Psicomotricidade e cognição

Dentre os sete tipos de inteligência que existem, a inteligência motora é aquela que mais cedo se expressa no desenvolvimento humano, notadamente, desde a sétima semana no ventre materno, ganhando progressão nas semanas seguintes até os famosos chutes da nona semana. Essas proezas, por si mesmas, já evidenciam a importância da motricidade nos processos cognitivos da criança.

Evolutivamente falando, a capacidade de motricidade tornou o homem apto a uma incrível mudança, certamente o salto mais importante na epopéia da Evolução Humana: a passagem gradativa de um habilidoso arborícola para um ousado andarilho desbravador das hostis savanas africanas. Essa habilidade só foi adquirida graças a uma extraordinária adaptação, desencadeada por um cerebelo perfeitamente desenvolvido, provedor do equilíbrio e do senso de localização espacial. Tais condições levaram o homem ao bipedalismo.

A psicomotricidade, então, é uma característica crucial na formação das demais inteligências; é ela que direciona e situa a criança nas mais diversas situações da vida grupal, tais como: brincadeiras, jogos, rapidez nos raciocínios lógicos, etc. A condição psicomotora durante a infância perdura por toda a vida adulta. A maior dádiva que ela proporcionará a um ser humano é a capacidade de trabalhar e de exercer plena atividade física. O homem, enquanto produto da evolução, valeu-se muito das habilidades corporais adquiridas, tanto para as batalhas territorialistas, travadas nesses mais de sete milhões de anos, como nos desbravamentos do desconhecido, feitos que fizeram esse formidável animal conquistar todos os lugares na terra.

João Bosco Galdino Cardoso

Bosquim
Enviado por Bosquim em 24/02/2019
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