O QUE PENSO DA RELIGIÃO E DEUS

A religiosidade é inata ao ser humano, queiramos ou não.

Leva a vida de um animal selvagem quem descredibiliza essa premissa, já que sem ela é impossível estabelecer um padrão de ética, de moral ou ainda torna-se impossível diferenciar os “actos humanos dos actos do homem”.

A abordagem do “problema religioso” é tão antiga que as vezes julgamo-la fatídica em debates, tudo porque ignoramos quem está por detrás das maravilhas que vemos e vivemos “DEUS”.

Este procedimento compromete a essência da religião e se as IGREJAS nada fizerem, estará em risco a religiosidade do ser humano, o que será um risco eminente para a normalidade da convivência do homem na terra.

Nos últimos tempos vemos amadores em ciência e até mesmo cientistas desafiarem ou questionarem a existência Divina e quase saem-se bem, porque a igreja tornou-se meditabunda para esta situação. Se a igreja nada fizer, ninguém o fará e podem crer, Deus desaparecerá dos corações de muitas pessoas, tudo porque maior parte acredita e não crer.

Muitas vezes o que dá lugar a situações como estas são os objectivos pelos quais muitas igrejas são criadas, as formas de “aquisição” de crentes e de fundos, sem esquecer do facto de que muitos líderes religiosos criam uma figura sobre Deus e não dizem o que ELE realmente é (a razão enfatiza essa tendência).

Afinal o que é a religião? Quem é Deus e qual é o seu verdadeiro nome? Qual é a verdadeira igreja? Porquê existe o mal?

Estas questões são eternas. Não precisamos de vários anos de escolaridade para perceber que o são. O resto, além de constrangedor é fruto da razão. Deus só será realmente conhecido quando despojarmos a fé de tudo que é racional, ou seja, quando encararmos Deus acima do que aprendemos nas igrejas, no seio familiar e social.

Seu nome é unificador, por isso não entendo que homens de diferentes profissões religiosas estejam de costas viradas. Eloin, Deus, Jeová, Senhor ou outro atributo não importam, pois ELE é. Quem assim age quebra a sua confiança e não crê nele sob todas as formas e modos. Restringe-o, desobedece ao mandamento “amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo”.

O homem sem Deus é uma aberração e perde o sentido existencial.

Alguns cépticos e derrotistas questionam-se a respeito do que seria Deus sem o homem, mas na minha mais humilde forma de pensar, julgo que é uma tendência fracassada de inverter a mesma, ou seja, o que seria do homem sem Deus?

Na verdade sabemos que Deus sempre foi e será, alem do tempo e da tangilidade das coisas. Antes de tudo ele é. Certamente é o homem quem não teria um destino certo sem Deus.

É preciso ter fé. Por mais académicos que sejamos é importante considerar que Deus é unicamente objecto de crença e não de raciocínio, se tivermos em conta o muro que separa a ciência da religião, o em si do para si, o atingível do inatingível, por assim dizer.

Nenhum homem está em condições de julgar a fé de outrem, pois essa atitude significaria substituir Deus. Por essa razão quando me questionam sobre a verdadeira religião, apenas refiro que toda tendência religiosa que visa aproximar os homens uns dos outros e que pregue a salvação em nome de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, para chegar ao PAI é verdadeira.

Como sabemos, a grande e profunda missão da igreja é a pacificação das almas corrompidas e um consequente redireccionamento das acções, tendendo aproximar cada vez mais o homem de Deus, independentemente de que os requisitos para esta aproximação sejam quase “inatingíveis”, pela nossa condição de pecadores.

É através dela que devemos procurar o sentido dos enigmas, da vida e da morte, do bem e do mal. Deus é e sempre será bom. Fez-nos a sua imagem e semelhança e “para que o mal não triunfe é necessário que os bons não o pratiquem”.

A vida é um ciclo e nesta premissa até a ciência está de acordo. O espaço físico é limitado e a capacidade de albergar populações é cada vez mais diminuta, em função das transformações que nele ocorre. A morte faz parte da necessidade de equilibrar o mundo.

Acredito que Deus preparou para todos um destino risonho, a felicidade, mas em contrapartida estabeleceu um muro entre ela e o homem (o que se deve fazer para alcança-la).

A título de esclarecimento deste antepenúltimo parágrafo, refiro que não se pode querer ser médico se nem sequer passamos por escolas de especialização, ou ser engenheiro se fica o dia todo sentado em casa.

Neste contexto, a ocasião faz-nos e precisamos de crer nisto, sem abdicar da nossa fé e determinação.