Uma PARTE do MEU livro, inspirada no filme " A Vila". parte 1

Uma PARTE do MEU livro, inspirada no filme " A Vila".@#

E em seguida o rei diz:

-- Agora vou lhes contar um pequeno resumo de uma maravilhosa história para ajudá-los a entender o que eu quero dizer sobre a importância de educar as crianças corretamente, com amor e dedicação. Esse relato é muito interessante para que todos entendam algo bem inspirador que eu vivenciei em uma "aldeia" que fica perto do retiro em que convivi com alguns eremitas, sendo que um deles é o meu querido tio. Então, prestem muito atenção: Essa história começa há dez mil anos; no lugar que não havia uma única pessoa, mas, de repente, surgiu no meio de uma grande floresta, perto da maior montanha da região, uma pequena aldeia, formada por um povo que conseguia se comunicar fazendo uso de apenas por volta de setecentas e cinquenta palavras; esses habitantes eram muito simpáticos, carismáticos e felizes.

Outra característica desse povoado era a sua ingenuidade; essas pessoas eram, ainda, muito inventivos e excessivamente auto-sugestionáveis.

Fazia parte da crença desse povo muito simplório, que para justificar a existência de algo, de qualquer coisa, essa realidade e essa permanência, deveria ter uma relevância ou pelo menos uma serventia, um uso, uma função, uma finalidade; eles acreditavam que tudo que não tem importância ou utilidade, não precisa e nem deveria existir.

Eram tão peculiares no modo de entender alguns assuntos que me fascinou muito; a ingenuidade deles chegava ao ponto de acreditarem nas mais absurdas e imagináveis ideias que eles mesmo inventavam sem que notassem esse fato, e todos seguiam esses conceitos sem perceberem que eram apenas seus próprios devaneios fluindo e agindo em suas mentes muito puras, impressionáveis e suscetíveis.

A ingenuidade deles era tanta que eles não faziam a menor ideia de que os bebês nasciam por causa da fecundação do óvulo de uma mulher pelos espermatozoides da parte masculina de um casal durante uma relação sexual quando são transportados pelo sêmen até o local de fertilização.

As mulheres, principalmente, as mais formosas, eram extremamente férteis; davam a luz frequentemente, eram muitos os nascimentos de bebês gêmeos e não era raro também os nascimentos de bebês trigêmeos.

E foi por causa dessa quantidade enorme de bebês que nasciam, e a grande capacidade deles em imaginar circunstâncias e situações, começou-se a acreditar que cada uma das mulheres era uma espécie de portal por onde os bebês eram trazidos à vida como uma dádiva que lhes eram oferecidas pela imensurável bondade contida no coração do Grande Mistério.

Eles acreditavam que isso acontecia por causa de uma relação muito próxima e íntima que cada uma das mulheres tinha com ele, e que, por causa desse relacionamento, haveria a fecundação, e esse fenômeno acontecia através de elementos da natureza: como a chuva, o vendaval e principalmente no banho de rio.

Toda essa pequena e ingenua aldeia acreditava verdadeiramente que o Grande Mistério, era muito interessado em fecundar as mulheres, assim dessa maneira, pois, ele queria justificar a sua própria extraordinária

existência, o seu ilimitado poder e a sua infinita importância.

Por isso, esse povo acreditava que o Grande Mistério agia assim para fazer dessa aldeia, um local próspero e feliz, uma vez que, a população estava crescendo cada vez mais.

Foi por causa dessa interpretação, por causa desse ensinamento, as mulheres, em especial, as mais formosas, eram tratadas com muita admiração, muito respeito e gratidão; eram muito reverenciadas por povoarem rapidamente a aldeia.

A cada bebê menino que nascia, a mãe e o filho eram homenageados com uma enorme fila onde todos os habitantes davam três voltas ao redor da moradia da família do menino recém-nascido, e todas as pessoas ficavam felizes e comemoravam com uma grande festa que durava uma noite toda; nessa festividade todos eram agraciados com muita músicas, danças, comidas e bebidas.

Mas, quando o recém-nascido era uma menina, ganhava, ainda, além de toda essa mesma homenagem, alegria e comemoração que o menino recebia, ela, ganhava, nessa festa, de toda a aldeia, muitos presentes, em sua maioria, brinquedos, roupas, unguentos aromáticos, enfeites e ornamentos para deixá-la mais bonita e cheirosa; eram tantos os presentes que a quantidade era o suficiente para essa menina usar até o fim de sua curtissíma adolescência, pois, os casamentos eram arranjados celebrados assim que essa menina começava a ser uma mulher.

E no outro dia havia, no centro do povoamento, outra grande festividade para o bebê menina. Mas, essa comemoração era também uma homenagem de agradecimento a mamãe da recém-nascida por ela ter dado a aldeia uma futura mulher. Mas, nessa comemoração apenas, todas as mulheres daquela comunidade podiam participar; nenhum homem era convidado, nem mesmo pai da criança podia se aproximar do local durante toda essa cerimônia.

E no dia seguinte, toda a residência da família da menina era enfeitada e tinha mais uma grande festa que acontecia por três noites e dois dias inteiros, mas, essa comemoração era reservada somente aos membros da família da recém-nascida. E ainda nessa última festa da menina, a mãe dela, pelo o fato de ter dado a luz a uma futura mamãe, recebia alguns presentes bem valiosos e durante o período de trinta luas, por onde essa mamãe passava com seu bebê ela recebia muitas felicitações.

Todas essas celebrações aconteciam porque os habitantes perceberam que os nascimentos das crianças, principalmente das meninas, era essencial para que pudessem manter a aldeia perfeitamente estruturada e em constante crescimento.

E toda essa grande alegria era justificada, pois, os nascimentos dos bebês eram essenciais por causa que muitos deles morriam antes de sobreviverem ao primeiro período de frio, havia ainda as mortes dos mais velhos, muitas mortes de adultos por causa das muitas doenças, e pelas mortes em conflitos com outras aldeias e quando eram devorados por feras selvagens; naquela época era muito fácil morrer, a taxa de mortalidade era muito alta; e esse povo queria que a sua aldeia fosse cada vez maior.

Por isso que naquele tempo, gerar e cuidar dos bebês eram as coisas mais importantes daquele lugar; por isso que, nesse início da aldeia, as tarefas em que as mulheres mais se dedicavam eram as de criar os filhos, alimentá-los e zelar pela saúde deles. Todas as mulheres, em especial, as mães, sempre estavam inventando brincadeiras e jogos para as crianças, para divertir, distrair e principalmente para educá-las. Elas estavam constantemente ensinando tudo o que seus pequenos iriam precisar na vida deles, inclusive, aprender todas as palavras e seus significados para que eles entendessem a todas as regras, direitos e deveres que havia para todos os membros da aldeia; e elas os preparavam para a vida adulta, já que, a comunidade iria precisar muito dessas crianças no futuro que ainda estava muito distante para eles. E como preparar esses pequenos cidadãos dava muito trabalho e demandava muito tempo e esfôrços, as mulheres não faziam muitas outras tarefas na comunidade, além dessas citadas, já que, essas eram essenciais.

Os homens comuns se preocupavam somente em prover a aldeia de todos os mantimentos, ferramentas e diversos utensílios que era preciso para a suprir a todas as necessidades daquele lugar; sobrava pouquissímas coisas para as mulheres, para os raríssimos idosos e para as crianças fazerem.

Os guerreiros se preocupavam enormemente com a segurança do lugar, e isso tomava quase todo o tempo deles, eram muitas fronteiras para serem vigiadas e defendidas bravamente.

Esse povo estava muito feliz, acreditava que tudo estava perfeito exatamente como as coisas deveriam ser: as mulheres procriavam e cuidavam da prole, os homens comuns trabalhavam, os guerreiros cuidavam da segurança, as crianças apenas brincavam e aprendiam e os idosos ensinavam com as suas experiencias a todos que precisavam de conselhos e ensinamentos.

E as mulheres, viviam em estado de êxtase por serem tão próxima ao Grande Mistério e trazerem as crianças ao mundo e por povoarem a aldeia. Elas se sentiam muito bem por serem protegidas pelos homens e por eles as invejarem a sua condição privilégiada por proximidade íntima com o grande Mistério.

Mas nessa mesma época começou uma grande inveja do útero, os homens desejavam ter um órgão assim para torná-los tão especiais como as mulheres o são.

Os homens, sempre estavam procurando motivos para serem lembrados e receber honrarias pelos seus feitos, talvez, um desses motivos seja a vaidade ou pelo o inicio de uma espécie de mais um devaneio. Por isso que, todos os homens, mesmo os guerreiros, eram muito amáveis, polidos, dóceis e corretos com todas as mulheres, com as crianças e com os idosos; acreditavam que, por causa dessas pessoas que eles, os homens, existiam.

Acreditavam que o Grande Mistério só havia os agraciados com a vida para que eles os servissem e os protegessem. Eles ficavam muito contentes consigo mesmo, por esses trabalhos serem extremamente importantes e necessários. Por isso que serviam as mulheres com muita alegria, nunca deixavam que elas fizessem nenhum dos trabalhos mais pesados ou mais complicados.

Era bom para o ego deles que às mulheres tinham tanto medo de insetos como as baratas e as lagartixas, assim eles poderiam ajudá-las com esse problema, já que esses insetos vão existir para sempre, pois, é muito difícil de exterminá-los completamente.

Mas, depois de algumas dezenas de anos, começou a surgir pequenos problemas: primeiro, não nasciam mais muitos trigêmeos, depois, os gémeos começaram a se tornar raros e por fim após algum tempo não muito distante até aos nascimentos unigênitos ficaram bem reduzidos; e o povo ficou muito preocupado com essa situação. E as mulheres começaram a ficar quase que o dia todo se banhando no rio e quando chovia permaneciam debaixo dela até ela se findar completamente.

Mas, nem com todo esse ritual diário feito por alguns poucos anos amenizou o problema.

Após algum tempo, começou outro tipo de problema: como a mulheres eram muito "valorizadas e invejadas", em assim sendo, todos, sempre que havia uma gravidez, principalmente, as mães, queriam que os seus bebês fossem meninas.

Nunca se soube bem qual foi o motivo real, mas, começou, desse modo, a nascer alguns bebês meninos que agiam com a predisposição de jeito

de meninas, e isso foi um problema muito grande, pois, a aldeia iria precisar muito dos bebês meninos que fossem muito valentes, hábeis e muito fortes para ajudarem na segurança e nos trabalhos de prover aldeia quando fossem adultos.

Algumas pessoas acreditavam que pelo fato das mulheres serem tão especiais, faziam com que as mães sempre desejassem que os bebês que estavam sendo gestados em seus ventres fossem meninas, e talvez esse desejo das mães que estivessem influenciando nas cabeças dessas crianças; nesse caso, as mães foram orientadas pelos anciões a não ficarem desejando nada em relação ao sexo dos seus bebês. E para ajudar as futuras mamães a não ficarem desejando que seus bebês fossem meninas, foi sugerido, pelos anciões, que as futuras mães ficassem sempre muito ocupadas para não terem tempo desse desejo, por isso, que começaram a sempre participarem de danças e fazerem muitos artesanatos e outras coisas para se distraírem e não terem as cabeças só ocupadas por pensamentos e desejos sobre os futuros bebês.

Mas, tudo isso não diminuiu a taxa de nascimentos dos bebês meninos influenciados pelas características de meninas.

Então, alguns dos anciões observando os jacarés, perceberam que dependendo da temperatura da água, fazia com que nascessem animais machos ou fêmeas.

E a partir daí, esse povo rico em pensamentos criativos e sugestionaveis como sempre foram, estão agora muito preocupados em terem mais habitantes que possam fazer os trabalhos masculinos.

Eles se desesperam, em especial, por causa dos trabalhos de proteger a aldeia.

Por isso passaram a acreditar que, certamente, quando as futuras mamães ficam com febre, principalmente, as muito altas, essa temperatura influencia a sexualidade dos bebês.

Eles começaram a crer que tudo ocorre igualmente como acontece com os jacarés.

Por causa desse pensamento super imaginativo e inusitado desse povo, as futuras mães, não podiam mais tomar banho frio, já que, corriam o risco de adoecerem e terem uma febre alta; e a partir daí, quando estavam grávidas, as futuras mamães eram bem alimentadas, estavam sempre em repouso absoluto.

Elas eram muito bem cuidadas; e não podiam mais fazer um monte de coisas que a mente inventiva, que a mente preocupada, e que a mente sedenta por bebês desse povo, não permitia que as coisas fossem feitas por essas futuras mamães.

Mas, surgiu outro problema, os seus povos inimigos, estavam aumentando rapidamente a população deles em volta de suas terras, e isso gerava muitos conflitos; por isso iria precisar de aumentar a sua segurança; o lugar tinha que ser fortemente protegido, particularmente, dos seus maiores inimigos: os bárbaros, que sempre conseguiam roubar partes de seu território; saqueavam partes de suas colheitas e levavam seus animais, e ainda eles sequestravam algumas pessoas e as escravizavam quando resolviam lhes pouparem a vida.

E por isso, esse lugarejo estava constantemente ameaçado de extinção pelos inúmeros ataques que recebia; por isso sempre precisavam que a quantidade de homens guerreiros aumentasse para que eles não permitissem que toda esse pequeno povoamento desaparecesse ou fosse totalmente escravizado.

Mas depois desse período, ninguém sabe o porquê, começou a nascer poucos meninos, de cada dez bebês, três apenas eram meninos; a situação ficou tão crítica, por falta da população masculina, que e as mães começaram a desejar que seus bebês que estavam sendo gestados fossem meninos, e por coincidência, começou a nascer meninas com jeito de menino.

Essas meninas quando cresciam, eram valentes, fortes, falavam com a voz bem firme e alta, e eram grosseiras nos modos, bem parecidos com os homens. Quando se tornavam adultas queriam ser guerreiras e proteger a aldeia também, igualmente aos homens. Mas, como ninguém tava importância a elas, e ninguém queria ajudá-las em sua causa, nem mesmo os homens influenciados; então, elas, discretamente, se uniram entre si, fizeram um pacto e se ajudaram, compartilharam conhecimentos, fizeram muitos exercícios, muitos treinamentos e fizeram uma boa alimentação que lhes deram muitos músculos e ficaram cada vez mais fortes e hábeis e se tornaram capacitadas a serem guerreiras; ficaram boas na arte da guerra, e elas ficaram quase tão destemidas bravas e fortes quanto os homens.

No começo, isso não causou muitos problemas, mas quando as mulheres que agiam como os homens, começaram, além de guerrear melhores do que eles, começaram também, depois, a fazerem todos os mesmos trabalhos que eram exclusivos deles, e o faziam melhores que os tais. E essas guerreiras não tinham medo dos insetos, então, por isso tudo, os homens começaram a ficar receosos e paranoicos.

E tudo começou a piorar muito mais, quando elas ajudaram eles a expulsarem os inimigos da aldeia para bem longe e esse lugar não seria mais ameaçado por um bom tempo, fato esse que os guerreiros antes, nunca, haviam realizado com tamanho êxito.

Quando isso aconteceu, as mulheres guerreiras acreditaram que os homens iriam agradecer a elas e comemorariam juntos esse grande feito; porém, o que aconteceu foi bem diferente, alguns homens começaram a acreditar que eles eram quase que totalmente desnecessários a vida da aldeia e se sentiram muito mais ameaçados ainda.

E as guerreiras com muito tempo livre, começaram a ensinar a todas as outras mulheres, inclusive as meninas que começavam a fase de adolescência, e eté os homens influenciados com o jeito de mulheres, quiseram participar e aprender tudo o que elas sabiam, inclusive a arte da guerra e a fazer todos os trabalhos que antes só os homens comum e os bravos guerreiros faziam, trabalhos esses que eles tinham muito orgulho de os fazerem, e mais orgulho ainda de só eles conseguirem e terem o privilégio de executarem.

Os anciões, acreditavam que se todos vivessem em uma comunidade de iguais, haveria um grande problema, pois, os homens estariam em muita desvantagem, e seria uma superioridade injusta, alguns diziam, que, em sendo, todos iguais, as mulheres, seriam muito superiores a eles, já que, os homens não têm os úteros para trazerem os bebês, sendo assim, nunca poderiam ser iguais em importância ao Grande Mistério como as mulheres já o são, por terem o lugar onde são gerados os bebês; e eles só tinham, até então, a capacidade exclusiva de trabalhar e de proteger a aldeia, e agora lhe estão sendo tiradas esses trabalhos, essas honras e fundamentalmente a razão de existirem.

A inveja do útero cresceu muito nesse período.

E foi nesse período também que surgiu, um estado de muita preocupação em alguns homens de não precisarem mais existirem; medo de se tornarem obsoletos e desnecessários para aldeia, por isso que, desenvolveram mais ainda em suas cabeças aquela espécie de devaneio, ficaram bem mais paranoicos.

Ficaram com tanto receio que o Grande Mistério conseguisse perceber que as mulheres podem fazer os seus mesmos trabalhos, e bem melhores que eles. Esse susto fez com que desenvolvessem uma esquisitice mental, um medo sem sentido algum, e ficaram cada vez mais com os pensamentos esquisitos.

Foi a partir desse momento que, esse povo altamente influenciáveis por seus próprios devaneios, ficaram muito perturbados.

Eles ficaram com um receio enorme que o Grande Mistério começasse, em breve, a não deixar mais que os meninos nascessem, já que eles podiam ser substituídos em todos os trabalhos pelas mulheres, principalmente pelas guerreiras. Em alguns desses surtados, a paranoia era tanta que nem conseguiam mais dormir satisfatoriamente.

Então, com o passar dos anos, esses homens, cada vez mais com perturbação psíquica com presença de delírios, resolveram dar presentes as mulheres para que elas se enfeitassem cada vez mais e ficassem bonitas e mais felizes com sua aparência.

Foi nessa mesma época, que os homens, orientados pelos anciões, resolveram criar o cavalheirismo na aldeia; esse comportamento surgiu porquê os tais cavalheiros acreditavam que era necessário bajular e lisonjear as mulheres para que eles parecessem indispensáveis; por isso, começaram a fazer com que as damas, sem que percebessem, acreditassem que era muito bom para elas que os homens as tratassem como fracas, frágeis, delicadas e incapazes de viverem sem a ajuda deles; por isso, eles se desdobravam a ponto de ficarem abrindo e fechando as portas para elas entrarem e saírem, eles corriam para buscar os bancos para as mulheres se sentarem e eles realizavam ainda muitas outras "gentilezas", agrados e mimos.

Sempre que podiam esses homens estavam testando novas fragâncias de unguentos perfumados para deixar as damas mais felizes.

Eles começaram a dizer que as mulheres ficavam mais bonitas com os cabelos enormes, e que, com os novos enfeites que eles fizeram ficariam mais lindo ainda.

Depois inventaram novas roupas para elas e disseram que usando vestidos longos ficariam bem melhores, mas esses vestidos eram tão pesados que isso dificultava muito os seus movimentos, e elas ficavam com pouca agilidade para fazerem as atividades do dia a dia.

Depois as coisas pioraram ainda mais, inventaram outra coisa, parecia com uma cinta, que apertava a cintura para moldarem os corpos delas e ficarem mais elegantes, mas quase que elas não conseguiam respirar com esses apetrechos estranhos.

Logo após eles inventaram os calçados de saltos altos para elas, disseram que ficariam mais bonitas e elegantes e lhe faziam muitos elogios; e todas essas constantes lisonjas as faziam acreditar que era muito bom para elas todas essas tolices, mas todos esses elogios e gentilezas não deixavam as mulheres perceberem que elas estavam sendo prejudicadas.

Mas, depois de um tempo, as guerreiras, principalmente as mais experientes, perceberam que, com esse tal de cavalheirismo, toda essa gentileza e os elogios, e presentes, os homens tentavam, na verdade, tratá-las como inferiores e elas não aceitavam isso, elas queriam que todos fossem tratados com igualdade, elas não aceitavam muito essa ideia em ter coisas de mulheres e coisas de homens.

Mas elas não obtiveram êxito, não tiveram adesão das outras mulheres que estavam gostando do cavalheirismo e da vida com gentileza que os homens as ofereciam.

O problema disso tudo era que, faziam com que as mulheres parecessem e se sentissem que eram muito inferiores aos homens e que precisavam muito deles.

Depois disso tudo, as mulheres começaram a ficar muito vaidosas e passaram a ficar boa parte do dia se enfeitando e se arrumando para chamarem mais atenção dos homens e atraindo a inveja e a competição das outras damas; isso tudo as deixavam cada vez mais mimadas, delicadas, fragilizadas e dependentes dos cavalheiros.

Todo esse trabalho de criar essa cultura foi feito só por causa da paranoia dos homens para que o Grande Mistério não os achassem inúteis e desnecessários e acabasse com o nascimentos dos bebês meninos e por fim desse cabo de todos os homens.

Nenhuma mulher percebeu naquele momento que esse comportamento, o cavalheirismo, seria o começo do machismo, pois, com uma falsa gentileza, os homens colocaram nas cabeças das mulheres que elas precisariam muito mais deles e das coisas que eles as ofereciam do que era necessário na realidade.

Foi por isso que, todos os homens, cada vez mais, não se importavam em trabalhar por mais horas para o bem da aldeia e faziam todos os trabalhos fundamentais, e muitos outros trabalhos que não precisava, entre os quais: faziam muitas ferramentas, móveis, utensílios domésticos plantavam e colhiam além do necessário e faziam muitas outras coisas fúteis para a adulação das meninas, das moças e das mulheres.

E com o passar dos anos, as mulheres, inclusive quase todas as guerreiras, que sem o apoio algum, não faziam mais as coisas que antes eram exclusivas dos homens e tudo voltou a ser muito parecido com o começo da aldeia.

E foi assim que as coisas aconteceram na aldeia nos primeiros quatro mil anos.

Aconteceu exatamente assim até que, uma mulher, fez uma descoberta que, se ela soubesse o problema que iria dar para ela e para todas as mulheres da aldeia, não teria contado para ninguém, teria se calada, guardado como segredo e morrido com essa descoberta só para si mesma e levado isso para debaixo da terra junto dela.

Ela havia percebido que o fluxo de sangue que ela e todas as outras mulheres tinham aconteciam em ciclo de a cada vinte e oito luas. E por prestar atenção nesse ciclo, ela foi a primeira pessoa a perceber "o passar do tempo", e essa mulher, conseguia marcar o tempo, por causa dessa observação.

Ela percebeu também que, quando estava grávida esse ciclo não acontecia. Depois essa mesma mulher percebeu que todas as jovens e todas as guerreiras que nunca havia se deitado com algum homem não tinham filhos, e ela comentou a sua descoberta com todos os habitantes e todos ficaram muito surpresos, chocados e confusos no começo dessa revelação.

E essa informação foi tão impactante para essa aldeia que, durante três dias esse povoado parou com todos os seus afazeres para tentar entender o que estava acontecendo.

Todos se perguntavam o porquê que o Grande Mistério só engravidavam as mulheres que se deitavam com os homens?

Então, quando os homens perceberam que os bebês nasciam "por causa deles", por causa das relações que eles tiveram com elas, e não por causa da relação íntima que as mulheres tinham com o Grande Mistério; tudo mudou.

Quando os homens descobriram que os "sêmens poderosos deles": que apenas uma gotinha dele é capaz de desencadeavam a magia da fertilização; eles começaram a subjugar as mulheres e elas perderam totalmente a sua supremacia, sua importância, seu poder e seus encantos.

Toda a inveja que os homens nutriam pelo útero foi transformada em ódio pelas mulheres. Todo o pavor que os homens tinham de ser exterminados pelo Grande Mistério por se acharem inúteis foi transformados em uma grande misoginia.

Todas as gentilezas e elogios se transformaram em hostilidades.

E toda aquela paranoia acumulada se transformou em fúria.

Nesse momento, os homens, criaram um novo conceito, começaram acreditar que eles que eram os seres maravilhosos, que eles eram os preferidos mais próximos do Grande Mistério: por serem mais altos, mais fortes, mais rápidos, mais corajosos e mais bravos, e que as mulheres deveriam ser submissas a eles e servi-los, pois, elas eram apenas, e, tão-somente, parideiras que serviam unicamente para desenvolverem os sêmens deles para prepararem os bebês que eles, os poderosos homens, plantavam nelas.

Foi a partir daí que os homens tiveram todo o poder na aldeia; tudo tinha que ser do modo como eles queriam; tudo começou a ser como lhes favoreciam em detrimento das mulheres e das crianças, pois, eles acreditavam que os mais fortes que deveriam sempre ter razão: o poder é do mais forte. Todas as questões eram ditadas pelos homens, os mais fortes, os que tinham os maiores gritos, os mais bárbaros que ditavam as regras que lhes mais os favoreciam; e, todos eram forçados a obedecer a esses tiranos. Tudo começou a ser resolvido na força, no grito, "no tapa", na lei do mais forte; e havia muita injustiça e as mulheres e as crianças não tiveram mais voz na administração da aldeia; e nunca mais se ouviu a voz de uma mulher nas reuniões dos conselhos daquele lugar.

As mulheres eram constantemente desrespeitadas, violentadas e tratadas como mercadorias e como posse dos homens; e a aldeia não era mais um lugar seguro para as mulheres e nem para as crianças que sofriam todo o tipo de abusos e agressões; as mais bárbaras possíveis e imagináveis. As mulheres eram obrigadas a ficarem em casa, nem sol elas podiam sentir na pele, viviam sem direitos algum, e as crianças tiveram a mesma sorte.

Os homens, os mais fortes e poderosos, escolhiam muitas mulheres, normalmente as mais formosas, para terem muitos filhos.

Mas, todos os homens queriam algumas esposas para si, e puderam ter tantas pudessem conseguir.

E as mulheres guerreiras foram proibidas de fazer exercícios e treinarem a arte da guerra e ficaram reclusas em uma espécie de prisão domiciliar perpétua.

Passou-se centenas de anos assim, nesse regime misógino que, todos os homens e todas as mulheres acreditavam que estava fazendo a vontade do Grande Mistério, pois, desde de muito crianças as pessoas viam e viviam essa "realidade" e quando cresciam apenas replicavam o que aprendiam com a convivência; nem as mulheres reclamavam mais de serem desrespeitadas e violentadas, pois, parecia que as coisas eram assim mesmo, ninguém percebia que tudo isso estava errado: muito errado.

E quanto mais o tempo passava, mais todos os habitantes daquele lugar agia do modo que parecia que esse regime administrativo machista era o correto: os homens mandavam na aldeia e violentavam as mulheres, e as crianças inocentes, ficavam expostas a toda essa violência; todas as vítima desse sistema comportamental regido pelos homens se submetiam a essa tirania sem reclamar, pois, com o tempo ficaram desalentados; a humilhação e a submissão se transformaram em regras naquele lugar.

E todo esse tempo, com a administração dos homens pela força da tirania, a aldeia retroagiu tanto no desenvolvimento, que começou a viver como os animais selvagens a ponto de, inclusive, muitas das pessoas de lá ter começado a comer os seus próprios vômitos.

A aldeia esqueceu muitas das palavras, pois, não as usavam mais.

E tudo foi assim, dessa maneira, por alguns milhares de anos.

Mas, eu acredito que, por volta de cinco mil anos após as mulheres perderem o seu poder e começarem a viverem assim, nesse regime de violência, ignorância e injustiça; finalmente, as mulheres, lideradas por uma jovem muito influente em suas ideias e muito dedicada a uma causa, começaram uma nova, mas, dessa vez, definitiva revolução.

Ninguém sabe, exatamente, como começou a revolução, há muitas lendas; vou contar a versão que eu mais gosto:

-- Essa jovem, quando era quase uma criança ainda, exausta de sofrer tantos abusos e injustiças e por ver o mesmo acontecendo com todas as mulheres e as crianças, fugiu desesperadamente da aldeia. E por alguns meses, apenas observou, escondida, os comportamentos de várias tribos, algumas eram muito parecidas com a sua gente, e outros povos bem mais evoluídos; depois, ela, conviveu por mais dezoito longos anos com outras civilizações mais distantes e ainda mais modernas; aprendeu novas línguas, muitas outras novas palavras, novas condutas, novas filosofias e novos entendimentos.

Algumas pessoas acreditavam que ela, depois de muito meditar, depois de muito estudar, depois de muito raciocinar: foi despertada ou iluminada.

Muitas outras pessoas acreditavam que essa jovem se comunicava com o Grande Mistério, pois, a ouviam falando sozinha por horas e horas; mas, outras pessoas desconfiavam que ela desenvolveu uma espécie de esquizofrenia.

Por causa dessas vozes, que lhe falava em segredo, segundo ela, recebeu ordens, e voltou para o seu lugar de origem, para salvar o seu povo da ignorância, e libertar, principalmente, as mulheres e as crianças da tirania em que viviam a há muito tempo.

Quando voltou para sua casa, seu povo estava em guerra com os seus maiores inimigos e não havia muitos homens na aldeia, e os poucos que permaneciam lá estavam muito ocupados com as questões do grande conflito, então, e escondida dos tiranos, ela selecionou, em oculto de todos, algumas jovens e começou a ensiná-las a pensar, a raciocinar, e a ter o mesmo senso critico que ela ganhou.

Ela disse que, observando os animais selvagens, percebeu o mesmo comportamento deles com o comportamento do povo da aldeia.

Ela disse que o Grande Mistério não tolerava mais esse comportamento; ele não quer mais que as pessoas se comportem como os animais selvagens; e que, então, ele a escolheu para mudar esse comportamento e a restaurar a justiça.

Ela disse que ele iria liderá-la para que tudo isso mudasse o mais rápido possível. Disse que o Grande Mistério iria inspirá-la e orientá-la, então, inventou milhares de palavras que poderiam ser usadas como um código que iriam ser úteis na causa; deu nomes as todas as coisas e eventos necessários para se comunicarem sem ninguém perceber e entender a "conspiração".

Ensinou as jovens a ler e a escrever; depois, instruiu para que essas jovens não se vestissem de uma maneira sensual para não ficarem tão atraentes e chamarem a atenção dos homens para não serem estupradas e nem obrigadas a se casarem, foram ensinadas a serem quase que invisíveis; isso para que pudessem ter mais tempo e concentração para os preparativos para a causa que entendiam ser justa, pois, teriam que ensinar as outras jovens para fazerem a revolução.

E essas jovens começaram a ensinar as outras jovens também tudo o que estavam aprendendo. E elas multiplicaram todo o conhecimento sem chamar a atenção para seus corpos e nem para si mesmas e nem para as coisas que aconteciam em oculto relativo ao preparo da revolução.

Depois de alguns meses, a líder, agora mais convicta que nunca, escreveu algumas cartilhas e manuais ensinando tudo o que seria necessário saber para concretizarem o seu plano.

A líder colocou na cabeça de cada uma das jovens, que, as mulheres eram mais, dóceis, fracas e delicadas, mas, que isso, não era para que elas fossem submissas e subjugadas pelos homens, não foi esse o propósito nem o objetivo que o Grande Mistério as fez assim, explicou que as mulheres eram especiais dessa forma para que elas pudessem cuidar melhor, com delicadeza, cuidado e com carinho, dos bebês, porque eles, os pequenos, precisam de tudo isso para que pudessem nascer e crescer bem: só por isso. "Nunca fomos inferiores", explicou ela, acreditando em cada palavra que dizia.

Explicou, ainda que, a natureza, perfeita, através da sabedoria do Grande Mistério, fez com que os homens fossem mais fortes que elas apenas, e tão-somente, para que eles as protegessem do perigo: por exemplo, dos animais ferozes e das pessoas de tribos mais selvagens, e, principalmente nas guerras, e que tudo isso, até esse ponto da história, foi bom para elas mesmas e para as crianças, senão, elas seriam escravas de outras tribos rivais, ou pior ainda, talvez estariam mortas por causa dos conflitos se não fosse pela a proteção dos homens.

A líder disse que talvez a aldeia já tivesse deixado de existir; mas, com um grito a líder disse: "Mas isso acabou de acabar! Vamos dar um novo rumo para a aldeia! Agora, tudo vai mudar completamente, começou o tempo da retomada de poder!"

A líder, ensinou que as mulheres têm sim uma proximidade imensa com o Grande Mistério, pois, elas são mais sábias, e usando toda essa sabedoria iria fazer a justiça para o bem de todos, principalmente, para o bem das crianças que passaria a ser prioridade máxima naquele lugar; ela disse que eram ordens do Grande Mistério e que todos deveriam ouvi-la.

Como essas mulheres instruídas eram muito superiores em sabedoria e entendimentos do que os homens, e por elas serem muito mais fracas que eles, e por sua luta ser por algo correto, e por elas não poderem lutar com armas e socos, então foi escolhido melhor forma de ganhar essa guerra, pois, as mulheres não queriam subjugar os homens, pois, elas, e, as crianças e toda a aldeia iriam precisar muito deles; então, foi por esse motivo que a líder, ensinou as jovens a usarem a sua beleza, o seu corpo, a sua graciosidade, a sua sensualidade e seus encantos para seduzirem e controlarem os homens nessa revolucionária disputa; essas iriam ser as armas que usariam para vencerem essa peleja.

A líder fez algumas novas cartilhas ensinando todos os tipos de conhecimentos: Como se vestir, como olhar, como usar a graciosidade dos seus corpos, modo de andar, que fragrância usar, como falar, quando falar, e em que tom de voz, como conseguir chamar a atenção para si, para encantá-los, elas ainda as ensinou a cantar, tudo isso para ajudar os homens se apaixonarem por elas: para que elas pudessem controlá-los e ganhar nesse confronto.

E todas as mulheres de toda a aldeia, foram ensinadas em tudo que a líder tinha em sua cabeça, finalmente, estavam todas prontas.

Nesse período da história, os guerreiros acabaram de ganhar a guerra contra os seus inimigos, e por um tempo curto haveria paz nessa questão. Muitos homens morreram nessa guerra, muitos se feriam.

A líder ensinou a cuidar dos ferimentos e logo todos estavam recuperados e saudáveis.

Mas, mesmo antes que os homens recuperassem a sua saúde, as mulheres já havia começado a revolução.

Os líderes dos guerreiros eram os mais visados pelas jovens mais belas, encantadoras e sensuais; elas, usando todas as técnicas e truques que a líder ensinou, estavam indo muito bem na causa.

Os homens não estavam preparados, eles não sabiam como se defenderem desses ataques: as mulheres, com doçura, com carinho, faziam os homens sentirem muito prazer e muita satisfação eles ficaram sem capacidade de agir e reagir.

E todas as mulheres da aldeia foram instruídas finalmente, e obedecendo às instruções da líder diziam os seus parceiros que fariam essas coisas prazerosas com eles no futuro, mas, só se elas pudessem conversar com eles, sobre algumas questões, e eles, encantados, dominados e apaixonados, querendo muito ter mais e mais essas sensações de prazer novamente, aceitaram, e elas cada vez mais os ensinavam, os corrigiam, os reeducavam, os acalmavam e os civilizavam. E cada vez mais, quando eles ficaram mais bonzinhos e compreensivos, elas usavam mais técnicas de prazer com neles; e elas usavam cada vez mais doçura e os homens ficavam mais dóceis e faziam o que elas queriam.

E as mulheres, com muita sabedoria, doçura e encantos, e sem nenhuma violência, tomaram o poder administrativo da aldeia, agora só elas controlam, e os homens só protegem com a força de seus braços e a potência de seus gritos os portões das entradas da aldeia dos inimigos; e eles, ainda, carregam as coisas pesadas para elas e elas os retribuem com muito amor a gentileza deles.

E as mulheres muito bem preparadas, usando muita sabedoria e conhecimentos resolviam a todas as questões da administração, na filosofia de vida e elaboração no entendimento dos novos estatutos de toda a aldeia. E os homens nunca mais poderiam administrar esse lugar. Mas eles podem sugerir ideias.

Logo a aldeia começou a ser muito parecida como era no começo; e as mulheres, fazendo uso da sabedoria, conseguiram provar que elas são mais sábias e que são capazes de administrar a aldeia muito melhor que os homens.

Depois de cinquenta anos da tomada de poder, aldeia começou a ter as anciãs como as maiores responsáveis pelos habitantes, isso começou a vigorar quando a líder da revolução se tornou uma idosa. Ela, agora com ainda mais conhecimento, sabedoria e experiencia, percebeu que tinha capacidade e que deveria usar de sua sabedoria para passar valores ainda mais dignos ao seu povo.

Ela quis criar um comportamento, uma cultura, uma característica que se tornasse a curto prazo uma tradição que ficasse para todo o sempre, algo que fosse a inidentidade para sua aldeia; queria deixar um legado aos seus liderados, uma herança, uma forma de ser de um povo, um projeto de nação, um exemplo para todos os povos.

Então, reuniu todas as mulheres e disse que, observando os animais e os homens: percebeu muitas semelhanças entre ambos; então ela fez uma nova interpretação dos fatos do passado, disse que agora entende a natureza dos homens; e, que a, nova aldeia, pós revolução, usariam a força dos próprios instintos agressivos e dominadores deles mesmo, a favor da causa delas: os homens têm essa violência, esse vigor, essa atitude forte, e agressiva, por causa de um bom e nobre motivo evolucionista; eles, os homens primitivos, precisaram, por meio da força bruta, desse subterfúgio selvagem do estupro, agirem para que, pudessem engravidar as mulheres para que nascessem os bebês que são essenciais a continuação das

nossas etnias e para continuação da aldeia como um todo, então, eles agiram daquele passado não muito distante, obedecendo aos seus instintos natural de perpetuação do nosso povo, e deveríamos sermos gratos a eles por isso. Pois, eles não tinham sabedoria e nem conhecimentos e agiram apenas pelos os instintos, até que se saíram bem.

E o interessante disso tudo, é que por causa dos instintos natural das mulheres, que agiram também como as fêmeas dos animais, por querer gestar os bebês, essa comportamento muito passivo ajudou para que aquela situação toda de tirania acontecesse da maneira como foi, pois, nossas ancestrais "deixavam" com muita facilidade a atitude que ocorreu nos tempos passado. Faltou uma resistência com mais força para os impedirem na aplicação da tirania. Mesmo entendendo que elas precisavam que a agressividade deles as protegessem dos muitos perigos que as cercavam e os seus bebês constantemente não deveriam ter cedido tanto como foi. Os tiranos são um pouco menos tiranos do que parece ser e as vítimas são um pouco menos vítimas do que parecem ser. Mas, nem os tiranos nem as vítimas tem tanta culpa assim, pois, pelo o que eu noto, ambos os sexos não tinha e nem tem ainda conhecimentos para entender, analisar e agir corretamente diante dos acontecimentos. Isso precisa mudar imediatamente.

O interessante que tenho notado é que uma das coisas que também ajudava muito a desencadear os instintos primitivos e selvagens dos homens para engravidar as mulheres de maneira tão agressiva: era justamente a beleza e a graciosidade delas, além das formas, os desenhos e os volumes de seus corpos.

Agora imagine ainda acrescentando a essa conjuntura: a força da influencia da natureza, numa espécie de Cio que nunca cessava, atuando por sobre os homens, obrigando-lhes a querer a fazer os bebês nas mulheres o tempo todo.

Então, com a beleza das mulheres atraindo os homens primitivos que não sabendo fazer a corte e nem namorar direito, por isso que tudo isso se transformou numa bomba de agressividade. Pois, os homens mais fortes e saudáveis, eram, instintivamente, influenciados a engravidar várias mulheres com as cargas genéticas melhores, procuravam intensamente essas mulheres com as melhores cargas genéticas também para que tivessem os melhores filhos.

Mas eles só tinham essa atitude por obedecer aos instintos deles queriam que os filhos deles nascessem mais capazes de se adaptarem as circunstancia que estavam ocorrendo no momento, isso tudo para que a aldeia tivesse mais chances de sobreviver, e foi por esse motivo que eles as prendiam junto de si, foi para a procriação; e toda essa agressividade era até para mostrar a mulher escolhida que ele era mais forte que os outros e não tentasse fugir dele.

Isso explica o porquê de tanta agressividade e violência.

Eles precisavam ser agressivos também com os outros homens para protegerem as suas mulheres de outros interessados. E todo esse processo seletivo e evolutivo não ajudava em nada os homens a serem mais dóceis e gentis com as mulheres, as circunstâncias não lhes permitiam.

E como havia muita necessidade de fazer os bebês e não haviam ainda a linguagem, nem o romantismo, ninguém sabia namorar ou fazer a corte da maneira correta, por isso os bebês eram feitos a partir de algo muito violento, como um estupro, mas, graças essa atitude agressiva deles, dos homens, as etnias dessa aldeia não se extinguiu.

Eles agem, ainda hoje, dessa forma porque, no passado, foi necessário a intervenção deles, dessa forma no controle da situação para proteger a etnia como um todo; e eles não foram ainda reeducados a agirem como se deveria nos tempos atuais como são necessários.

A líder das anciãs, entendendo muitas das implicações e necessidades, explicou a todos, tudo o que acreditava ser correto aplicar a todas as pessoas; e, então, finalmente, fizeram um acordo que iria impactar profundamente toda a convivência e o modo cultural da aldeia, seria uma grande parte de projeto de nação que ela idealizava e acreditava ser necessário para unir para sempre o povo dela.

Por causa do instinto de proteção e da força do homem, e por causa da beleza e graciosidade da mulher, começaria, a partir desse período pós revolução, o acordo que deveriam canalizar essa particularidade agressiva masculina e a vontade que mulher tem e ser protegida, para um bem-maior, de modo que ficaria bom para todos os habitantes da aldeia. Pois, o que ela planejou iria respeitar a todos as premissas ancestrais humanas e que estão na essência de ambos os sexos. Então foi estabelecido que os homens, com a sua força, poderiam e seriam os protetores para sempre das mulheres, mas não nesse modelo que imperou até o começo da revolução, disse a líder.

Por causa que os homens têm essa questão muito forte de proteger; e, ainda têm a questão de querer manter sempre próximo de si as mulheres e as crianças e as mulheres têm a questão de serem muito belas e graciosas e isso atrair e prender os interesses dos homens, e as mulheres sempre precisaram e gostaram de se sentirem protegidas: elas e seus filhos, então, para equalizar a todas essas questões naturais e inerentes a ambos os sexos, masculino e o feminino, foi institucionalizado o início de uma nova identidade cultural nacional. As mulheres, por elas serem muito belas e atraentes, e isso atrair demasiadamente a atenção dos homens a ponto de isso mexer com seus instintos primários, instintos esses que ele tem muita dificuldade em controlá-los. Então, por causa dessas questões todas, as mulheres, quando acreditarem que estão prontas para o matrimônio, pedirão a um grupo de homens de sua família, homens escolhidos por ela mesma, onde ela vai escolher os membros da sua família que mais conseguiria ajudá-la a escolher melhor um noivo para ela; então essa mulher soberana de seus interesses, vontades, e escolha particular, irá escolher três possíveis noivos, e durante seis meses esse grupo da família dela irá conhecer tudo sobre esses possíveis noivos e entregarão a ela, todas as informações sobre esses possíveis escolhido. E é a noiva que, soberanamente, é quem vai escolher qual ela vai querer, finalmente, conhecer a fim de se casar; isso se ela realmente entender que encontrou o companheiro ideal, então ela se casa, senão ela pode conhecer outros e escolher até encontrar, tudo depende da escolha soberana dela. Ninguém poderá interferir em sua decisão, inclusive, nem sugestão dos familiares poderão ser ventiladas nas conversas, só se noiva pedir.

A ideia desse ritual implicava várias questões, uma delas, era a proteção das mulheres por causa de maridos violentos, que por algum instinto, maluquice ou idiotice não as maltratasse, e não a espancasse; e esse ritual era para mostrar ao futuro marido que a sua mulher não é posse dele. Mas, sim, para ele fixar na sua cabeça que a esposa tem a família muito próxima; eles são seus protetores e estão sempre por perto para protegê-la; mas esse ritual não era para acuar simplesmente o noivo, tem sim um pouco disso, mas era para mostrar ao noivo que a família dela a amava muito e que todos estavam confiando a ele, a felicidade dela.

Esse grupo de escolhido da mulher, que normalmente, era formado pelo pai, tios, irmãos e primos. Por isso era feita uma aliança entre o futuro marido e a família dela, e isso ajudava muito os maridos a controlarem seus instintos selvagens, pois, os maridos percebiam e entendiam que a mulher não era uma posse dele e sim que ele tem o privilégio de ser companheiro de uma mulher muito amada por sua família; e esse marido, percebendo que ela tem muita proteção e amor, isso o desinibia de qualquer tentativa de afloramento desses instintos selvagens contra a mulher e os filhos.

O grupo da família que iria conhecer o futuro noivo da sua parente, levava uma cartilha com as questões que são importantes para noiva, e ele, o futuro noivo, deveria estudar e conhecer e assinar os termos de um pré contrato de matrimônio onde ele se compromete em ser um excelente marido e que vai estudar mais ainda para cada vez ser melhor e ainda que sempre que a esposa perceber algo de errado nele, vai participar da reunião especial com a família dela, e, se eles não conseguirem resolver o problema, ele, ainda se compromete em fazer uma espécie de terapia.

E as mulheres não deixavam os homens importante de sua família ajudar ela por submissão a eles não, era para ajudar eles a se sentirem protetores dela. Ela assume que precisa dessa ajuda, mas, fundamentalmente, esse processo era para que os homens sempre fossem ligados ao seu instinto inerrante de proteção e se sentir feliz e com isso não floreça nele a sua agressividade.

E as mulheres, as noivas, também precisavam ajudar os homens em outras questões, por isso foi instituído um pacto de que as mulheres, por serem tão belas e atraentes, não iriam mais poder ficar desfilando à-toa a sua beleza e nem a sua sensualidade por aí, publicamente, para não despertar nos homens interesses em uma mulher que não o escolheu e nem o autorizou a contemplá-la. Por isso que as mulheres entendendo a sua responsabilidade que têm em sua beleza e graciosidade na questão de não despertar nos homens algo que não pertence a ela, por isso, ela, não vai mais ser em público tão encantadora, tão gentil e sorridente, ela não será em público uma atraidora de olhares de admiração.

E as mulheres resolveram reforçar esse pacto entre elas mesmo, só entre elas, tiveram a ideia de cada uma delas, se esforçarem para nunca ficarem atraente em público para não atraírem os olhares dos maridos uma das outras, então elas inventaram roupas que deixaram as mulheres bem vestidas, mas sem marcar os seus corpos, suas silhuetas, volumes e quantidades, seria um mistério para todos. O mistério só seria revelado entre a mulher e o marido dela apenas, e todos concordaram em se protegerem e ajudarem os homens a controlarem seus instintos de quererem fecundar muitas mulheres, e elas gostaram muito desse pacto que fizeram combinaram em fazerem mais outros acordos assim quando forem preciso.

A mulher iria se mostrar o seu corpo, sua sensualidade apenas para o marido que ela escolheu; e por ele só ver a mulher dele sem as "roupas enfeiadoras" ele vai acreditar que a sua esposa é mulher mais linda do mundo. E isso ajudaria o marido dela a ser fiel até nos olhares e em pensamentos, pois, ele será o único privilegiado em todos os dias poder estar com a mulher mais linda e graciosa do mundo em seus braços.

Então, para os homens todas as mulheres lhes parecerão todas iguais, sem graça, ele nem vai ficar procurando para onde olhar quando estiver em público, pois, acredita ter em casa a mais bela mulher que ele ama e ela também o ama.

E ele terá a esposa como, a mais linda que ele já viu, a mulher mais linda do mundo só para ele, e isso deixará a esposa muito feliz e cada vez mais ele será gentil e amoroso com ela e ele realizará todos os desejos e caprichos dela, e ele a valorizará muito, e, com isso, ela também o valorizará cada vez mais.

Algumas mulheres reclamaram que não achavam justos elas não poderem andar como querem em público por causa da dificuldade dos homens, então elas sugeriam que fossem eles os punidos, não elas, "que eles usem óculos escuros", disseram aquelas mulheres muito revoltadas; mas ficou claro que isso não iria dar muito certo, no mínimo iria provocar muitos tropeços e acidentes, e alguns homens iriam olhar por cima dos óculos.

Algumas mulheres, acredito que não foram as mais bonitas que sugeriram isso, disseram que para ajudar os homens nos seus instintos de conquistar, todas as mulheres deveriam, em público não sorrir muito e usar chapéu com véus para esconder mais coisas, ser um mistério para os homens, e em casa, se arrumar muito, usar perfumes, roupas sensuais, danças, vinhos e músicas para elas serem especiais e interessante e agradáveis aos seus maridos e eles não quererem conquistar outras mulheres e assim todos nós estaremos nos protegendo mutuamente. Mas o que mais quero dizer é que, devemos, às vezes, nos mostrar frias e temperamentais, às vezes bravas, e sempre mudar a nossa personalidade, para sermos sempre uma mulher diferente para o marido usar aquilo que eles têm como instinto, conquistar uma mulher diferente sempre que puder, todos os dias ele terá que conquistar uma mulher que será mesma que ele se casou.

E essas mulheres depois de um tempo, resolveram se ajudarem na arte de serem cada vez mais interessante para seus maridos, pois, alguns maridos, por causa do seu instinto de macho em querer fecundar muitas fêmeas, estavam sempre tentando pular a cerca. Então as mulheres, nessa reunião, resolveram ajudar os homens usando fantasias, se parecendo com outras mulheres para que eles sempre pensassem que estão fecundando várias mulheres, e os homens pudessem ter várias mulheres em uma só, e como isso o instinto do homem sempre estava intacto e no seu casamento ele sempre seria fiel.

Depois que tudo isso foi feito, tudo na aldeia seguia o seu curso na melhor maneira possível. Mas, cinco anos após o grande pacto sobre os casamentos a grande líder da nação morreu. Ela nunca se casou, não deve filhos, ela só se dedicava as questões da aldeia, ela costumava dizer que cada membro daquele lugar era um filho dela.

Mas, durante toda a sua vida ela escreveu livros sobre o modo de viver que queria implantar na aldeia. E já havia anos que implantou esse novo sistema onde as crianças seriam prioridade:

Depois que as mulheres tomaram o poder, cada criança começou a ser considerada como uma dádiva; e a criança voltou a ser o maior patrimônio que a aldeia tem.

Na aldeia, começou a ser ensinado que para se educar uma única criança toda a aldeia pode e deve participar; pois, eles entendem que, a criança pertence a esse lugar, a aldeia, e a aldeia, por sua vez, pertence a cada uma das crianças.

E o pai e a mãe de cada uma das crianças, têm apenas uma espécie de privilégio especial para cuidar mais de perto delas. Mas, por, as crianças confiarem, incondicionalmente, nos seus pais, então, por isso, eles precisam, ter muitas responsabilidades com essas crianças.

Por isso, a aldeia, só permite que o casal tenha um filho quando ele estiver absolutamente pronto para esse compromisso e para essa responsabilidade.

Então, os casais estudam, se educam e se preparam muito para essa responsabilidade toda.

Mas, após esse estudo todo, eles ainda fazem uma espécie de estágio por dois anos com os órfãos e outras crianças da aldeia.

Por isso que mesmo com todo esse estudo, com todo esse estágio, o casal só tem autorização da aldeia, e principalmente das anciãs que são muito zelosas, depois de no mínimo dois anos de casamento, ainda, se não houver um único desentendimento grave entre o casal; pois, nenhuma criança pode viver num lar hostil.

Sempre que um adulto da aldeia, e, principalmente seus pais, quando falam com uma criança se ajoelham para ficarem sempre na altura delas.

É uma norma da aldeia que os pais sejam capazes de responderem a todos as perguntas das crianças, por isso tem que estudar muito.

Quando os pais não sabem responder é totalmente proibido mentir ou inventar uma resposta, quando os pais não sabem responder tem que ir falar com as anciãs para pedir orientações.

Na aldeia tem muitos jogos e brincadeira educativas que servem para ensinar as crianças a conhecer as palavras e seus significados e como aplicar de maneira adequada para todos se entenderem.

E as crianças, depois que aprendem, através de estudos, através de convivência, e de brincadeiras e jogos, o significado o suficiente de palavras, é lhes ensinado a empatia, os pequenos, entendiam a importância de se por no lugar do outro; e todos eles aprendem a conversar: quando uma criança fala, a outra é ensinada que a outra deve ouvir com muita atenção para entender, nunca ninguém tem autorização de interromper quem fala, quem fala deve fazê-lo corretamente para que o outro entenda corretamente, quem fala nunca pode tentar induzir, deliberadamente ou sem querer, o outro a concordar com ele usando de emoção, gritos, gestos e qualquer outros subterfúgios, deve apenas expor o seu conceito ou argumento claramente, sempre o bom argumento deve sobressair, nunca uma conversa deve ser encarada com uma disputa, todos devem ganhar com essa conversa; e quem ouve tem o dever de prestar atenção para entender, senão é considerado uma falta de educação e respeito, nunca alguém pode falar uma coisa e a outra pessoa entender uma outra coisa não dita; quem ouve deve ajudar quem fala a falar da melhor forma, e quem fala deve ajudar a quem ouve ouvi-lo da melhor forma.

As crianças da aldeia, recebem entendimento que cada pessoa é um ser único por muitos motivos cada pessoa entende o mundo de uma maneira bem particular, por isso que as pessoas não devem esquecer disso quando está conversando com alguém para nunca ofender a pessoa, pois, cada um sente o mundo de um jeito; então, todos devem se pôr no lugar uns dos outros para respeitar e ser respeitado e aproveitar todos os benefícios das diferentes interpretações que cada pessoa faz da vida.

Na aldeia as crianças aprendem que precisam entender bem o significado de cada palavra para entender e ser entendido e para conseguir ver o mundo como o outro vê, ver o mundo com o olhar do outro, pois, assim aprendem a respeitar com mais facilidade e com mais verdade; pois, assim, podem, em todas as situações entenderem o porque as pessoas fazem as coisas erradas e podem ser corrigidas através do amor, carinho e compreensão e com isso a pessoa corrigida não verá quem a corrigir como um inimigo, mas com um amigo, como alguém que o ama verdadeiramente.

Nunca uma criança pode presenciar uma cena que a traumatize ou a faça acreditar que é normal as coisas erradas.

Quando o casal estiver com a criança, é exigido que nunca, em hipótese alguma, o casal poderá brigar na frente da criança, se houver um caso em que não se entendam, devem esperar uma oportunidade para estarem em um lugar que nenhuma criança presencie o desentendimento e resolvam a questão da melhor maneira possível.

Mas, se não conseguirem resolver a questão, terão que ir à presença das anciãs para que elas decidam quem têm razão.

Como toda a aldeia, toda a vida da aldeia, tudo o que a aldeia faz, gira em torno das crianças, aliás, a aldeia só existe por causa da presença das crianças, a alma da aldeia e a alma das crianças são uma única coisa, dizem as anciãs.

É, por isso que os pais só trabalham cinco horas por dia, um dia sim e o outro não para: cuidar, ensinar, educar, brincar e fazer com que as crianças sejam felizes e, os pais, serem felizes com ela e com a aldeia toda, em uma perfeita harmonia.

Nunca alguém pode ficar infeliz perto de uma criança.

A busca e a manutenção da felicidade são incentivadas sempre, mas tem umas regras obrigatórias para todos os habitantes dessa aldeia: se alguém não consegue ser feliz tem que fingir que é quando estão perto das crianças; é por isso que toda a aldeia ajuda a cada habitante a resolver a cada problema pessoal 'de cada um, o problema de uma pessoa é um problema de toda a aldeia.

Para o benefício das crianças, as pessoas nunca demonstram "carinhos normais" e nem "carinhos com conotação sexual" na frente das crianças, nunca, nem os pais das crianças podem fazer isso para não estimularem a imaginação e as crianças se concentrarem somente em brincar, aprender e se preparar para a vida coletiva na aldeia. As anciãs, acreditam que todos os comportamentos com conotação sexual devem ser restritos aos ambientes que as crianças sejam protegidas da curiosidade, da imaginação e da vontade de sempre copiar os adultos e principalmente os seus pais. Por isso todos os tipos de casais: hétero e homo devem ter muito cuidados, nenhuma criança deve conhecer essas coisas antes de terem maturidade para se relacionarem com esses conceitos, só quando uma pessoa tiver condições de entender e escolher suas condutas serão apresentados as coisas de adultos a elas. As anciãs acreditam que se uma criança vir e conviver com uma situação, e essa situação lhe parecer "normal, comum ou divertida" ela vai querer brincar, pois, vai lhe chamar a atenção e isso pode influenciar suas mentes imaturas, então as crianças só poderão saber de certas coisas só quando puderem "se defender" das coisas do mundo dos adultos. Por isso que as crianças são influenciadas a raciocinar, por isso aprendem os significados de todas as palavras apropriadas a sua maturidade. Então existem muitas brincadeiras que ensinam as crianças a serem cada vez mais inteligentes, independentes e experientes.

As anciãs da aldeia às vezes vão às casas das pessoas e brincam com as crianças e fazem eles agirem com bonecos para simularem com é o dia à dia deles em família, eles até perguntam com os pais tocam neles para ver se os pais abusam sexualmente dos pequenos inocentes.

Na aldeia, quando as anciãs começaram a administrar, todos os empregos ficam perto das casas dos trabalhadores, a aldeia foi reconstruída de um modo tão genial que tudo fica próximo, todas as famílias moram perto, para sobrar mais tempo para viverem e aprenderem tudo o que é importante passar aos seus filhos, com isso nem precisa de carros, tudo pode ser feito a pé, até porque as anciãs dizem que é melhor "andar à pé" para fazer exercícios e irem conversando sobre coisas úteis pelos caminho e aprendendo mais palavras para ajudar na compreensão das ideias e dos conceitos e poder ensinar melhor as crianças para ajudar elas a se defenderem de todo o mal e todo o mau.

As anciãs ensinaram a todos na aldeia, que as pessoas, não nasceram apenas para trabalhar e comprar coisas. Elas ensinaram que as pessoas nasceram para viverem felizes e para se preparem para serem pai e ou mães, e, cuidarem de seus filhos. Nasceram para amar e educar, para brincar e fazer a criança feliz. Foi exatamente por esse motivo que nasceu os pais da criança, senão nem seria necessária essa pessoa nascer, um pai que não faz isso nem deveria nascer. Toda vez que nasce uma criança nasce um pai e nasce uma mãe.

As anciãs, ensinaram que número de trabalho deve ser dividido pelo número de trabalhadores e ninguém deve trabalhar mais nem menos do que o outro para não faltar trabalho para o outro, pois, todos tem o direito ao trabalho e o dever de trabalhar, mesmo que nessa divisão só dê para cada habitante trabalhar cinco horas por dia um dia sim e um dia não.

As anciãs sugeriram que ninguém se preocupassem demais com o amanhã, que vivessem um dia de cada vez, sem se preocuparem com ter muitas posses materiais, que se preocupassem com a justiça e a felicidade de cada um dos habitantes.

As anciãs, ajudaram o povo a fazerem o bem ao coletivo; com as anciãs todas entenderam que a aldeia pertence a todos os habitantes, e que cada habitante dela tem o dever e o direito de trabalhar para o bem de todos, e todos os habitantes têm o direito e o dever de serem felizes, então toda a aldeia se preocupa com toda a aldeia, o bem-estar de cada individuo é responsabilidade de cada individuo da aldeia, e todos os individuo devem levar muito a sério essa responsabilidade e esse direito.

#Por causa da quantidade de pessoas, principalmente de crianças, que morrem por causa da poluição do ar, as anciãs aconselharam e todos da aldeia concordaram em não usarem mais carros, e todos os carros da aldeia foram doados para serem transformados em vagões e trilhos de trens. Todos os habitantes se ofereceram para construírem os trilhos e na sua manutenção. E foi decididos que todas as coisas públicas eram para o bem de todos e todos seriam responsáveis em cuidar para sobrar mais recursos para cuidar das crianças e dos idosos.#

%As anciãs, proibiram que as crianças presenciem a infelicidade de qualquer pessoa, por isso que todos que tem algum problema tem que falar com as anciãs para serem ajudados, se não conseguirem resolver, elas, as anciãs, convocam toda a aldeia para ajudar a resolver o problema. Quando as pessoas não conseguem resolver algum tipo de problema ou questão complicada, mesmo quando as anciãs participam, as crianças são convidadas a ajudarem, dependendo do caso, simulam uma brincadeira ou jogo e as crianças são introduzidas e lhes são perguntadas o que elas fariam em seguida, e em muitos casos acham-se as respostas com esses pequenos sábios.%

Na aldeia fumar e beber são considerados como suicídio, por isso as pessoas são orientadas não praticarem esses hábitos, pois, podem influenciar as crianças. E os pais praticantes podem morrer por causa das doenças vindas desses venenos e as crianças não podem ficar sem os pais, senão elas sofrem, e lá na aldeia é proibido deixar uma criança sofrer.

Por isso que eu digo que toda a vida da aldeia é voltada para o bem-estar das crianças.

Mas como tem algumas pessoas que não conseguem ficar sem esses hábitos ruins; as anciãs, permitiu algumas, em pequenas exceções; então, possam fazer uso dessas drogas, se for extremamente bem escondido em lugares "apropriados" como uma espécie de clube.

Mas todos os membros desse "clube" devem fazer terapia para se livrar desses hábitos ruins.

O interessante é que todo ano tem uma data especial para um grande festival de comemoração e o povo todo agradece aos que fazem esse ritual suicida longe das crianças. E esse é um dos motivos que a criança é filha de toda a aldeia, por causa da atitude de pais como esses; e assim é feito para que, como isso a criança não se sentirá "tão órfão" quando os pais delas se matarem pelos hábitos ruins ou por mortes naturais.

&Por isso que todos os atos, as atitudes e comportamentos das pessoas são observados cuidadosamente por todos; todo mundo cuida um dos outros o tempo todo simultâneo e mutuamente visando o bem comum, por causa, em especial, das crianças.

Os pais são, por causa das crianças, aconselhados a nunca fazerem nenhuma coisa errada.&

&&E os pais ainda são aconselhados e estimulados a fazerem tudo corretamente: só falar assunto importantes e edificantes, nunca é permitido fazer fofocas e nem falar mal de alguém, então as pessoas são aconselhadas a terem a percepção correta, o pensamento correto, a fala correta, o comportamento correto, o meio de vida correto, o esforço correto, a atenção e a concentração correta em todas as circunstâncias; ainda devem comer alimento saudáveis na quantidade correta, fazer os exercícios necessários à boa saúde para serem bons exemplos e para poderem, sendo saudáveis, cuidar melhor das crianças.&&

Nunca, na presença de uma criança, se pode falar mal de alguém, as pessoas até podem fazer isso dessa prática, mas só nos clubes de maus comportamentos, e mesmo assim todos terão que fazer terapia para curar esse vício estranho.

A aldeia se preocupa tanto com cada criança que, com as orientações das anciãs, decidiram que nunca uma criança fique sozinha com apenas um adulto, mesmo sendo o pai dela, no mínimo é necessária duas pessoas, pois, não se consegue perceber se alguém tem alguma doença mental e possa surtar e fazer maldade a uma criança, ou ainda uma doença de caráter, de comportamento, de maldade ou até mesmo por "forças desconhecidas"; pois, para a aldeia, uma criança é preciosa demais para correr esse risco de ser morta ou violentada e ter traumas físicos ou psicológico por esses agressores.

Então, pôr as crianças nunca serem capazes de se defenderem sozinhas todo o cuidado será dado a sua proteção. Toda a aldeia não mede esforços para o bem-estar das crianças.

As anciãs, para ajudar a proteger as crianças, prepararam todo um aparato para auxiliar os pais que tem essas doenças mentais, ou de caráter e/ou de comportamentos para se tratarem; ensinaram que essas coisas podem está dentro de algumas pessoas, então devem se tratarem e há uma gama enorme de como ajudar nesses casos. As anciãs escreveram cartilhas com todos os sinais que as pessoas ao perceberem devem se afastarem imediatamente da criança e irem à presença das anciãs para serem ajudados, por isso, que no final dessas cartilhas estão escritos que se alguém fizer qualquer mau a uma criança seria melhor que a pessoa nem tivesse nascido. Pois, observando atentamente os sinais têm a possibilidade de serem ajudadas. Depois de vários tratamentos se essas pessoas não conseguirem ser curadas, podem ser ajudadas a se controlarem fazendo uma espécie de teatro, pois, nas peças encenadas: serão tão bem produzidas que as pessoas serão atores parecendo que vivem algo parecido com a realidade e podem transformar a doença e o comportamento inadequado em arte e em satisfação e alivio dessa necessidade esquisita; e, com isso não fazerem mau as crianças. Tem também uma peça teatral que são usadas por pessoas que tem doenças mentais, de caráter duvidoso e de comportamento estranho, como: pessoas que usam os carros de transporte coletivos da aldeia para ficarem com seus corpos "colados" aos das mulheres se aproveitando para alivio sexual e também para dar alivio a comportamentos estranhos, e, a de necessidades de subjugar as mulheres. As anciãs observaram que muitas mulheres gostam que esses homens façam essas esquisitices com elas, muitas confirmam isso, outras mulheres nem sabem que gostam, algumas até pensam que não gostam. As anciãs disseram ainda que tem muitas dessas pessoas, homens e mulheres, que gostam de serem observados enquanto praticam essas cenas esquisitas e ainda tem os voyeur que gostam de observar essas esquisitices. Por isso que toda a aldeia concordou em fazer um teatro que o palco simula um carro coletivo e os homens que "precisam ou querem esses alívios" e as mulheres que querem também, e, as mulheres voluntárias que querem colaborar só para o bem das crianças, participam dessas encenações simulando, como se fosse mesmo um acontecimento real no carro coletivo. O interessante é que as anciãs sugeriram que a parte da plateia fosse tampada com um vidro que só a plateia pudesse ver quem está no palco e quem está no palco não possa ver quem está na plateia para que eles possam assistir(voyeur) tudo isso para aliviar suas esquisitices e doenças de caráter e de comportamentos. As anciãs, disseram que permitiriam esses comportamentos estranhos e de mal gosto porque isso está na essência humana e para que isso fosse extravasado bem longe das crianças para poupar elas de verem isso e achar que é "normal ou comum" e fazerem igual; e, isso foi permitido somente para proteger as crianças dos adultos com esses comportamentos. as anciãs, permitiram que todas as pessoas, que fizessem parte desse teatro, se preferissem, pudessem usar mascaras para que ninguém as identificassem, pois, ninguém precisaria se expor; eles só queriam mesmo protegerem as crianças.

O interessante é que as pessoas que têm esse tipo de comportamentos inadequados não são discriminadas na aldeia, o povo da aldeia os veem como heróis, e agradecem e prestam homenagens em todas as oportunidades, pois, lhes são muito gratos, porque mesmo eles sendo o que são: "maus", aceitam fazer essas esquisitices bem longe das crianças, das deles mesmo, das crianças da aldeia e principalmente das suas, por isso o povo fica feliz com a atitude deles, pois, entendem que para quem é "mau" fazer o errado longe das crianças é um gesto muito complicado; fazer o correto é simples apenas para uma pessoa boa, mas muito difícil aos "maus" por isso tanta gratidão do povo da aldeia aos esquisitos.

-- As pessoas que tem a doença do racismo também usam esse teatro, depois que todas as terapias falham, e essas pessoas não conseguiram amar os diferentes delas. Pois, na frente dos inocentes, eles fingem que não tem a doença do racismo para não influenciar as crianças; mas no teatro eles se pintam, usam perucas, puxam os olhinhos, fazem varias alterações para a peça e tem o alívio que necessitam para parecerem melhores do que são, na verdade. Eles se xingam, se ofendem, gritam, falam tudo para o outro que odeiam. Mas quando acaba a peça eles ficam tão aliviados e felizes que quando saem do teatro estão tão leves e em paz que nem percebem que se odeiam e andam conversando por quilômetros, só no outro dia que se lembram que se odeiam e tem que fingirem amor perto das crianças e o fazem até a próxima peça. Algumas, dessas pessoas tentam tanto melhorar de verdade que, às vezes, fazem o papel da pessoa e da etnia que menos tolera e se transvertem delas, o ouvem todo o tipo de insultos que fariam e o fazem em outras apresentações, e isso os aliviam e eles conseguem fingir na presença das crianças. Mas muitas dessas pessoas esquisitas, às vezes, surpreendem as anciãs dizendo que não precisam mais fingir, que foram curadas por causa do teatro, pois, se colocaram no lugar do outro na peça; e eles se imaginaram como que seria se alguém falasse assim com os filhos deles e pensaram: "essa pessoa também tem um pai e para o pai dele também não seria fácil imaginar seus filhos sendo ofendidos", então, eles se curam da doença do racismo. E alguns imaginaram os filhos deles sendo ofendido pôr os filhos dos outros pais que também são racistas e acharam que tudo isso é uma bobagem e começaram a se curar e lutaram contra esse preconceito para protegerem os seus filhos da intolerância. Alguns pais imaginaram "se por acaso a minoria que ele odeia se tornasse a maioria?", então pensaram que não valia a pena ser esse tipo de pessoa, e, por amor as crianças da etnia dele e de todas as etnias se curaram imediatamente.

O interessante que as pessoas perceberam que quando elas faziam tudo isso por causa da inocência das crianças elas mesmas estavam sendo beneficiadas por essas atitudes deles mesmo. A criança, com sua inocência salvou a aldeia toda.

As anciãs, acreditam que toda a aldeia deva trabalhar cada vez menos, então, todos os esforços dos inventores são solicitados para que fabriquem máquinas e ferramentas; que desenvolvam novos planos e técnicas de plantio mais eficientes para que tenham mais comida para todos os habitantes com menos esforços e com menos trabalhadores para que sobre mais tempo para que o povo viva bem e com conforto que sejam mais felizes; por isso é necessário a construção de muitos celeiros e galpões para guardar todo o estoque de alimentos para toda a aldeia.

E com esse tempo economizado ainda sobrará mais tempo para os habitantes da aldeia ensinar os outros povos como formar uma aldeia como a deles.

As anciãs, muito preocupados com as atitudes dos povos vizinhos (pois, os filhos deles podem, por diversos motivos, fazer mal aos seus filhos da aldeia), então eles saem da aldeia para darem palestras em cidades grandes que têm problemas sociais graves e ajudam a resolverem; uma vez eles foram em uma cidade muito mal administrada onde havia muita corrupção, má vontade politica, desmandos, injustiças sociais e falta de humanismo e isso gerava um caos em toda a sociedade, havia bairros de ricos e bairro de pobres, esses pobres sobreviviam em morros onde havia traficantes de drogas muito bem armados que subjugada os moradores e aliciava seus filhos para toda sorte de coisas ruins, a área não tinha bom acesso para a polícia (boa parte conivente ou integrante de milícias), ambulância, bombeiro e etc, pois, não havia ruas. Então, as anciãs, sabendo que jamais os governos iriam resolver a questão: uns por incompetência, outro por falta de vontade, outros ainda por serem bandidos, então, as anciãs, convocaram toda a aldeia deles e todos as pessoas dessa cidade para por abaixo todas as casas desse morro e reconstruíram toda uma vila com muitas ruas largas, com muitíssimo prédio, e toda a estrutura para ser possível cuidar das pessoas: escolas, fabricas, lojas e outras coisas...

As anciãs entendem que uma sociedade doente cria,habitantes doentes, então eles ensinam que todos precisam ter um trabalho...

Porque nessa cidade reconstruída as anciãs ensinaram que todas as pessoas deveriam estudar bem o idioma para que todos pudessem se entenderem para resolverem seus próprios problemas com a ajuda de todos, então eles pediram para cada pessoa que sabia falar bem a língua, que ensinasse uma pessoa que não soubesse, que fizesse isso por um mês, e depois cada um que aprender fizesse o mesmo com outra pessoa até que todos fossem fluentes. A ideia desse plano era que quando todos fossem capazes de entender a vida, o mundo, a sociedade e a si mesmo pudessem viver em paz, lutando por seus direito e deveres procurando a justiça, a felicidade e o amor de todos. Para as anciãs, todos os problemas do mundo se resume na questão de que cada pessoa não conhecem a si mesmo, e nem entendem a situação de morar em sociedade por dificuldade de entender o que é a justiça e a felicidade; e que tudo de ruim tem a sua origem no fato das pessoas não entenderem os significados das palavras, das ideias e dos pensamentos, pois, em assim sendo não podem entender quem fala e nem falar corretamente para quem ouve entender suas ideias e resolverem todas as questões com justiça, sabedoria e amor na busca para a felicidade coletiva.

Mas, para isso tudo ter bons resultados, iria ser necessário muitas brincadeiras, muito jogos e teriam que desenvolverem muito a criatividade de todos para essa demanda, e isso iria levar muito tempo, consumir muita paciência e muita energia dos pais e de todos os adultos, por isso as anciãs, como sempre tiveram uma ideia muito boa, elas lembraram que a brincadeira que as crianças mais gostam de brincar é a de imitar os adultos, em especial os seus pais; então, a partir daquela data todos os adultos, iriam, perto das crianças, ter somente atitudes corretas. Assim todas as crianças, quando fossem brincar de imitar os seus pais, iriam começar a aprender a fazer as coisas corretamente; e tudo isso seria feito sem muitos esforços; e todas as atitudes dos adultos foram revisadas e melhoradas muito em prol desse ideal. E todos acharam muito mais fácil ensinar assim dessa maneira, pelo o exemplo, pois, quando falavam para as crianças que uma coisa tinha que ser feita de um jeito e eles faziam de outro jeito bem diferente do que foi ensinado, isso não fazia muito sentido para as crianças e elas sempre acharam melhor imitar como eram feita as coisa efetivamente.

E as anciãs, tiveram uma outra boa ideia, para influenciar os filhos a querer ser sempre mais infantil e agisse conforma a idade de cada qual, e tentar ser menos adulto quando não por o tempo certo: então, ensinaram aos pais, sempre que eles pudessem, brincar de serem crianças, para que os seus filhos, sempre quererem ser como a sua idade exige. E os adultos, quando brincavam de serem crianças, o faziam com muita alegria, faziam isso para ajudarem a todos a perceberem que o bom mesmo é ser criança, indecentemente da idade das pessoas.

E todos gostaram muito dessa sugestão, pois, brincar com seus filhos e ainda poderem ser como crianças novamente era muito bom, talvez a melhor parte do dia. E perceberam o bem que tudo isso lhe faziam, e ficaram muito gratos as crianças por terem que suprirem suas as necessidades e as carências e terem que cuidar delas; e todos perceberam com é maravilhoso ser o pai ou mãe, e que, é bem melhor ainda poder ser criança outra vez, junto com os seus filhos, e para povo dessa aldeia ser pai não é uma obrigação, é um prazer; e cuidar dos filhos é muito bom.

Até na hora de se alimentar os adultos começaram a fazer tudo corretamente, pois, como sempre eram imitados, as crianças não comiam o que lhes mandavam comer, pois, no começo, os pais mandavam as crianças comer os alimentos saudáveis, mas, eles mesmos não comiam esses alimentos, comiam outros e os pequenos queriam comer os mesmos alimentos que eles. Foi Por isso que os pais começaram a comer corretamente, com produtos saudáveis, na quantidade certa e na hora certa e ensinava para as crianças que alguns alimentos, mesmo não sendo muitos gostosos, precisariam ser comidos para ter boa saúde e ficar forte e crescer e não ficar doente e precisar tomar injeção. E elas imitavam entendendo que precisavam comer a quantidade correta de todos os alimentos sem dar preferencias os mais gostosos, pois, devem comer a quantidade correta independentemente do sabor, e o sabor não é um critério para um alimento ser comido.

E o interessante é que os adultos, ficaram muito gratos as crianças porque eles jamais começariam fazer isso se não fossem por causa das crianças, e como eles perceberam que comer corretamente lhe fizeram muito bem, tinham mais um motivo para amarem cada vez mais as crianças e as anciãs por elas orientarem sempre o povo da aldeia da melhor forma.

Inclusive, foi orientado pelas anciãs, que as pessoas não iriam poder mais fazer uso de bebidas alcoólicas na presença das crianças, pois, os pais beberiam quando queriam comemorar, bebiam quando estava tristes, bebiam por qualquer motivo e isso deixava as crianças com muita vontade de experimentar, com muita vontade de imitar as suas atitudes e isso faziam eles experimentar quando seus pais não estavam em casa. E quando eram já adolescentes não perdiam oportunidades de falarem uso dessa substância que faz muito mal ao corpo e a sociedade como um todo por suas várias questões já muito sabida por todos.

E como os adultos precisavam ser pais, eles não poderiam trabalhar por mais de cinco horas por dia, um dia sim e o outro não, senão eles jamais poderiam ser bons pais e dar tudo que a criança precisa.

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Uma das anciãs, a mais velha, certa vez, descobriu uma coisa muito importante, ela questionou, se todas as crianças são, na sua essência, filhos da aldeia, então todas elas, as crianças, são irmãs, e todos os pais são parentes uns dos outros, e também, cada habitante da aldeia é da mesma família de todos os outros aldeões.

Uma outra anciã, percebeu isso da mesma maneira, e ainda disse, que O grande Mistério também é uma espécie de Pai da aldeia, então Ele é o avó de todas as crianças e todos na aldeia são filhos do Grande Mistério e eles tem mais esse grande motivo para se considerarem todos irmãos.

Quando isso foi melhor assimilado por todos na aldeia, o amor deles, uns pelos os outros, aumentava cada vez mais. Essa atitude deles, esse entendimento todo, ajudou eles a serem mais cooperativos uns com os outros, e cada um oferecia todos os seus bens a todos.

E essa grande descoberta, e isso tudo que aconteceu, fez com que cada aldeão compartilhasse mais ainda seus bens com todos seus irmãos da aldeia.

E os habitantes começaram a perceber que eles eram muito ricos, pois, eles tinham todos os recursos e bens de toda a aldeia para ele, para sua família, e para a família geral de cada irmão da aldeia. Perceberam que como isso eles poderiam trabalhar menos e poderiam viver mais e ficar mais tempo com as famílias deles e ainda iriam produzirem menos lixo; e ficaram muito gratos as crianças por elas ajudarem todos a descobrirem isso tudo.

Na aldeia quando alguém precisa de uma casa ou outra algo, todos o ajudam a fazer o que é necessário imediatamente. Uma característica desse lugar é que cada um conseguem se pôr no lugar do outro que precisa de algo e faz com o outro o que gostariam que fizessem por alguém que ama, e esse sentimento faz com que todos sejam pessoas muito amáveis.

Esse povo realmente se comportam como se fossem irmão, como se todos fossem mesmo de uma única família.

de Isaías Amorim

POETA ISAÍAS AMORIM
Enviado por POETA ISAÍAS AMORIM em 27/05/2019
Reeditado em 29/06/2019
Código do texto: T6657771
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