A relação entre ausência de limites e não aprendizagem.

A RELAÇÃO ENTRE AUSÊNCIA DE LIMITES E APRENDIZAGEM.

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SUMÁRIO

Pag.

RESUMO.................................................................................................................................................4

1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................5

2.JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................................6

3.OBJETIVOS............................................................................................................................................7

3.1.OBJETIVO GERAL.............................................................................................................................7

3.2.OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................................................7

4.MÉTODO.................................................................................................................................................8

5.RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................................9,10,11

6.RESULTADOS DO INVENTARIO DE ESTILOS PARENTAIS...........................................................12,13,14

7.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................16

ANEX0S......................................................................................................................................................17

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Resumo

Estudos demonstram que o comportamento das crianças tem se modificado a medida que o tempo avança, cada época com as suas especificidades. Nos nossos dias tem preocupado estudiosos da educação e também a comunidade como um todo, a questão dos limites e a dificuldade em estabelecê-los nos diversos âmbitos onde tramita a infância e da adolescência. Nas escolas, crianças e adolescentes manipulam os professores de modo terem seus interesses atendidos, em detrimento daquilo que melhor favoreceria o processo de aprendizagem, colocando em xeque a autoridade professoral. Esse trabalho abordou as questões relativas aos limites nas esferas do núcleo familiar e da escola, com pesquisa de campo feita entre pais, filhos e professores, visando esclarecer até onde o processo de aprendizagem se dá de uma maneira democrática ou impositiva.

Palavras chaves.

Limites, família, aprendizagem, fracasso escolar, escola.

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1. INTRODUÇÃO.

Há uma relação indissociável entre ausência de limites e as conseqüências degradantes decorrentes dessa ausência, quando estabelecidos de forma autoritária pelos pais para o processo de aprendizagem.Isabel Cristina Hierro Parolin cita Ivo de La Taille a propósito desse tema em Família e Escola – Instituições parceiras: Transpôs ela de La Taille para o seu texto‘’Enquanto o excesso de mimo significa apagar os limites a serem transpostos, passando à criança a idéia de que nada lhe resiste, a humilhação significa reforçar esses limites, transformando-os em altas muralhas intransponíveis.

Assim esse tema de extrema relevância social necessita da intervenção de pais autoritativos, nunca autoritários, caracterizados por uma ação calorosa e compreensiva, pois são essas ações que tendem a promoverem uma indispensável autonomia psicológica, robustecendo diretrizes comportamentais, como não acontece a partir da abordagem de pais autoritários. Wright e Cullen (2001)

A ausência de limites tem uma relação intrínseca com o fracasso escolar, um de suas responsáveis. É um dado constituinte dos mais preocupantes na abordagem das políticas públicas, no bojo dessas reflexões e indagações sobre as mazelas históricas que assolam as escolas públicas brasileiras. E torna-se imperativo considerarmos o difícil relacionamento entre o papel do professor de transferir conhecimentos sócios historicamente produzidos e o aluno refratário a esse saber, por conta, entre outras coisas, de não ter limites trazidos de casa para o convívio harmônico em sala de aula com os outros alunos e os professores. Alisson Vinícius da Silva Ferreira e Alexsandro Penteado (2014)

Atualmente estamos vivendo uma crise de papéis em que criar limites torna-se uma atribuição do ‘’outro’’, no que se refere a pais e professores. De um lado ficam os pais que exigem dos professores posturas que são próprias dos genitores, do outro, professores debatendo sobre a total falta de atenção e ausência por parte dos pais na vida de seus filhos e no meio dessa balbúrdia, crianças afetivamente deficitárias, impacientes, hostis e com pouquíssimo interesse pelas disciplinas que, também se utilizam de desculpas ‘’meia boca’’ para se eximirem de suas irresponsabilidades escolares. José Reinaldo Alves de Paula (2014)

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2. Justificativa.

A justificativa é lastreada quando se verifica a imprescindibilidade de propostas educacionais que revertam expectativas no tangente ao desempenho amplamente insatisfatório das avaliações oficiais e institucionais do estado, feitas através da Prova Brasil, Saresp, Enem, etc.

De uma maneira geral, entender até onde alcançam esses indicadores e o que exatamente eles representam, não pode ser feito sem colocar em perspectiva a questão fulcral dos limites e a sua interação com a aprendizagem, um processo que requer meticulosidade daqueles que realizam essa apreciação. Não existe como pensarmos uma criança segura, protegida se essa mesma criança não for provida com limites e afeto. Brazelton e Greenspan, (2000).médicos norte americanos que se dedicam à estudos na área do desenvolvimento infantil, afirmam que a disciplina, que limites, precisam a ser encarados como ensino e urge transmiti-la a partir de uma perspectiva empática, pois costuma acontecer de que a criança se sinta bem agindo de acordo com as regras, isso faz com que as crianças se sintam enquanto a razão para o brilho no olhar de uma outra pessoa.E isso, por si, já é bastante estimulante.

Manuel Lessa Ribeiro nos diz que criar limites, é exercer uma autoridade que faz com que o outro cresça, essa ação sendo a própria legitimação da autoridade..

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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

3.1.1 Compreender de que forma os limites são estabelecidos por pais e professores no atual contexto social.

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

CÍFICO 3.2.1 Qual a correlação entre os limites dados à criança por pais e professores e a não aprendizagem da criança na escola.

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4.MÉTODO

O método utilizado foi o qualitativo, que tem por prioridade o processo e não apenas os resultados finais.

Foi utilizado na coleta de dados os testes do IEP: (Inventário de Estilos Parentais, que já foram aplicados com os pais e filhos. Foi elaborado um questionário com perguntas objetivas, que foi aplicado com os professores.

Após a aplicação do IEP e do questionário com os professores foi feita a tabulação dos dados. O questionário dos professores é tabulado por análise de conteúdo.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Trabalho de limites IEP com os professores Resultado dos cálculos do IEP

Falta de tempo, não se preocupam com a escola e chegam cansados. 100%

Ausência de rotinas e normas, irresponsabilidade dos pais. 100%

Falta de supervisão dos pais, falta de afeto e falta de diálogo 100%

O não reconhecimento da autoridade do mestre, desrespeito aluno à disciplina na prática do bullying e nos conflitos dos alunos entre si. 100%

Importunam os outros, levantam e conversam com os colegas 100%

Ponte de comunicação entre escola e família, papel de conscientização e postura mais rigorosa. 100%

Diálogo e maior interação entre pais e professores 85%

Orientação profissional, desenvolver a consciência social e dar formação 73%

Desvalorização social da educação 60%

Desinteresse

Este é um trabalho no qual se utilizou de dois questionários, em um deles, o questionário de Inventário de Estilos Parentais (IEP), foi aplicado sobre pais e filhos. No outro, a partir de nossa elaboração, enquanto alunos supervisionados, utilizamo-nos de referenciais tópicos sobre as relações professores e alunos e aplicamos esse questionário, exclusivamente com professores. Analisando o conteúdo dos testes levados a efeito, esses não diferiram em praticamente nada, dos escritos de autores sugeridos no levantamento bibliográfico.

A análise de conteúdo com os resultados do questionário dos professores nos trouxe referências significativas, em consonância com o material utilizado e pesquisado por todo o estágio.

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Trouxe-nos as evidências de uma situação conflituosa e de difícil administração existente entre alunos e professores que, em larga escala, reflete os padrões educacionais que a criança e o adolescente não recebem, ou, mal recebem em suas casas, na maior das vezes, em razão da ausência materna e paterna, ambos trabalhando, para manterem as contas da família em dia.

Quando a família entra em contato com o fato de que um de seus filhos não está correspondendo às expectativas escolares, via de regra extrapolando os limites, desenha-se um cenário sombrio onde, ao invés de contribuir para o resgate da situação, na maior das vezes, ocorre exatamente o contrário, por pura estupefação dos pais e pelo muito comum projetar-se no futuro até as conseqüências indesejáveis que semelhante estado de coisas, a persistir, poderá incorrer. Textualmente nos diz (Melby e Conger 1999 apud Hellen Bee, (2000) Na outra extremidade do contínuo carinho (quando ele é uma prática cotidiana), a hostilidade dos pais está ligada ao declínio do desempenho e a um maior risco de deliquência do (s) filho (s) (a) (s).

Na questionário feito com pais e filhos, 100% deles afirmam que há um perigoso abismo na comunicação entre pais e escola, outra coisa que fica patente é o fato de que a ausência dos pais, o tratamento permissivo deles, contribui para a ausência de limites, assim, essa criança, adolescente que não sabe lidar com o “ao não”, com as frustrações dele decorrente, são aquelas que maior dificuldade encontram no processo de aprendizado.

A comunicação é segundo Freud, o pior dentre todos os pathos humanos. O primeiro segundo ele seria as catástrofes naturais, o segundo às doenças da qual nenhum de nós está imune e por fim, as relações humanas. Em função disso, não é pouco freqüente que muitas pessoas prefiram o silêncio à interações sociais e familiares marcadas por desavenças. Para pessoas simples, da lavoura, do campo, das cidades interioranas, e principalmente da periferia dos grandes centros urbanos, a palavra só é mais utilizada para passar-se ordens de comando, do patrão para o empregado, do empregado conversando sobre o trabalho com o outro empregado, times de futebol, mulheres, e pouca troca afetiva familiar, cabendo mais à mulher essa função, além dos problemas cotidianos da lida com o trabalho, ou, com a casa, quando não os dois, além dos filhos. Sem comunicação dificilmente tem-se aquele espaço de abrangência onde poder-se-ia pensar muito além da sobrevivência cotidiana.Sem comunicação, como estabelecer-se vínculos que permitiriam em tese, o estabelecimento de limites, onde se conversaria autoridade a partir de referenciais democráticos, não autoritários?

Essa é a pergunta que me fiz depois de analisar os dados da pesquisa IEP onde os gráficos ostentaram um resultado de 100% nos quais se ignora completamente a autoridade do mestre, onde há uma indisciplina flagrante dos alunos em sala de aula, uma ostensiva prática do bullying, e corriqueiros conflitos com colegas de classe, além de conversas em sala, alheias às disciplinas ministradas. Ficamos pensando quais eram os modelos parentais que servem de espelho à essas crianças e adolescentes que participaram da pesquisa, quem são esses pais e quais os modelos parentais que também os modelaram.

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Zygmunt Bauman no seu livro “Modernidade líquida” (2000) falando sobre amor próprio escreveu: “ As pessoas precisam sentir que são amadas, ouvidas e amparadas. Ou precisam saber que fazem falta. Segundo ele, ser digno de amor é algo que só o outro pode nos classificar. O que fazemos é aceitar essa classificação. Mas, com tantas incertezas, relações sem forma - líquidas - nas quais o amor nos é negado, como teremos amor próprio? Os amores e as relações humanas de hoje são todos instáveis, e assim não temos certeza do que esperar. Relacionar-se é caminhar na neblina sem a certeza de nada - uma descrição poética da situação.

Segundo Anderson (2011) as famílias estão carentes de uma intercessão profissional, de modo a conseguirem uma visão mais abrangente do processo que experienciam, baseados em valores pós modernidade líquida.

Michelle Perrot (1993) em seu texto “O Nó e o Ninho” aborda a decadência de valores e da família a partir do séc. XlX. Vivemos uma época em que ocorre uma diminuição de casamentos, que ocorrem a cada dia, cada vez menos, mais tardiamente e são menos duráveis que a cinqüenta anos atrás em diante.

A cada dia aprofunda-se o fosso existente entre a criança “ideal” e a criança “real” que pais e professores, prisioneiros de conceitos superados, acabam por não entenderem e conseqüentemente acabam por tornarem-se vítimas e algozes, co-participes de uma lacuna que, por desconhecerem, acabam não dispondo de ferramentas para superarem.( Parolin, 2003) Assim, pais não repreendem seu filhos para não os exporem às frustrações e ao malogro implícito em qualquer atitude na vida. (Parolin, 2003)

No questionário dos professores a necessidade de um relação mais estreita, e um diálogo mais ampliado com os pais, atingiu a proporção de 85% das respostas.

Por outro lado, em diversos textos ficou evidenciado a necessidade da presença, como condição impreterível para que a autoridade se desenvolva enquanto laços e propulsões para incentivar a criança e o adolescente a crescerem, uma presença que não apenas se verifique enquanto física, mas, participativa, atuante, cúmplice, pródiga em afetos para a edificação de autonomia, a construção de inteirezas subjetivas, para delinearem sujeitos edificadores de realidades harmoniosas e beneficiadoras não apenas de um núcleo familiar, mas, de toda uma coletividade. (Ribeiro, 2002)

A carência dessa presença dá a sua medida nos resultados dos questionários realizados.

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Resultado do Inventário de Estilos Parentais

Filho (Mãe) Filho (Pai)

Nome dos filhos

Resultado IEP

Amanda 3

Adriano 5

Ana 11

Bianca 5

Caio -1

Caio Emedio -1

Gabriel -14

José -6

Kayque -4

Lucas 8

Manuela 9

Paulo 0

Renam -11

Rafael -8

Rafaela 6

Sabrina -19

Tauan -7

Media -1,41

Nome dos filhos Resultado IEP

Amanda -3

Adriano 11

Ana 12

Bianca 7

Caio -2

Caio Emedio 4

Gabriel 11

José -4

Kayque -28

Lucas -15

Manuela 6

Paulo 4

Renam -8

Rafael -8

Rafaela 2

Sabrina -3

Tauan -2

Media -0,94

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Mãe (Filho) Pai (Filho)

Nome da Mãe Resultado IEP

Rosimeire 6

Iolanda 7

Filomena 8

Carolaine 6

Eunice -8

Ana 7

Luciana -6

Zuleica 8

Joana -11

Mariana 12

Simone 9

Vera 0

Claudia 0

Cícera -1

Amanda 4

Denise 1

Sheila 6

Nome do Pai Resultado IEP

Marcio 4

Carlos -3

Carlos Alberto -4

Jadson 4

Vaklo -17

Adriano -9

Tiago -7

Edson -1

Odair -29

Ronaldo -7

Mauro 7

Edvaldo 14

Tiago 3

Marcos 1

Ademir 2

Wesley 4

Higor 0

Sem considerar a possibilidade de respostas erradas, esse de análise se dispõem a identificar a maneira pela qual os pais de ambos os sexos, se utilizam no sentido de educarem seus respectivos filhos.

Este inventário foi aplicado com pais e filhos e a interpretação desta tabela varia de (-60) ou seja, ausência de práticas positivas e absoluta presença de práticas negativas, até (+24) ausência. de práticas negativas e presença de práticas positivas. Foram respondidas quarenta e duas questões, correspondentes a sete práticas educativas: (a) Monitoria Positiva. (b) Comportamento moral, (c) Punição inconstante, (d) Negligência, (e) Disciplina relaxada, (f) Monitoria negativa e (g) Abuso físico. A pontuação varia de zero a dois, nunca para “zero”, às vezes para “um” e sempre para “dois”. As tabelas dos pais e filhos são correspondentes, as primeiras células da tabela, filho/mãe, filho/pai, correspondem as primeiras células das tabelas mãe/filho, pai/filho e assim por diante.

Na tabela (IEP) acima, podemos verificar os resultados negativos que os filhos têm em relação à seus pais. E as maneiras de estilos parentais negativos por parte dos pais. Por estes dados, nota-se que pelo índice (IEP) há risco e a imprescindibilidade de mudança radical na conduta dos pais.

Segundo Michelle Perrot (1993) a figura do pai de família era considerado o chefe e gerente, tem perdido essa conotação, com atitudes como o fato das mães estarem se inserindo no mercado de trabalho e consequentemente, muitas das vezes, se vêem na contingência de deixarem seus filhos expostos aos cuidados de estranhos, que não tem o cuidado de passarem ensinamentos básicos como regras e limites, assim, essas mudanças impactaram fortemente a estrutura da família do XX.

Fica evidenciada na tabela a fala de Michelle Perrot (1993) quando alude ao custo, enquanto um inexorável aumento da solidão material e moral, causado pelo distanciamento dos pais. Cortella, por sua vez, em sua fala, “Criança e seu

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mundo” – Café Filosófico – Tv Cultura, afirma que as crianças têm uma insatisfação acelerada e uma ansiedade muito grande, pois não existe convivência com os filhos.

Segundo Andersen (2011), os valores, normas e conceitos, vem justamente da família. Ao colocarmos essa frase diante dessa tabela, percebe-se que os pais não têm compreensão da importância de sua presença na formação dos filhos. Andersen (2011) salienta que a rigidez dos pais com pouco ou nenhum laço afetivo, gera crianças e adolescentes revoltados o que pode ser visto como uma espécie de neurose, se considerarmos que houve uma ausência de afeto no momento necessário para o desenvolvimento adequado dessa fase.

Os resultados são percebidos na escola, por passarem boa parte do tempo na instituição e por demonstrarem uma personalidade egoísta e narcisista. A tabela também indica que os pais ignoram totalmente o equilíbrio intelecto-emocional primordiais nesta fase para se reduzir a ansiedade, que surge da carência de afeto e da necessidade de satisfazerem-se. (Andersen, 2011)

Para Parolin (2003) a auto-estima que é aprendida e desenvolvida durante a vida fica comprometida pela ausência dos pais e são deles a responsabilidade, são os pais que devem incentivar e estimular seus filhos para que possam entrar nesse universo de sentimentos, idéias, da razão e das sensações. Pode-se notar que na presente tabela isso é ignorado e sem a devida intervenção a criança cresce sem respeitar qualquer limite, visto que não foi ensinado a elas refletindo diretamente na escola e o total desinteresse nas aulas.

Andersen (2011) declara que o tempo para cuidar e educar é realmente importante, esse tempo deve ser usado para a orientação e educação criteriosa dos filhos. Em seu discurso Família, Escola, Cidadania – Quais os caminhos, Cortella e Ribeiro (2002) exprimem a mesma situação e afirmam o quão importante é essa presença, esse tempo de se fazer presente, não apenas fisicamente, mas, se fazer presente em todas as latitudes e longitudes que a situação de proximidade com o filho (a), eventualmente requerer.

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6. Considerações Finais.

Através desta pesquisa de análise, foram gerados dados e considerações acerca das similitudes e diferenças das representações sobre os limites dos pais e professores entrevistados e sobre a metodologia utilizada.

As representações de limites estão vinculadas à idéia de desenvolvimento e socialização, tanto para os pais, quanto para os professores. Embora a dimensão de limites seja entendida enquanto algo a ser transposto para que se alcance a maturidade. A idéia de limites como fronteira a ser respeitada em nome não de uma moralidade, mas, da ética, tem o seu fulcro de verdade a ser robustecido. E a falta de limites conduz a um questionamento de pais e professores enquanto um processo contínuo de construção, alicerçado em responsabilidade de vivências democráticas, tanto no ambiente familiar quanto na esfera social.

A concepção de crescimento contínuo, alicerçado em uma ótica ética, onde se prioriza o privado e o público, dando-se ênfase na auto construção e na construção de filhos que possam serem, não apenas uma mera engrenagem no sistema capitalista, mas, com limites apreendidos no decorrer de nossas vivências que nos resgatem em nossa mais pura essência de nossas dignidades humanas e da coletividade, creio ser delinear um horizonte auspicioso para todos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS

A sociedade individualizada – Vidas contadas e Histórias vividas.

Zygmunt Bauman- MODERNIDADE LIQUIDA.

O nó e o ninho – Michelle Perrot.

Autoridade – Resgatar a importância da autoridade – Manuel Lessa Ribeiro.

Família e Escola – Instituições Parceiras. – Isabel Cristina Hierro Parolin.

Família – Roberto Anderson

“É preciso dizer não” – Tania Zagury

BARTHES
Enviado por BARTHES em 11/06/2016
Código do texto: T5664324
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