enfraquecidos. Apenas 3 anos atrás nos vangloriávamos de ter passado incólumes pela crise mundial, mas nossas diretrizes começaram a incomodar os poderosos do mundo. Então, conduzidos pelos meios de comunicação, passamos a torcer contra nós mesmos, e a cavar nossa própria cova.

Somos ignorantes e muito frágeis, nossos meios de comunicação são controlados por estrangeiros, nossas crenças forjadas por eles.

Temos jogado contra nós mesmos.

Poderíamos estar participando da elaboração das novas diretrizes mundiais, poderíamos estar entre os protagonistas da nova moeda, dos novos rumos econômicos e políticos do planeta, mas nos confundiram e passamos a jogar contra nós mesmos.

A nova crise, a imensa, nos pegará enfraquecidos, esfrangalhados. Somos um povo muito ignorante.