Hoje o dia nasceu claro, céu azul. O sol anunciava uma linda manhã de setembro...
 
Repentinamente, antes do meio do dia, as nuvens começaram a surgir, uma a uma, escuras, prenúncio de tempestade.
O vento com seu sopro desolador as carregavam velozmente.
As árvores se curvavam como se obedecessem às batutas de um maestro descontrolado pelo ritmo.
 
O dia se tornou noite sem lua, os raios projetavam suas garras sombrias sobre a terra e em mim...
 
Sombras que amedrontam, torturam e despertam sentimentos escondidos dentro de nós. Medo. Solidão. Dentre tantos outros indescritíveis.
 
Quando a chuva desceu sobre a terra, gotejava tristezas, tragédias e misérias...
 
O medo avassalador que passou pelo meu corpo, me enfraquecia fisicamente e mentalmente. E, eu, cismava sobre tudo e todos. Será que verei as pessoas que amo novamente?! Será que fenecerei aqui, tão só e atormentada?!
 
Quando tudo terminou, a sensação de alívio chegou e com ele, também cessaram as batalhas das minhas ‘titânidas’ interiores...
 
Ainda bem que as tempestades são passageiras e então, eu pude camuflar os meus terrores, e sigo sem vestígios do que passei.
E, eu, um dia, pensei que amava as tempestades...
 
Juiz de Fora, 07 de setembro de 2015.