Carnaval no Brasil e o de Angola.

Pelas realidades históricas de ambos países, o Carnaval angolano difere com alguns elementos comparando com do Brasil. Essa diferença são marcadas também aos elementos sócio-cultural que atende em duas manifestações distintas e com elementos comuns. Tradicionalmente e historicamente pelos povos afrodescendentes no território brasileiro.

O Carnaval é um produto europeu, ligado a Igreja Católica que adoptou a tradição dela, festa pagã, profana, que antecede a quaresma, que se espalhou ao redor do mundo.

No Brasil a prática do Carnaval chegou com os primeiros povos africanos que foram escravizados, época conhecida de grandes movimentações de navegação e da intensificação do colonialismo.

O Carnaval, não obstante, nos territórios, passou a ser utilizada também como uma forma de pretexto e prática reivindicatória no período do colonialismo. Nos territórios fora da África, a prática ganhou outras configurações, com novos elementos . Mas que sirva de nota as particularidades que ela se apresenta hoje em diferentes lugar do Brasil, o Carnaval de Salvador, do Rio de Janeiro, Recife, Pernambuco e outros.

Pernambuco foi o lugar onde se viu as primeiras festas de Carnaval do Brasil, no que se refere propriamente na sua diferença, poderá ser um assunto muito complexo, ambíguo, por razões de determinadas pessoas não conhecerem a verdadeira história desses dois países no que tange a sua aproximação cultural.

A cultura brasileira é marcada por traços culturais de África, principalmente de Angola, devido os escravizados da região Congo-Angola que foram levados nas Américas para trabalharem como escravos, nas plantações de cana de açúcar e café, muitos foram violentados e mortos. A passagem acima, sobre o Carnaval do Brasil, observa-se essa visibilidade nas canções, e as religiões afro-brasileiras.

As diferenças, no que se refere em determinados aspectos, propriamente no Brasil, a representatividade da capoeira, das bandas de ruas, o samba, o desfile das escolas de samba, as fantasias, são representações que marcam uma diferença com o Carnaval de Angola, a forma de dançar refletida através das músicas, refletida também pela sua história, as representações das comunidades indígenas em algumas escolas, e as indumentárias, tudo isso é encarado pelo contexto geográfico e lugar de fala de cada realidade. Em contraste, o que podemos observar na realidade angolana, é um contexto e realidade diferente, já seria uma outra história a ser representada no Carnaval, manifestações diferentes, as danças específicas e costumes de cada povo, por ser um povo de heterogeneidade de culturas e as localidade diferentes.

A particularidade musical primeiro, é um aspecto a ser analisado e considerado, a particularidade nas indumentárias usada e no ritmo. As representações da própria realidade, exemplo disso, as mamães da ilha, que marcaram uma história nos tempos passados que vai até nós dias de hoje, elas são representadas sempre no Carnaval de Angola, pelo grupo Mundo da ilha, as músicas que indicavam as resistências contra os portugueses, o semba, o cazukuta, as vendas das senhoras nas ruas, os panos , o uso das músicas nas línguas nacionais, como o Quimbundo, Quicongo, Ganguela, Umbundo, também encontramos as formas de vivências nos musseques nos bairros, o sambizanga, o Quinaxixe, a representação das quitandeiras e das mulheres zungueiras no seu dia-a-dia e a cultura bantu no contexto da realidade angolana.

Sendo assim, são essas algumas diferenças entre o Carnaval do Brasil e de Angola, a realidade dos espaços vão dar essas diferenças em suas manifestações...

Euclides Victorino Silva Afonso