Arte

O que é arte ? Tentar definir arte seria demasiado pretensioso, mas explorar possibilidades de definição de diversos ângulos talvez seja aceitável. Charles Robins tenta definir arte em video de vinte minutos publicado no Youtube. Segundo assinala, um exame da etimologia da palavra arte revela que vem da palavra latina “ars” que quer dizer habilidade, técnica, “know how”. Dessa palavra derivam artesão e artista. O primeiro modifica a matéria com sua técnica para criar um objeto útil; e o segundo modifica a matéria com sua própria técnica para criar um objeto belo. Arte, portanto, requer o domínio da técnica, da pintura no caso do pintor, do instrumento no caso da música. Também o artesão domina uma técnica. Observa-se que o útil e o belo podem conviver no mesmo objeto, como era costume em outras épocas, em que o artesão embelezava seu trabalho. Isso acontecia antes da máquina substituir o artesão na produção de bens, ou seja, o objeto produzido pela máquina, e esta manejada pelo operário, sacrificou a beleza, em benefício de maior produtividade . Ou então quando o objeto da arte, a pintura de um bisão na caverna, ou a estátua de um deus grego, tinham uma finalidade específica, que não era a decoração, mas trazer frutos para a caça ou garantir a proteção divina com sua presença. O fato dessas obras serem belas era simplesmente acidental.

Talvez seja pretencioso tentar definir arte. “Why art exists? Who needs art “ ? Pergunta Andrei Tarkovsky. Para ele, “artistic creation is by definition a denial of death” . Ainda segundo Tarkovsky, o significado da arte é explicar o sentido da vida, “ou melhor, se a nossa vida tende para um enriquecimento espiritual então a arte é uma maneira de alcançá-lo”. Em todos os casos, a arte é um meio de comunicação, prossegue Tarkovsky. O artista, segundo ele, “não vive ou trabalha sob condições ideais”, o que implica que está sempre sob pressão. Então, prossegue, “o artista existe porque o mundo não é perfeito, e a arte seria inútil se o homem não buscasse a harmonia, que, se existisse, o homem simplesmente viveria nela”.

A arte é a criação do belo. Mas, além de criar o belo, tem a arte outros objetivos ? Há controvérsia. A arte pode perseguir a perfeição puramente estética. George Orwell admite que, antes de 1930, a arte literária era apreciada e considerada de um ponto de vista puramente estético, em que a técnica e a inovação eram os únicos critérios para julgar a obra. Dá como exemplo, em literatura, Virginia Wolf, T.S. Eliot e James Joyce, este último, segundo ele, 100% técnico. Esta é arte dita desinteressada que busca essencialmente o aprimoramento da técnica e a criação do belo.

Para George Orwell, o período na Europa posterior a 1930 "nos lembra que a propaganda em alguma forma está presente em cada livro, que cada obra de arte tem um significado e um objetivo – seja político, social ou religioso – e que nossos julgamentos sobre a estética estão sempre coloridos por nossos preconceitos e crenças”. Segundo ele, o período mencionado, desacredita a arte pela arte. A confrontação ideológica comunismo-facismo domina, e toda obra de arte é suspeita de engajamento e de promover uma mensagem, mesmo que subliminar. Nas palavras de Derrida, “ todo escrito, todo texto, tem uma agenda oculta, e contém suas próprias premissas metafísicas”. A discussão é, portanto, deve a arte limitar-se a exercitar a técnica e cultivar a estética destituída de conteúdo, ou deve a arte servir de intrumento para alcançar fins bem definidos .

Mas, citando Tolstoy, Tarkovsky recorda que "a política não é compatível com o artístico, porque a política tem de ser parcial". E também cita Gogol, para quem "meu trabalho não é pregar um sermão; meu trabalho é falar por intermédio de argumentos vivos". Nessa linha de pensamento, a obra de arte que promove uma ideologia, como o realismo socialista da ex-União Soviética, não seria arte, mas simples propaganda travestida de arte: “Leonid I. Brezhnev … demanded that the cinema be a militant helper of the party (NYT)”. Recorda-se também o engajamento do nacional-socialismo em promover por intermédio da arte a superioridade da homem ariano, em oposição, na visão de Goebbeels, à arte dita degenerada. Nesses casos, o objeto artístico pode até ser belo, mas deixa de ser significativo quando sabemos que uma ideologia ilegítima está por trás dele. Beleza é geralmente acidental e não é tudo.

Consta que André Breton, quando quis entrar no Partido Comunista foi entrevistado e confrontado com a noção bem limitada de que “a arte proletária deveria descrever a vida proletária e as aspirações proletárias”. Mas a arte que se quer assim comprometida não é livre, é desrespeitosa da pessoa. Um instrumento da propaganda, sem alma, empobrecido. É difícil imaginar grandes intelectuais como Louis Aragon aceitar limites a sua criatividade pelo Partido Comunista. Mas assim foi. Depois de aderir ao Partido Comunista, coisa que não fez mais foi escrever livros como “1929”, publicado na Bélgica em cooperação com Man Ray, e Benjamin Péret. Estava censurado, e sua arte empobrecida ao não poder percorrer terrenos proibidos, o que não o impediu paradoxalmente de criar uma obra grandiosa.

Adotar um dogma é adotar idéias que foram forjadas pelos outros, é um pensamento enlatado, congelado. O marxismo-leninismo no contexto político da União Sociética, não podia ser contestado. Virou algo semelhante a fé católica. Adotar uma ideologia pronta é dispensar de pensar por si mesmo. Pior que adotar um dogma é ver um dogma ser imposto a uma sociedade inteira pela força. Um dogma é algo que não admite discussão, porque sabe-se que não pode resistir a argumentos. Segundo George Orwell, “muitos escritores por volta de 1939 descobriram que você não pode sacrificar sua integridade intelectual para o bem de um credo político, pelo menos você não pode fazer isso e continuar a ser um escritor”. Ou ainda, prossegue Orwell, “o marxismo oficial exigia um lealdade à Rússia e forçava o escritor que se considerava marxista a misturar-se com as desonestidades da política de poder” , referindo, nessa última consideração, às pertubações causadas no meio de escritores marxistas pelo pacto germano-soviético. Os escritores soviéticos tinham de se adequar a um padrão de pensamento como revela o personagem do escritor no filme “Stalker” de Andrei Tarkovsky: ”pensei que como escritor que ia mudar as pessoas, mas me enganei; “eles” me fizeram à sua imagem e, quando eu morrer, em dois dias cultivarão um outro”. Raquel de Queiroz, dizia que passou do PC para os troskistas porque com os comunistas “era uma estreiteza mental, uma escravidão intelectual, que o partido exigia e eu não tolerava”.

Há a arte que promove a ideologia e a arte engajada. Talvez aqui tenhamos chegado ao cerne da questão. A necessidade de diferenciar a arte que promove o dogma da outra arte que busca promover mudanças. Lembro Raquel de Queiroz que no programa “Roda Viva” , afirma que a “a arte engajada se abastarda. O escritor não tem direito de ser engajado. Se ele tem aquela convicção, se ele dá um testemunho do que viu, mas se ele faz literatura com viso de propaganda engajada numa ideologia, que é a ideologia dele, e então ele ajeita a obra de arte dele a serviço daquela ideologia, eu não respeito essa obra de arte”. A promoção de ideologias não pode ser confundida com a arte que dá testemunhos e, ao fazê-lo denuncia, violências, injustiças e outros tipos de malfeitos. A arte como forma de reação ao dogmatismo – seja Marx ou Jesus - de protesto contra a exploração do homem pelo homem, ou de concientização sobre problemas correntes da sociedade. Creio que engajamento é uma reação à tirania, à repressão, a uma situação extrema, de conflito, injustiça, ou dominação, à qualquer força que previne as pessoas a pensar de forma independente. É a "morte" de Deus de Nietszche ou é a revolta de Camus? A expressão artística que promove a rebelião, seja pintura, música, poesia, etc., busca, na expressão de Camus, “conscientizar sobre o presente que se tornou inaceitável”. Uma coletânea de canções de protesto brasileiras da década de sessenta ilustra essa afirmação. Pablo Picasso., citado por George Steiner , afirmou que “não, a pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra para ataque e defesa contra o inimigo”. “Guernica” é um exemplo de arte engajada ou um simples registro de um acontecimento trágico ? Para Raqule de Queiroz, “Guernica” “não era um obra engajada, era um testemunho de um acontecimento terrível”. O porblema aqui, decerto, é como entender a expressão “arte engajada”, que pode ter mais de um significado, mas é fácil entender que “arte engajada” merece a crítica da ilustre escritora. Essa é “arte engajada” no sentido positivo.

A arte engajada no sentido positivo reage, pode chocar, descumprir a lei, quebrar regras, contrariar costumes e tradições e contestar idéias e crenças prevalescentes ou promover a desobediência civil. Lembra-se aqui a irreverência do movimento Dada. De acordo com Frederic Laupies, “na arte engajada, a obra não é mais do que o sinal do absoluto, mas ela manifesta um julgamento sobre a realidade imediata. Tal é o sentido da arte engajada sob suas diferentes formas”. E acrescenta: “parece difícil pensar em uma arte desinteressada quando a arte é portadora de uma intenção, de um sentido “. O escritor norte-americano James Baldwin assinala que " a função do artista é incomodar, pertubar a paz". Ou seja ," nos incomodar naquele lugar onde nos acomodamos e onde nos sentimos confortáveis". Baldwin "nunca separou a arte do ativismo, da busca pela justiça social".

O ator Fernando Cruz, em matéria jornalística, opina, a respeito da proibição de um quadro no Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, que “obra de arte não é só algo bonito para ser admirado ... a arte serve para manifestar, para expandir o pensamento e a ação humana. O público que assiste também participa no momento que reflete, compreende, como aquilo que está sendo representado reflete no seu cotidiano e pode mudar sua forma de pensar”.

Talvez aqui tenhamos chegado ao cerne da questão. A necessidade de diferenciar a arte que promove o dogma daquela arte que busca promover mudanças ou chamar a atenção para problemas, injustiças.É possível, portanto, descolar da obra de arte da arte com um objetivo substantivo daquela arte com motovação de propaganda, que promove uma ideologia.

Um bom exemplo, o movimento Dada, vindo do trauma da I Guerra Mundial, é visto como forma de reação a uma sociedade doente, um grito de protesto, um movimento engajado contra um mundo irracional e desumano. Colocou em questão os valores da elite burguesa tradicional e repudiou em seus trabalhos a lógica e a estética clássicas. Buscou impactar o público, a fazê-lo reagir, e obrigá-lo a pensar, a abandonar a indiferença com os eventos dramáticos do conflito. Enfim, chocar. O impacto de uma obra que força uma reação e vence a indiferença. E para isso não segue regras vigentes . Seria a “anti-arte” conforme definida por Marcel Duchamp já em 1913, , que “desafia as definições aceitas de arte”. Dada foi o primeiro movimento de arte conceitual onde o foco dos artistas não era sobre a elaboração de objetos estéticamente agradáveis, mas sobre a realização de obras que muitas vezes reviravam a sensibilidade burguesa e que geravam perguntas difíceis sobre a sociedade, o papel do artista e o propósito da arte.”

Dada abriu o caminho para o surrealismo, que buscou, de uma maneira ou de outra, expressar na arte elementos do inconsciente. Conforme as definições conhecidas, buscou destacar o produto da mente sem que seja submetido a regras estéticas, morais ou outras e sem necessariamente o controle da razão. André Breton diz acreditar na “futura resolução de dois estados, sonho e realidade, que são aparentemente tão contraditórios, em uma realidade absoluta, uma surrealidade”. Na prática, diz que sonhos fazem efetivamente parte da realidade; apenas são aspectos da realidade percebidos de diferente maneira. Como o soldato que André Breton encontrou em um hospital na I Guerra Mundial, e que via o conflito como uma encenação, uma coisa falsa. Breton então despertou para o fato de que a mente tem o poder de enchergar uma realidade alternativa, ou melhor, a realidade para o soldado era diferente daquele percebida pela demais pessoas. O Surrealismo, portanto, seria a expressão artística, como a escrita automática e o desenho automático, que estabeleceria ligação direta entre o inconsciente e a obra final. Como o movimento Dada, o Surrealismo procura “chocar ou desorientar”. Uma arte que visa ao intelecto e não somente aos olhos. Ao contrário do que se percebe no movimento Dada, o Surrealismo não é tão engajado em um objeto direto definido. Segundo George Steiner , "apesar do flerte com o radicalismo político, o Surrealismo, não é revolucionário em termos sociais”.

Evidentemente tal forma de expressão artística, sem compromisso com o rigor da lógica ou com a racionalidade, pode causar um intenso “choque cultural”, cujas ondas se espalharam pelas sociedades. No entanto, ao defrontarem-se continuamente com essas obras de arte, escritos, imagens, sons, as pessoas tornam-se gradativamente imunes ao choque, que se esgota, deixa de ser novidade e de causar impacto. Marcel Duchamp, em entrevista à BBC TV em 1968, reconheceu que não se podia mais chocar o público naquele momento. “It’s finish, that’s over” , disse ele. Talvez para chocar a burguesia hoje em dia seja necessário ir muito mais além ... De qualquer modo, todos esses movimentos e outros do século XX trouxeram uma grande contribuição para a arte tal como conhecemos hoje em dia - Man Ray, Duchamp, Picasso, Dali, Miró, e muitos mais - livre e diversificada, sem grandes contrangimentos estéticos, ideológicos, ou outros. A arte moderna como hoje conhecemos, na visão de Hanna Harendt, é a grande herança do Século XX.

Paralelamente ao movimento Dada e ao surrealismo na Europa, o Brasil seguia sua própria trilha na inovação artística. A escola clássica européia, em todas suas vertentes, prevalecia no Brasil e comandava expressões artísticas alienadas da nossa realidade. Colocar a criação artística em novo rumo foi o grande mérito da “Semana de Arte Moderna” em 1922. Sem ter tido no momento o grande impacto que reconhecemos hoje, e tenha causada reação cautelosa do público, e até hostil por parte dos setores mais conservadores, a Semana de Arte Moderna foi um primeiro passo para projetar a linguagem brasileira como fonte de inspiração, e para legitimar as novas experiências estéticas em curso na Europa. Segundo teria dito Oswaldo de Andrade, foi “ acertar o relógio das artes brasileiras”.

Nessa discussão que tivemos deixamos de considerar que a arte pode ter múltiplas funções. Pode servir como meio para transmitir uma mensagem, como as pinturas religiosas medievais, que são como a narrativa bíblica sem palavras, importante quando o analfabetismo predominava. Servia assim para trasnmitir os valores cristãos por intemédio do Evangelho na falta momentânea de orador e na falta de comprensão da escrita. A representação das figuras divinas, como o Cristo, José, Maria e profetas, no desenrolar de eventos descritos no Evangelho, cumpre a função básica de transmitir a estória, sem preocupação com a estética. O belo pode ser acidental. Porém são mais que personagens numa estória; também têm caráter divino: as imagens cumprem o papel elo de ligação entre os fiéis e as divindades. Cristo, ao dar imagem humana a Deus, permitiu aos fiéis visão mais concreta do Criador. Curiosamente, o islamismo não permite imagem de Deus, o que, me parece, não só reforça o mistério da divindade, como, na ausência de uma representação humana, reserva para a divindade um patamar muito superior ao do homem. Segundo E.H. Gombrich, a arte no cristianismo conheceu grande progresso embora, no começo, segundo ele, “os antigos cristãos desejassem evitar estátuas (ou também imagens ?) , para não confundir a religião cristã como o paganismo greco-romano. “ Tanto a arte que promove uma ideologia, como a arte engajada, que protesta, assim como a arte que promove a fé religiosa, são motivadas pelo que se passa no espírito do artista. Assim raciocina Frederic Lampier, para quem a pintura de Fra Angelico seria inteligível sem a compreensão de sua aspiração por Deus.

A arte também serve para comemorar acontecimentos importantes. É da natureza humana desejar sublinhar certos eventos, por meio de um discurso, um livro, uma pintura, uma sinfonia, uma estátua: a idéia é registrar o momento para a posteridade, para não ser esquecido, para ser sempre lembrado, porque essa lembrança é fundamental para a coesão de uma sociedade. Quase sempre essas celebrações tem objetivos bem definidos, como promover uma religião, ideologia, associação política, e, até mesmo, um indivíduo.

Outra função da arte é reportar cenas, eventos acontecimentos, como faz um jornal, uma revista. Debret, Rugendas, Eckout , este de forma algo fantasiosa, são exemplos, entre muitos e muitos outros. A arte como jornalismo, muito difundida nos relatos de viajantes, pintura e desenhos de locais e pessoas, muito frequente também no jornalismo que antecedeu a era de desenvolvimento da fotografia. Com efeito, por meio da arte podemos transmitir mensagens que superam facilmente a barreira do tempo e dos diferentes idiomas. Não haveria dúvida: a arte serve como meio de comunicação de um povo para o outro, ou de uma geração para outra. A mensagem atravessa milênios em linguagem que é facilmente compreensível por todos. A beleza no contexto dessa função também é acidental.

Os bisões pintados nas cavernas podiam estar transmitindo uma mensagem, um ensinamento, ou indicando uma esperança, uma expectativa, ou um ritual religioso: desenhar bisões agradaria aos deuses que mandariam os verdadeiros? A imagem se transformaria em realidade? Possivelmente. Esta tendência do ser humano de representar aspectos do quotidiano que às vezes não só representam a realidade, mas que também seriam capazes de influenciá-la. Muito difícil dizer qual a função da arte pré-histórica: mensagem, objeto de culto, narrativa, ritual, estética ou passatempo. Não se sabe mais, muito tempo decorreu desde então e tudo isso se perdeu. Segundo E.H. Gombrich , "as obras de arte tinham função pré-definida" e, para os primitivos, às vezes, "a fronteira entre o real e a imagem ... é vaga".. Não me assim ser essa arte perseguir a pura estética, para agradar o espírito, enfeitar uma parede, sem outro significado, sem outras intenções subjacentes. A propósito, li que “infelizmente, a maioria das pessoas ainda pensam a arte como decoração”.”

A arte, portanto, não se presta a uma única definição, e tem, como visto, uma realidade multifacetada: decoração, relato, comemoração, pregação. propaganda, culto, crença, ativismo. Mas todas as facetas são uma forma de comunicação, de expressão,de algo que a obra de arte representa. Nesse contexto, é o artista que se expressa, uma visão sua ou uma visão que lhe foi encomendada. Dizem que a arte não passa da visão do mundo da perspectiva particular de cada indivíduo: eu descrevo no papel como vejo uma casa, ele descreve no papel como vê a mesma casa. E são duas casas completamente diferentes. São formas distintas de interpretar uma mesma idéia ou realidade. O milagre da diversidade humana. O homem não é uma máquina, mas uma individualidade. Só de saída, já percebemos que não há somente uma resposta, mas muitas respostas para mesma pergunta. O que não deixa de ser fascinante. A obra de arte independe da técnica, apesar da definição clássica de arte, pois a arte necessariamente precedeu o desenvolvimento da técnica e esta foi desenvolvida pela prática. Na essência, a arte, segundo frase atribuída a Mário Pedrosa, "pode ser interpretada como uma necessidade profunda do ser humano de comunicação".

Também é fácil ver a arte como um instrumento de mudança, de contestação, de protesto que , ao mesmo tempo, para ser realmente definido como arte, precisa agregar beleza e emoções a esses nobres objetivos substantivos, para lhe dar uma necessária dimensão estética. Mais propriamente, arte é toda obra que nos transmite uma mensagem, que provoca uma reação positiva de nossos sentidos, que nos emociona e que nos faz mais feliz.

Ugly
Enviado por Ugly em 05/04/2018
Reeditado em 04/09/2022
Código do texto: T6300599
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