Eu gosto de fazer as coisas bem feitas, por isto sempre me dedico o máximo em tudo o que faço. Os resultados nem sempre me agradam por eu ser muito exigente comigo mesma, pois acho que sempre posso fazer melhor do que costumo fazer. Ainda bem que eu sou assim, porque quanto mais eu aprendo, muito mais eu percebo o quanto tenho para aprender, para descobrir, para investigar, para viver. Eu gosto de viver cada dia de minha vida como se fosse o meu primeiro dia de vida.
Nesses quatro anos em que estou morando no Brasil, decidi estudar e hoje recebi o meu diploma de Pedagoga e uma medalha linda, pela maior nota durante todo o curso de Pedagogia. Essa medalha representa muito para mim. Muito mesmo.
Eu gosto, confesso, de ser a melhor de mim mesma, em tudo o que eu costumo fazer. Eu luto e me esforço para isso, pois as coisas não acontecem somente porque as desejamos, e sim, porque nos empenhamos na conquista daquilo o qual acreditamos ser o que merecemos. 
Essa medalha tem um gosto de decência, de compromisso, de dignidade, de ética – lágrimas dançam felizes pelo meu rosto – e de moral.
Muitos que me conhecem sabem que eu enfrentei um grande drama em minha vida, no mês de junho de 2014. Foi um golpe duro, amargo, triste, insano, injusto, medíocre... Naquele dia 23 de junho de 2014, eu quase morri de desgosto. Eu fiquei tão arrasada que pensei até em desistir do meu curso de pedagogia, pois eu não me sentia com saúde mental para poder prosseguir. As primeiras semanas que se seguiram a partir daquela data, foram péssimas. 
Eu gritava a minha dor, eu chorava, eu não sabia direito o que fazer. Então, eu rezava. Eu rezava porque Deus me ouvia em silêncio. E quando alguém nos ouve em silêncio, é preciso que saibamos ouvir as nossas próprias vozes. Foi quando com a ajuda de Deus eu decidi continuar a fazer o curso e decidi também parar de fumar, pois já bastava o mal que me faziam, não era justo que eu deliberadamente me causasse mal. Sim, eu decidi continuar a estudar e me concentrar nos meus estudos e tentar esquecer a minha tragédia particular. Foi o que eu fiz, me dediquei ainda mais ao meu curso de Pedagogia, e quanto ao cigarro (não quero mais saber de cigarros, em minha vida) eu disse adeus.
Eu sou uma pessoa muito forte e a prova de que somos aquilo que escolhemos ser. Eu escolhi ser feliz. Eu escolhi não usar nada como desculpas para impedir o meu progresso.
Nessa minha fase difícil, eu tive o apoio das duas pessoas mais importantes de minha vida, que são os meus dois filhos Felipe e Lucas (o meu cãozinho também, sempre me apoiou nas horas que mais precisei) para quem eu dedico essa medalha que tanto representa para mim. Eu me superei, e sinto muito orgulho de mim mesma.
Divido com vocês, amores mios, meus momentos de glória
 
 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 23/09/2015
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