BUKOWSKI-SE

"ALGUMAS PESSOAS NUNCA ENLOUQUECEM. QUE VIDA HORRÍVEL ELAS DEVEM LEVAR". Henry Charles Bukowski Jr. (1920-1994).

Bukowski era obsceno e chega até certas partes ser ridículo em sua marginalidade. Mas nunca, reitero nunca, pode-se chamá-lo de: mentiroso, superficial, raso ou medíocre. Vivia ele num mundo assim lutando por causa alguma, por padrão nenhum e nenhuma outra forma de mercantilismo (O qual abominava), e sempre desrespeitado, fugindo do convívio que denomina "social". Nascido na Alemanha o "velho safado" fascinou gerações, aqueles que sempre buscavam uma obra com a qual pudessem se identificar. Isso era Bukowski, vulgo "Buk". Sua escrita caótica e vida semelhante aos prolíficos como Honoré de Balzac e o jovem Shakespeare: Arthur Rimbaud.

Sendo sempre o penúltimo a ser escolhido para o time de beisebol. Abandonou temporariamente a escola devido inflamações na pele que cobriam seu rosto e toda a parte superior do corpo, piorando as coisas, Bukowski não tinha nada de especial em sua infância e nas que mantinha na mente quase nada importava à outros. Em 1939 começa a cursar jornalismo; ganha uma máquina de escrever do seu pai (soldado teuto-americano Heinrich Bukowski), assim... Logo Bukowski Jr começa a escrever. Começa um legado quase que excepcional até os dias de hoje, um daqueles artistas único. Porém é expulso de casa devido seus contos, passa a morar em pensões e sem emprego (Que é a dignidade de um homem). Desiste da enfadonha faculdade e consegue ser carteiro. Bebe como louco e escreve como um também, sempre recusado nas editoras dos Estados Unidos. 26 anos sem Bukowski retratou o último dia 9; poeta, contista, alucinado, sincero, canalha, incompreendido, louco, visionário, teimoso, não patrocinado, póstumo.

Sua influência era o pessimismo como um gênio de Fiódor Dostoiévski, tinha Ernest Hemingway pelos aforismos. Bukowski era autobiográfico, de um exagero ao extremo em certas feitas, mais cabe um cara assim do lado ao engano de ter a besta volúvel de todos os dias enganadora. Sonhou a vida inteira em ser reconhecido pelo seu trabalho como Escritor. Agressivo, solitário, bêbado e inconformado. Para pessoas assim que enlouquecem na vida é fácil escrever, se deixar levar pelo instinto e sem medo nenhum de levar reprovas, olhares tortos e julgos. Está aí, mais um homem póstumo como diria Nietzsche. Sem auxílio algum como conta as histórias dos grandes homens. Mas todo dia 9 de Março será lembrado, é até engraçado porque é um dia após "o dia internacional das mulheres". O velho está presente em álbuns, letras, músicas entre as quais nada mais que Guns N' Roses (Nightrain), U2 (Dirty Day), Red Hot Chilli Pepers (Mellowship Slinky in B Major) entre outras, quer mais eternidade que isso velho safado, seu sonho foi realizado, sorria e fuma um bom cigarro. Deixo indicações de livros e um pouco da vida de um Escritor, de um cara sensacional! Ao menos dentro de uma visão anterior à sua vida física é claro; leiam Charles Bukowski.

Mulheres (1978)

Misto Quente (1982)

Cartas na Rua (1971)

PS: E as extraordinárias frases. Obrigado Buk, leio e releio você para então continuar, e não dar atenção nenhuma a essa merda de mundo quando ecoa diante de meus sinceros sonhos.