O jogo do mico e a queda do ocidente

O jogo do mico é bem conhecido: distribuem-se as cartas, quem faz pares os descarta. Por não ter par, ao final do jogo, o mico sobra nas mãos do perdedor.

Quando se compra uma casa, ganha-se uma escritura. Esse papel, a escritura, faz par com a casa, tem uma garantia real, palpável.

Muitos papéis, no entanto, asseveram valores sem fazer par com qualquer coisa tangível, são micos. Papéis desse tipo não correspondem a nada, exceto a números em uma conta. Mesmo assim, ninguém se preocupa em possuir um mico de 1 milhão, afinal, se o papel vale 1 milhão, basta passá-lo adiante. Quando a rodada final chegar, contudo, quem estiver com o mico perderá.

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Digite “juros negativos” no google e descobrirá valores exorbitantes e crescentes. Leio 5,5 trilhões de dólares em fevereiro, 7 trilhões em março, euros entrando na dança dos empréstimos sob taxa de juros negativas em abril... a bola de neve cresce, todos tentam empurrar seus micos para outros; o mundo está nervoso.

Empréstimos a taxas negativas parecem ter sido praticados por Papai Noel, foram efetuados por capitalistas, no entanto, por que o fizeram?

O joguinho consiste, em uma ponta, na tentativa de resguardar valores e se livrar do mico, na outra, em um esforço último para a sustentação do dólar e do sistema financeiro vigente. Assim, estão sendo necessários 7 trilhões (valores de abril) para sustentar o dólar.

A pressão, no entanto, continua aumentando. Valores crescentes serão necessários para conter o caos iminente. O dólar ruirá, e o que resta é ganhar tempo. Os trilhões empregados nesse esforço não têm lastro, são meros números, micarão. Todos os micos entrarão na dança.

O fenômeno absurdo consiste em uma fortíssima indicação da iminência da derrocada do dólar e de todo o sistema financeiro. Aliado à constatação de que as últimas crises financeiras têm precedido a troca de presidentes nos EUA, o fato sugere fortemente que a explosão da grande bolha financeira ocorrerá esse ano, 2016.

Será um enorme caos, o maior de todos já sentido pela humanidade, maior que todas as revoluções já ocorridas. Revelará que temos sido cruel e ridiculamente enganados. O ocidente ruirá. Em meio a sublevações violentas espocando por todo o planeta, haverá uma enorme pressão para um ataque americano à China e à Rússia desencadeando uma guerra mundial apocalíptica. Devemos estar atentos, e, de antemão, dizer não à guerra.