Certa vez ele me falou: “Eu não quero saber do que você sente; eu não quero saber do que o Felipe sente; eu não quero saber do que o Lucas sente. A única coisa que me interessa saber é do que eu sinto.”
Na época em que eu ouvi essa barbaridade, não dei importância, por estar sempre desconsiderando o que uma pessoa embriagada pudesse dizer. Acreditava eu, que as pessoas quando  anestesiadas por alguma substância química, não soubessem o que estariam dizendo, ou o que estariam sentindo.
Ah, como eu me engano em relação aos sentimentos das pessoas, por eu estar sempre esperando delas o melhor que possam encontrar em seus interiores.
Eu duvidei das palavras e dos sentimentos dele, todavia o tempo as provou verdadeiras.
Logo concluo que: as pessoas nem sempre usam máscaras, pois elas se revelam nas mais mínimas coisas e, possivelmente, não são acreditadas. 
E tudo isto por culpa daquela velha mania de se crer que as pessoas sejam bem melhores do que elas realmente são. E por isto, julga-se que seriam incapazes de fazer algo ruim.
O certo é não julgar mal as pessoas, obviamente, e muito menos advogar em defesa daquilo que não se tem certeza.
Uma alma fria é capaz das atitudes mais insensatas, inimagináveis, mesquinhas e sórdidas. 
 
(Mari Silva)
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 14/09/2015
Reeditado em 14/09/2015
Código do texto: T5381642
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