QUEÍSMOS E DESRAZÕES.

Se é certo:

Que a fila anda,

Que as freiras possuem, também, orelhas;

Que as águas não são as mesmas por sob a ponte;

Que a lua É..., embora suas fases, e não necessita aparecer;

Que o encanto dura até achegada dura da dura realidade;

Que a semana começa no domingo e não na segunda-feira;

Que se prefere a vida mesmo incerta à morte, impar e certeira.

Por que diabos,

Sigo mirando velhas fotografias,

Voltando às origens, rebuscando memórias,

À beira de caminhos, interrogando-me,

Quando já sei a resposta - Por quê.

Ou não sei...

Mas, se a caso te digo a quem amo, me dirás tu o que se passa a mim,

Que vivo a gastar o latim e a secar tinteiros - Atrevida, a observar

Doces lagrimas, feios sorrisos, alegrias e decepções, a esperança de refugiados, a fé de quem acredita, sem poder escolher a sorte.

Entre rotinas penso que poetizo, segura de que a morte está parida.

Então,

Nestes queísmos e desrazões,

Será que tem cura este insano coração.

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 10/08/2016
Reeditado em 10/08/2016
Código do texto: T5724339
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