O dia dos finados é para os vivos

“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.”

Esse texto faz parte do livro bíblico de Eclesiastes e trás um grande ensinamento que é fonte de inspiração para a arte e para a vida.

Faz alguns anos que passou no cinema um filme adolescente chamado “A culpa é das estrelas”. Achei interessante, pois o filme trouxe uma reflexão sobre a morte para um público bem jovem, levando-os a pensar no sofrimento e na morte, algo pouco comum nessa pós modernidade onde a busca do prazer tem sido a máxima.

A morte é um assunto desagradável para a maioria das pessoas e muito mais ainda para a juventude. Além dos ensinamentos daquele belo filme, podemos aprender com outra bela arte, refiro-me aos versos da música de Ana Vilela que trata do assunto com muita sensibilidade.

“Segura teu filho no colo

Sorria e abrace teus pais enquanto estão aqui

Que a vida é trem-bala, parceiro

E a gente é só passageiro prestes a partir”

Sobre a morte, aprendamos também com os antigos samurais japoneses, estes a encaravam como um propósito. Segundo o Bushido, o código dos samurais, quando alguém pensa constantemente que a morte é inevitável, a lealdade e a piedade filial são realizadas e muitos males e desastres são evitados.

Então, meu amigo, para vivermos bem nesse mudo passageiro, é importante considerarmos que um dia encerraremos nossa jornada aqui. Para muitos, que são presos ao egoísmo, isso pode ser motivo de levar uma vida desregrada e se entregar a um hedonismo incurável, mas para aqueles que são verdadeiramente humanos e entendem que somos seres de relação com o próximo e com o eterno, devemos procurar fazer o melhor enquanto estamos vivos, principalmente para aqueles a quem tanto amamos.

Albertino Ribeiro
Enviado por Albertino Ribeiro em 01/11/2018
Reeditado em 02/11/2018
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