A OUTRA HISTÓRIA DE JESUS
 
Jesus Ben Pandira
 
     O Sepher Toldoth Yeshu, manuscrito provavelmente elaborado por judeus cabalistas no século XII ou XIII, época mais cruciante da relação entre os cristãos, muçulmanos e judeus, traça um aviltante retrato de Jesus. Esse manuscrito, escrito com claras intenções de ridicularizar o credo cristão, procura mostrar que a história do Jesus cultuado pelos cristãos foi, na verdade, copiada da história de um mago embusteiro que viveu cerca de cem anos antes do Jesus dos Evangelhos. Em resumo, essa história seria a seguinte:
    No reinado de Alexandre Janeu (173-76 a. C), na aldeia de Belém, vivia uma jovem chamada Maria. Ela estava prometida a um homem chamado João, e com casamento já marcado. Mas um sujeito chamado José Pandira a seduziu e ela engravidou dele. Quando João soube que a sua noiva estava grávida, ele foi consultar o rabino Simão ben Shetach, que aconselhou-o a denunciar Pandira ao Sinédrio, mas João, envergonhado, preferiu fugir para o Egito. 
    Entretanto, Maria deu à luz um menino e chamou-o Jesus (em hebraico  YehoshuaYeshu).  Jesus cresceu e sua condição de filho bastardo fez dele um sujeito rebelde e insolente. Odiado e perseguido pelos membros do Sinédrio, ele acabou sendo expulso da Judéia e foi morar na Galiléia, na aldeia de Nazaré. Mas quando lá se soube que ele era filho de uma adúltera, ele logo foi expulso de Nazaré também. Secretamente, voltou para Jerusalém e se estabeleceu numa aldeia próxima á cidade.
                                              
Jesus e o Inefável Nome de Deus
 
    Havia, naquele tempo, uma pedra no Templo de Jerusalém, onde estava gravada a Shem-ha-Mephorash. Essa era a Palavra Sagrada, que continha o nome secreto de Deus (o seu Nome Inefável). O conhecimento dessa palavra e das combinações entre suas letras e valores numéricos, juntamente com a pronúncia correta desse Nome dava grandes poderes a quem a conhecesse.  Essa pedra, segundo uma antiga tradição, teria sido esculpida pelo patriarca Enoque e fora colocada em um templo que ele erigira ao Eterno Deus antes do dilúvio. Mas com a destruição causada pelo dilúvio, ela teria sido perdida, sendo, porém, redescoberta pelo rei David quando seus pedreiros começaram a cavar os alicerces para a construção do Templo de Jerusalém. Essa pedra foi colocada no Altar do Templo(o Santo dos Santos) e somente o sumo sacerdote e alguns sábios eleitos tinham conhecimento do Nome Inefável que ela revelava. Por isso, esses sábios, receando que alguém não pertencente a esse grupo de eleitos tomasse conhecimento da Palavra Inefável escrita na pedra e adquirisse o poder que ela conferia aos seus conhecedores, mandaram colocar dois leões de bronze à entrada do Altar do Templo. Esses leões rugiam quando alguém, não credenciado, contemplava a Palavra Sagrada, e o rugido deles provocava no profano um total esquecimento.
     Jesus, sabendo disso, entrou no Templo e registrou as letras sagradas em um pergaminho. Depois cortou a própria carne, escondeu o pergaminho dentro dela e voltou a fechá-la. Ao sair, os leões rugiram e ele esqueceu-se de tudo mas, já fora da cidade, abriu a sua carne, retirou o pergaminho e relembrou-se da Palavra Sagrada. 
      Na posse do conhecimento dessa Palavra ele foi a Jerusalém e se proclamou o Messias das Escrituras, dizendo: “Eu sou filho de uma virgem. Eu sou, pois, o Filho de Deus que Isaías profetizou que viria de uma virgem!”. Quando os ouvintes lhe pediram um sinal, ele disse:” tragam-me o esqueleto de um morto que eu lhe restituirei a vida. Então eles trouxeram os ossos de um morto e ele devolveu-lhe a vida, restaurando-lhe tendões, carne e pele. Depois levaram até ele um leproso e ele o curou. E assim, a turba reconheceu que ele era  o Filho de Deus. 
     Mas os sábios eleitos do Templo não se conformaram com o ocorrido e resolveram montar uma cilada a Jesus. Enviaram a ele um mensageiro, pedindo que ele se apresentasse no Templo para lhes dar prova de que ele era o Filho de Deus. Jesus respondeu “irei se me receberem tal como os escravos recebem o seu senhor”.
     Aceitas as condições Jesus dirigiu-se a Jerusalém montado num jumento e foi recebido com grande pompa. 

     Nesse ínterim, os sábios haviam denunciado Jesus como mago e embusteiro à rainha Salomé Alexandra, pedindo a pena de morte para ele. Mas a rainha, não convencida da acusação, pediu uma audiência com Jesus. Ele foi então levado à presença da rainha e mostrou os seus poderes, curando um leproso e ressuscitando um morto. A rainha disse então aos sábios: “Porque dizem que este homem é um feiticeiro? Pois eu vi que ele é realmente o Filho de Deus. Desapareçam e nunca mais me tragam uma acusação destas!”. 
E Jesus Ben Pandira, como eles o chamavam, continuou a pregar e a fazer milagres em Jerusalém, causando muita inveja e preocupação aos sábios e sacerdotes, que começaram a perder seu poder junto ao povo.

     Então eles se reuniram e decidiram escolher um deles para aprender a Shem-ha-Mephorash (A Palavra Sagrada) e provar ao povo que poderiam fazer o mesmo que Jesus fazia. Um deles, chamado Judas, foi o escolhido para essa missão. 
     Assim, Judas e Jesus foram levados à presença da rainha. Jesus começou por dizer “Assim como as escrituras dizem acerca de mim eu vou subir ao céu para o meu Pai celeste”. Assim dito, proferiu a a Shem ha- Mephorash começou a subir aos céus. Judas também proferiu a Palavra Sagrada e imediatamente subiu também. E, indo logo atrás de Jesus, pegou no seu pé e começou a puxá-lo para baixo. E os dois lutaram até que Judas derramou seu suor em Jesus tornando-o impuro. O suor fez ambos cairem no chão, pois a Shem-ha-Mephorash só funciona em estado de pureza. Com isso, e com a pressão exercida pelos sacerdotes, a rainha foi forçada a decretar a pena de morte para Jesus. Mas seus discípulos conseguiram tirá-lo da cidade e ele escapou.
      Jesus dirigiu-se ao Jordão, onde se purificou, recuperando seus poderes. Depois pegou duas pedras de moinho, colocou-as a flutuar na água e sentou-se nelas, pescando para uma multidão que comeu os peixes. Por isso se dizia que ele andava sobre as águas e alimentava multidão com alguns peixes.
      Quando os sábios souberam que Jesus estava novamente a exibir poderes, Judas propôs se misturar secretamente aos discípulos de Jesus. Assim o fez e, numa noite, quando Jesus estava dormindo, ele cortou-lhe a carne e removeu o pergaminho que continha a Palavra Sagrada, da sua coxa. Depositou o pergaminho no Altar do Santo dos Santos e ficou à espera de Jesus, que ele sabia, tentaria recuperar o pergaminho.
      Na semana da Páscoa Jesus subiu a Jerusalém com a intenção de ir ao Templo recuperar a Palavra Sagrada. Mas.antes que isso acontecesse, Judas avisou os sacerdotes das intenções de Jesus e ele foi capturado.
      Jesus foi amarrado a um pilar, chicoteado e martirizado. Colocaram uma coroa de espinhos na cabeça dele e quando ele pediu água, deram-lhe vinagre para beber. Foi então que Jesus proferiu aquelas palavras: “Meu Deus, porque me abandonaste?”. Depois, foi levado ao Sinédrio onde a pena de morte foi proferida. E assim ele morreu, apedrejado até à morte. 
      Depois os soldados procuraram uma árvore para o pendurar, mas não encontraram nenhuma capaz de suportar o peso de um homem. De modo que o penduraram na haste de um grande repolho.  Depois ele foi retirado dali e enterrado no local onde fora apedrejado. Judas, entretanto, receando que os discípulos roubassem o corpo e dissessem que Jesus tinha ascendido aos céus, removeu-o da sepultura e escondeu-o no seu jardim. 
      No dia seguinte, os discípulos não encontraram o corpo na sepultura e proclamaram que Jesus tinha ascendido aos céus. Por isso a rainha convocou todos os sábios com o seguinte ultimato “Se não encontrarem o corpo desse homem todos serão mortos!”.  Por fim, Judas entregou o corpo e ele foi arrastado por um cavalo perante toda Jerusalém para que todos soubessem quem era aquele mago embusteiro.
 
      Embora a história de Jesus Ben Pandira seja colocada em um contesto histórico diferente (ocorrida no reinado de Alexandre Janeu e não de Herodes), não se pode negar a estreita semelhança que ela tem com a história do Jesus dos Evangelhos. O enquadramento histórico do Sepher Toldoth Yeshu coloca o nascimento de Jesus ben Pandira no reinado de Alexandre Janeu, entre 103 e 76 AEC, e a sua morte durante o reinado de Salomé Alexandra, que ocorreu entre 76 e 67 AEC. Existe, portanto, um lapso de cem anos em relação ao tempo fixado nos evangelhos, o que deve ser sido interpolado na história de Jesus Ben Pandira para evitar que esse Jesus fosse confundido com o dos Evangelhos cristãos.
    Conquanto essa história só tenha aparecido no Ocidente por volta do inicio do século XII, com o início das Cruzadas, é inegável que ela já era contada por volta do século II da era cristã, pois consta de um livro escrito pelo Bispo Orígenes, em 248, como refutação a um historiador judeu romano chamado Celsus, que escreveu que a mãe de Jesus, Maria, teria sido abandonada pelo carpinteiro do qual estava noiva, por conta de adultério que ela teria cometido com um soldado chamado Pandira, do qual teria engravidado[1]
    Assim, existe a clara possibilidade de que os próprios Evangelhos cristãos tenham adaptado a história de Ben Pandira para fazer do Jesus histórico, nascido no reinado de Herodes e executado durante o mandato de Pôncio Pilatos, um mito semelhante ao que se atribuía ao Jesus dos tempos de Alexandre Janeu. Essa, segundo a versão de Hugh Schonfield, pelo menos, era o que afirmavam os judeus do primeiro século da era cristã, a respeito de Jesus de Nazarè: que ele foi, na verdade, um agitador zelote, que se apropriou do mito messiânico e tentou sublevar os judeus em uma revolta contra as tradições judaicas e a ocupação romana. Por isso foi denunciado e preso pelo Sinédrio e condenado à morte pela administração romana. [2]
    Por outro lado, tendo em conta que não se sabe a data em que Celsus compôs o seu livro, a história de Jesus ben Pandira pode ter a sua origem na ridicularização das crenças cristãs, elaborada por opositores do Cristianismo bem depois dos Evangelhos canônicos serem escritos. Isso é o que deixa patente outro escritor cristão da mesma época, o filósofo e mártir Justino em seus “Diálogos com Trifão”,escrito nos meados do século II da era cristã, pois ali se vê que era intensa a pregação contra e a favor do Cristianismo, com mídias produzidas de parte a parte.
 
A Conexão maçônica do tema
 
   Se o Jesus histórico é apenas mais um mito costurado a partir da história de Ben Pandira, misturado com outras tradições, como a do deus Mitra, do deus Osíris, Adônis e outros arquétipos do mesmo teor, jamais saberemos. Mas o fato é que esse assunto tem sido discutido desde os primeiros séculos da era cristã e as camadas de metalinguagem, carregadas de ideologia, que foram colocadas sobre ele não permitem, hoje, que façamos afirmações seguras que possam se constituir em verdadeiros postulados. No fim fica a opção de acreditar ou não. O que parece ser um elo de ligação insofismável no emaranhado teológico que se formou em torno desse tema é o fato de que, em todas as referências, Jesus aparece como possuidor de um poder sobrenatural, conferido por uma fonte superior –no caso dos Evangelhos cristãos, pelo próprio Deus, de quem ele era filho primogênito – ou, no caso dos opositores judeus, de uma fonte supranatural, que era o conhecimento arcano do Nome Inefável de Deus. Essa lenda, sem dúvida de origem cabalística, seria apropriada pelos maçons em seus ritos de passagem pelos chamados graus filosóficos.

     Na tradição maçônica, o mito que envolve o Sagrado Nome de Deus é um tema de grande importância iniciática. De uma forma geral os maçons adotaram a crença de que o verdadeiro significado do nome de Deus é um segredo guardado a sete chaves pelos eruditos cabalistas. Assim, os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos do vulgo, e a pronúncia correta dessa palavra está confinada á sabedoria de muitos poucos escolhidos.
     Embora todos os graus das chamadas Lojas de Perfeição explorem temas análogos ao que aqui se refere, apenas nos graus 13 e 14 do Rito Escocês, a lenda do Verdadeiro Nome de Deus, o Nome Inefável, é referida.[3] Esse conteúdo foi introduzido na Maçonaria pelos chamados “maçons do Arco Real”, denominação que várias Lojas, americanas principalmente, deram ao rito por eles praticado.
     No Rito Escocês Antigo e Aceito o conteúdo iniciático do grau 14, depois de repassar todos os ensinamentos adquiridos pelos Irmãos nos graus anteriores, ressalta que a verdadeira sabedoria está contida no conhecimento do Verdadeiro Nome de Deus. Por isso a elevação ao grau se dá com a explicação do que significa a misteriosa palavra inscrita no Delta agrado que se encontra sobre a Pedra Cúbica. Essa é uma evocação ao Princípio que rege toda a vida do universo, resumido na palavra Deus, que exprime o tempo infinito, o espaço infinito, a vida infinita, enfim, todas as manifestações da essência divina na realidade universal.
     Explicando que nenhum os nomes de Deus adotados pelo homem é considerado pela Maçonaria como definitivo, o ritual sugere que o maçom apenas admita que Deus existe, mas não lhe dê nenhum nome nem tente conformá-lo a uma imagem ou que não se o conforme em dogmas, nem exija uma explicação daquilo que a mente humana não consegue entender. Esse postulado sugere que o espírito humano está ligado á essência primeira e única de todas as coisas e não necessita de quaisquer outros canais de ligação com a Divindade, a não ser a sua própria consciência e a sua sensibilidade.
    Por isso o título do elevado ao grau 14 é Perfeito e Sublime Maçom, também chamado de Grande Eleito da Abóbada Sagrada .  Esse titulo é dado ao Irmão que galgou todos os degraus das Lojas de Perfeição, tendo cumprido o curriculum previsto para essa etapa.  O titulo não significa, entretanto, que a escalada terminou. O que se supera é apenas a primeira etapa de uma longa jornada. As virtudes consagradas no grau são a autodisciplina, a constância, a solidariedade, a fraternidade e a discrição, as quais devem acompanhar os maçons conhecedores do sagrado mistério que representa a pronuncia do Verdadeiro Nome de Deus. Essa, pelo menos, é a mensagem passada pela lenda do grau.
    Em termos iniciáticos, o Perfeito e Sublime Maçom é aquele que procura a Palavra Perdida. A lenda do grau diz que esse título foi criado por Salomão justamente para premiar os Mestres que encontraram a Palavra Sagrada oculta por Enoque na Abobada Sagrada.[4]
    Ela diz, em resumo, que após a construção e a consagração do templo, a maioria dos mestres que fora elevada ao grau de Cavaleiro do Arco Real (simbolizado no Grau 13), voltou para suas terras. A Maçonaria que o Rei Salomão havia desenvolvido com a construção do Templo de Jerusalém disseminou-se por toda parte e perdeu qualidade, porque seus segredos foram compartilhados por muitos iniciados sem mérito.
     Várias disputas e cisões acabaram por desvirtuar os ensinamentos da Irmandade. Somente os eleitos que prometeram e cumpriram o juramento do grau perseveraram na prática da verdadeira Arte Real e as transmitiram a uns poucos.
      Quando o Templo de Jerusalém foi tomado pelas tropas babilônicas do rei Nabucodonosor, foram esses poucos eleitos que defenderam o Altar do Santo dos Santos, onde o Nome Sagrado estava gravado em uma pedra cúbica.  Por fim quando toda resistência se tornou inútil, eles mesmos penetraram na Abóbada Sagrada e destruíram a pedra onde esse Nome Inefável fora gravado e conservado durante 470 anos, 6 meses e 10 dias. Em seguida, sepultaram os escombros em um buraco de 27 pés de profundidade para que, numa futura restauração do Templo, ou da Aliança, sua posteridade pudesse recuperá-lo e continuar a tradição. Destarte, o Nome Sagrado nunca mais foi escrito nem pronunciado, mas apenas soletrado, letra por letra. E só os Perfeitos e Sublimes Maçons ficaram conhecendo a grafia e pronúncia correta.
      Cumprindo a tradição de que esse conhecimento só pode ser transmitido por comunicação oral, o ritual do grau determina que um dos iniciandos, em nome dos demais, deve fazer a profissão de fé dos graus anteriores, repetindo as virtudes adquiridas e declarando os trabalhos realizados em cada um deles, salientando que agora, depois de tudo isso feito, ele e seus companheiros estão aptos a conhecer o Verdadeiro Nome de Deus.
      Então lhes é ensinado que o objetivo do grau é o conhecimento do Inefável Nome de Deus, o que, inclusive, dá sentido aos graus das Lojas de Perfeição, pois esses graus de aperfeiçoamento são destinados principalmente á pesquisa e conhecimento dessa Palavra Perdida, conhecimento esse que, segundo a tradição cabalística, confere ao seu detentor a verdadeira Gnose. [5]
      No que interessa aos estudiosos do simbolismo maçônico é que essas tradições mostram, claramente, as influências que a tradição judaica, presente nas lendas cabalísticas, exerceram na composição dos temas que instruem a liturgia dos graus superiores. Encontram-se aí claras ligações com o pensamento que permeou a conflituosa relação entre os cristãos, judeus e muçulmanos nos primeiros séculos do segundo milênio. Pensamento esse que explica a ocorrência de vários fatos históricos, como as Cruzadas, o genocídio dos cátaros, o episódio, ainda pouco esclarecido, dos Templários e outros, que marcaram a historia ocidental. E principalmente porque a Maçonaria reflete todos esses temas em seu simbolismo iniciático de uma forma bastante sutil, que para quem não tem essas informações, soa, ás vezes, quase incompreensível
 
[1]Orígenes fazia referência ao livro “Verdadeira Palavra” do autor romano Celsus, tido como um grande refutador das crenças cristãs. Este livro, hoje perdido, teria sido escrito por volta de 178 EC. Presumivelmente Celsus teria se inspirado na história referida pelo Sepher Toldoth Yeshu, que já nessa época circulava nos meios judaicos em forma de tradição oral.
[2] Hugh Schonfield- A Bílblia estava certa- Ibrasa, 1986
[3] Cf. o ritual dos referidos graus
[4] Por isso o título dos graus que trabalham essa lenda: Graus Inefáveis
[5] Os Mórmons também se apropriaram dessa lenda para compor o seu Evangelho. O Livro de Mórmon é uma clara adaptação da Lenda de Enoque.