Cafeína e um pouco de sorte

"Cafeína e um pouco de sorte

Mas é só a marca do cigarro. No ponto. De bala. De histeria.

Aqui sozinho num dos meus passatempos prediletos;

Café e cigarros e perguntas sem respostas. Solidão imposta.

A caneta emprestada de uma reunião informal. "Não vou demorar".

Rabiscos apressados. Não fui convicente. Vou devolve-la.

Acabou o café, vou embora, vou tentar não ouvir os gritos dos ponteiros, nem profanar o silêncio do meu vazio. Não vou correr. Quero respirar hoje. Mas esse ar. Rasga e seca e torna tudo mais...asmático.

Tudo tão frenético e é noite e cintilam luzes, e faróis e tudo brilha e pisca e chama, mas não meu nome, não à mim. Solas gastas deslizam e deslizam e o senhor alucinado à cada ônibus pergunta o destino, mas quem sabe do Destino? e diz que o seu é aquele que vêm bondoso e bonito. Mas esse não passa. O meu passa. Eu vou, e fui, ele fica, pra onde vai? Vai? Não sei. Já fui, cheguei, voltei, não o vi mais.

No mais?

Continua...seco."