VIVER COM DELICADEZA

A vida da gente é algo muito simples e complicado ao mesmo tempo. Somos seres múltiplos em um só corpo, daí a grande confusão.

- Como pode aquele ser tão assim... fazer isso? Dizer aquilo? Se calar?

logo ele tão falante... ela está tão gorda! Que louca! Como teve a ousadia de escrever isso? E agora?

Somo, podemos, queremos...

Queremos, mas não podemos. Por quê? Porque podemos não querer, querendo.

Somos os seres mais controverso da história, talvez por isso os psicanalistas façam tanto sucesso.

A vida se faz em nós e por nós, mas para o outro pelo outro. Sim se pensarmos bem, só existimos por que um casal algum dia se deitou, por amor ou não, mas porque naquele momento único a mágica da união se fez. Primeiro pensamos que vivemos pra nós e por nós, o nosso mundo é restrito aos nossos sentidos imediatos, mas vamos crescendo e aprendendo a conhecer outros universos além do nosso...

A paixão se dá, percebemos que a felicidade escapou de nossas mãos e depende exclusivamente do outro, vem a primeira dor de amor. Que dor é essa? quase nos mata, mas depois da primeira ficamos vacinados todas as outras dores ficam mais suportáveis e até sentimos falta quando por muito tempo não a sentimos.

Amar alguém ou alguma coisa, é algo imprescindível para dar cor a nossa vida.

FELIZ DAQUELE QUE SENTE AMOR!!! coitado daquele que por MEDO se esquiva desse sentir. Coitado daquele que precisa viver para dá conta dos seus atos.

A sutileza da vida é algo que só algumas poucas pessoas se permitem: Andar junto ao mar e permitir que a brisa, o toque das águas, até o incomodo da areia, deixe suas impressões junto a você, sentir o coração mais apertado ao ouvir uma música, ouvir um texto dito por algum ator no teatro, deixar o arrepio chegar ao ser tocado por uma apresentação de música erudita, olhar uma flor, um sorriso de criança, sentir o abraço de um amigo de longa data, um beijo de amor pela primeira vez, sentir o aquecer apenas com um encostar de pele com a pessoa desejada, chorar ao ler um livro, sorrir ao falar algo pesado e reparar na piração de outras pessoas, caminhar de mãos dada na praia com seu amor, não dizer nada, apenas caminhar e SENTIR, passear de gôndola em Veneza, voar alto muito alto. Terminar um TCC ou uma pós, adquirir lentamente o domínio de uma outra língua, que não se sabia nada e de uma hora para outra nos vemos falando frases inteiras e até escrevendo certo. Criar um texto inédito e oferecer à alguém. Cantar uma música de amor para o seu amor do momento, com lembranças dos amores passados.

Imaginar... Algumas falas não ditas, toques não tocados, adeus sem ter tido o encontro, relembrar adeus com encontro, abraços mil, ABRAÇOS são sempre sutis lembranças de vida, beijos então nem se fala, são a doce leveza do existir.

Glória Cris
Enviado por Glória Cris em 02/11/2016
Código do texto: T5810809
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