Pai é pai , Avô é avô

Sempre me importei com as relações, todas.

Especialmente as relações pais-filhos.

Muito estudei, pesquisei.

Afinal, minha profissão o exigia.

Além disso, sempre senti um prazer muito grande pelo estudo do tema.

Repasso alguns textos por mim escritos.

Quantas lembranças...

Tanta vida!

Saboreio algumas recordações gostosas, outras nem tanto.

E detenho-me no dia dos pais (hoje)

Não sou muito ligada em datas, como já disse em alguma oportunidade.

Mas, de alguma forma, somos forçados a lembrá-las.

A mídia não nos permite esquecê-las.

Então, me ocorre quão difícil é ser pai na modernidade.

Os pais hoje em dia não têm mais o direito de serem avós.

Criam, recriam filhos e netos.

São forçados a assumir a responsabilidade pelos netos.

Não se aposentam nunca.

Perdem identidade.

Culpa de quem?

Complicado...

Talvez da própria educação dada aos filhos?

Do contexto social atual?

Doença do século?

Irresponsabilidades?

De quem?

Com quem?

Para toda pergunta não encontro resposta que me satisfaça.

A verdade é que encontramos idosos trabalhando até a morte na busca de sustentação dos filhos e dos netos.

A mídia e o consumismo são um dos fatores que provocam a situação.

Não apenas.

Entristeço com a paisagem desumana do momento.

É preciso mudar.

Pai tem que ser pai.

Avô tem que ser avô.

Pôxa!

Vamos repensar!

Por onde começar?