O Verdadeiro Amor

Todas as pessoas, por certo, em alguma medida, em diferentes momentos de suas vidas, sob as mais diversas circunstâncias, naturalmente já experimentaram esse sentimento arrebatador, universal, atemporal, ao qual chamamos de Amor.

O Grau de entorpecimento deste maravilhoso sentimento obviamente varia de pessoa para pessoa de acordo com o espaço que o coração de cada uma delas reservou ou reserva para o seu acolhimento.

O amor é síntese e a antítese dos nossos sonhos e anseios mais especiais.

Resumimos sabiamente a problemática da intolerância entre os povos, entre vizinhos, entre adversários, entre colegas, entre parceiros , entre estranhos, entre conhecidos, enfim, entre nós, viventes, dizendo: Falta de Amor.

Ao mesmo tempo em que ele sintetiza, também apresenta as suas inquietantes contradições: o amor nos faz soltar a voz da garganta ao gritarmos para os quatro cantos do mundo que amamos alguém, assim como nos rouba essa mesma voz quando muitas vezes tateamos na escuridão da timidez, do medo, da insegurança, da saudade uma forma de expressá-lo.

Ele ilumina o nosso caminho com o seu brilho, mas também nos cega quando a paixão desenfreada usurpa o manto deste amor, atropela a serenidade e substitui a cumplicidade pela possessividade.

Ele aquece o coração pela sua fórmula mágica de beijos, abraços, carinhos, atritos ruidosos ou silenciosos na partitura da dança da volúpia e do prazer, mas também congela o nosso peito no momento de uma despedida, por exemplo.

Se fosse personificá-lo à luz de um elemento da matemática, diria que o amor é uma dizima periódica trajando seus três pontinhos no final, ou para os mais formais as indefectíveis reticências, indicador do seu caráter infinito.

O amor na gramática, eu o definiria como um gerúndio, pois está sempre em processo, pronto para nos surpreender com novas facetas e nuances na aquarela colorida pintada pelos apaixonados.

Na poesia, ele rivaliza com a tristeza como protagonista do enredo que os versos encenam nas linhas abstratas do lirismo.

Na literatura ele é a usina preferida dos romancistas ao doar-se para tantos e tantos personagens que o sorveram plenamente pelas linhas e pela lira dos seus autores alimentando de fantasia o imaginário dos seus leitores.

Assim é o amor, nem grande, nem pequeno, exato ou inexato, mas simplesmente e principalmente inacabado.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 20/07/2018
Reeditado em 21/07/2018
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