Investigação.

Onde eu posso me afirmar?Notavelmente não aqui,onde-se vê uma juventude cada vez mais idiota,e uma geração que tem um bando de coitados com um profundo desespero em ser felizes.Não,não.Se Deus for bondoso,ele não vai me dar felicidade.

Eu me junto aos trágicos,aos pessimistas e os doloridos.Melhor:me junto aos que não tem medo de dizer que sente dor,e que gosta de mostrar a ferida.Me junto ao herói trágico,que sabe que vai perder,mas mesmo assim luta.

O mundo?Um lugar cheio de som e fúria.O que podemos fazer é ir numa caverna,e iniciar um processo de investigação:ver por onde nasceu a míseria e o sofrimento.Possivelmente a investigação ia falhar,mas o processo é importante,pois mostra-se um senso de procura,ou uma revolta a lá Albert Camus.

Talves o que ficária nitido(o que a modernidade ousa esconder com um medo grandioso)é a estética Darwnista na sua proproção mais trágica:no fundo somos mais uma espécie dentro na cadeia alimentar,e a mãe natureza esta indiferente a nossa existência.

Perceberiamos que somos sombras,ou como Deus tentava nos dizer toda hora:somos pós.

Ou numa caverna,ou num deserto,como fez Abrãao para encontrar a figura de Deus.

Talvez não iriamos buscar a resposta por onde nasce ou o porque o sofrimento existe,pois talvez isso esteja em nosso DNA ou na condição que um mortal tem de assumir.

De qualquer forma,veja-se muito bem os olhos de um bode,ou de um tigre.Você pode ser um nós dois,ou talvez você pode ser nenhum deles.

Talvez a nossa situação seja pior que os outros animais.Nós,diferente nos bodes ou nos tigres,sabemos o que somos,ou sabemos que somos humanos.Um bode não sabe o que é um bode,assim como um tigre não sabe que é um tigre.Sabemos que somos humanos.Temos um certo nível de auto-consciência.Mas isso é o nosso inferno.

Nas cavernas,muito provavel que a gente iria ver isso.A gente teria que matar um animal,ou sobreviver ao eterno frio da noite.Se escodendo para um urso não nos comer,e olhar pra Lua,sabendo que um dia tudo irá acabar.

Aí talvez,nessa situação,é possível ver uma forma de liberdade,ou um verdadeiro senso moral.Senso moral medido por virtuosismo perante as monstruosidades da existência,e não medido por suas idéias de valores.No fundo,a liberdade assim como a moral não dá felicidade.

Ter liberdade-Andar num mundo de ruínas e entender a sua insinificância.

Ser moral-Ser honesto,generoso,e corajoso.Mesmo que isso lhe traga desgraça e injustiça.

Então,vamos as nossas cavernas.Os nossos monstros e anseios.E talvez,no deserto da alma,ou nas sombras de nossos monstros,podemos (ao menos)saber de nossa essência,ou de nossa falha plenitude.

Então ...eu fico com os trágicos.Eles sabem viver,e sabem morrer.

CaiqueM
Enviado por CaiqueM em 25/09/2018
Reeditado em 26/09/2018
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