ENSAIO SOBRE O HINO SEIS HORAS DA MANHÃ

(#27 CRUZEIRO UNIVERSAL – MESTRE IRINEU)

Respeitando e obedecendo aos estatutos divinos com a devida permissão e licença divinas para somar ao entendimento do hino 27 Seis horas da manhã do hinário Cruzeiro Universal com o objetivo de contribuir com a prática do fortalecimento do trabalho da doutrina em especial para aqueles que tem em si a semente de uma prática disciplinar mais profunda e anseia o entendimento das entrelinhas das expressões objetivas da leitura do hinário, nesta parte que nos cabe a estes respondemos, apresentando o estudo a luz da consciência enfatizando que o que for dito através desta expressão objetiva deve ser testado por si próprio com objetivo de esclarecer e enriquecer seus conhecimentos com a prática evitando assim qualquer cristalização e consequente dogmatização deste ensinamento. Para florescimento de um real enriquecimento interior para progredirmos iluminadamente nesta estrada em busca do conhecimento superior, aprender por si é fundamental.

“Aprender com perfeição para poder ensinar” palavras de simples e pura sabedoria coroa com a humilde tarefa de ensinar para aprender ainda mais, visto que realmente se ensina quando estamos de fato aprendendo, se estamos ensinando e não há um aprendizado para quem ensina de certo quem está na posição de ouvinte e aluno também não está genuinamente aprendendo. Com a devida ciência esta é uma via de mão dupla e de forma geral toda expressão divina, neste caso o referido hino em particular, está em consonância às leis da natureza, neste caso o hino descreve com simplicidade as leis físicas que regem os astros: a terra e o sol, descrevendo a harmonia legítima e perfeita expressão da divindade tornando o hino um legítimo ensinamento da doutrina. Com esta percepção estamos rumando ao caminho iluminado do eterno aprendizado. Para sermos mais objetivos, os horários expressos no hino dizem respeito aos pontos chaves de maior pico de captação e emissão de energia que estão em consonância com a posição dos astros, em se tratando do hemisfério sul da PRECISA REGIÃO da qual está sendo escrito e captado está informação, temos como referência central a constelação do Cruzeiro do Sul.

Às horas citadas no hino, 6:00 h, 12:00 h e 18:00 h, instrui o magnetismo favorável do nascer do sol, de sua passagem pelo meridiano e seu declínio no horizonte, portanto denominamos os horários esotéricos em que devemos focar nossa atenção. A emissão de vibrações mentais de positividade e conseqüente prosperidade geram energias que são captadas em forma de fortalecimento para todas às pessoas que compõem a corrente espiritual, na medida em que nos conscientizamos do sentimento de integração e pertencimento a esta. A participação ativa possibilita a captação e conexão da energia de proteção da egrégora da doutrina, desde as dimensões macro que corresponde a doutrina em sua extensão nos planos superiores da espiritualidade, a corte celestial, como na dimensão simbólica institucional em termos das leis que legitimam sua existência no plano terrestre formado por todas as consciências que participaram e participam deste processo simbólico, como na dimensão micro que corresponde ao grupo que nos identificamos como membro integrante, como por exemplo, um simples grupo de oração de determinada igreja. Entende-se por egrégora de maneira geral, a associação de pessoas que se identificam como um grupo de mesmo objetivo, constituindo no plano psíquico um campo de energia que com o tempo adquire vida própria e passa orientar o comportamento do grupo.

A egrégora da doutrina é um campo energético bem definido que corporifica todos os princípios e ideais do cristianismo concebido pelo Mestre Irineu, todos os membros inclusive desencarnados de certa forma continuam vibrando energeticamente neste campo energético através de seus votos sagrados firmados e estabelecidos. Esta canalização nos capacita gradualmente nos formando legítimos trabalhadores espirituais, ou seja, instrumento da vontade de Deus, esta percepção amadurece nosso sentimento de impessoalidade como simples cumpridores e reguladores dos estatutos divinos. Para desenvolvermos esta prática de comunhão é preciso disciplina, mas antes disso, ou melhor, antes de estabelecer esta prática somos convidados à participar percebido por nós, pelo sentimento de prazer e alegria em executar espontaneamente esta tarefa, só com o devido amadurecimento ancoramos como prática disciplinar em nosso cotidiano, e compreendendo a infinita sabedoria e misericórdia divinas, quando não dá possibilidade de executar a tarefa, recomenda-se que devemos procurar realizar de forma imediata mediante o exame da consciência, desejando sinceramente em nosso coração e rogando à Deus pela oportunidade de nos fortalecer para executar esta tarefa com perfeição, com desejo sincero de fazer parte desta egrégora sempre na hora correta, de forma correta, compreendo e sentido no coração todas as palavras expressadas verbalmente ou mentalmente com sentimento de gratidão em pertencer à tão sagrada Comunhão dos Santos, por fazer parte de tão sagrada assembléia destinada aos humildes e despretensos, de tão nobre, honrosa e importantíssima função, e que por ser feita em secreto não há recompensas ou cobranças sociais.

À medida que trabalhamos conscientemente para este progresso, perceberemos sua utilidade e correlato benefício para firmamos ainda mais nosso trabalho aqui na terra como seres espirituais que vivenciam uma experiência humana. Este trabalho é uma ligação direta com Deus e somente Ele recompensará nossos esforços. À medida que vamos perseverando aos poucos gradativamente aderimos a esta disciplina correta tão naturalmente ao ponto de intuitivamente não precisar olhar objetivamente para o relógio.

“Às doze horas do dia é preciso rezar” colaborando com a necessidade de intensificar nossos esforços, comparando ao gesto de plantar sabemos que a semente plantada no tempo apropriado, em solo fértil e bem preparado com todas as condições climáticas que favorece a frutificação, a colheita será mais proveitosa. Nas situações apropriadas sempre teremos mais proveito em nossa colheita quando aplicarmos os ensinamentos de forma correta alinhadas com as leis universais da natureza. Procurando sentir a realidade de cada palavra da oração escolhida para esta comunhão de pensamentos, o uso da faculdade de visualização fortalece potencialmente esta prática. Sabido que nossa mente inconsciente trabalha de forma mais compreensível através de imagens, que podemos comprovar pela lucidez das revelações dos efeitos da miração, a visualização dos símbolos da doutrina, como por exemplo a nítida visualização do Santo Cruzeiro ou imagem do Mestre Irineu trás os mesmos efeitos do ponto firmado pela expressão objetiva das palavras sejam pensadas ou expressas. O uso da ferramenta da visualização auxilia-nos a materializar a atmosfera que desejamos e confiamos para nós mesmo, entregando a Providência Divina nossas aspirações mais íntimas, que em nosso coração o simples desejar já o preenche de imensa alegria, eis a via cardíaca, o caminho a ser seguido por nós em nossa caminhada, nossa missão terrena. Executai com amor, prazer e alegria não dando atenção as faltas dos outros, não julgar e nem criticar mesmo em pensamento, e ao percebermos tal freqüência mude-a, transmute-a eis a obrigação de trabalhadores da “vida espírita”. Toda expressão vibracional gera em nosso campo energético uma recepção de proporcional intensidade e é vital estar CUIDANDO sempre, vigiando os pensamentos para sempre emitir conscientemente de maneira congruente o desejo que se está buscando realizar no plano físico de nossa existência, perseverando sempre no caminho como se nada vos tiverem dito, rogando perdão a si e a todos, e concebendo todos como merecedores deste crédito divino com gratidão.

Para exemplificar com simplicidade, segue uma história ilustrativa recorrente no hassidismo judaico:

Um rei quis agradar a seus mais leais cortesãos e anunciou que cada um teria satisfeito o desejo que quisesse. Alguns pediram honras e poderes, outros fortuna. Mas um deles disse: “o meu desejo é conversar com o rei três vezes ao dia”.

Três vezes é o número meditações sugeridos no referido hino, o rei simbolicamente representa Deus. Os demais personagens somos nós, sejamos a pessoa que soube pedir para às portas se manterem constantemente abertas. Portanto, humildade para adquirir sabedoria, trabalhando em si mesmo para se conhecer e reconhecer nossas reais necessidades, conscientes do que precisamos, despidos da ilusão da vaidade e da pressão dos sentidos, teremos uma refinada precisão para discernir uma coisa da outra, assim procedendo teremos nossos pedidos realizados no ato da formulação, exatamente conforme a promessa feita por Jesus Cristo pedi e recebereis. Se como pecadores na busca do caminho esforçamo-nos em cumprir com nossa palavra, Deus certamente como nos é ensinado desde o princípio cumpriu, cumpre e cumprirá os próprios desígnios. A lei de Deus é infalível.

Este estudo tem relação direta com a cerimônia de entrega e recebimento dos trabalhos da doutrina do Santo Daime no dia dos Três Reis Magos, que serve como referência para o estudo da consciência se praticamos muitas ou poucas preces. (...)

“O mistério da oração não é somente rezar”. A oração é uma das maneiras de entrar em contato com Deus, quanto mais praticamos mais aprendemos sobre seus efeitos e mais conscientes desta ligação tornamo-nos. As orações formatadas expressam objetivamente instruções da essência divina em diversos propósitos e graus de entendimento, à medida que vamos praticando passamos a vivenciar seus efeitos, com a prática constante aos poucos vamos memorizando e passamos a incorporar seus significados, tornando-a um habito passamos a ser devotos de determinada oração. No início enfrentamos dificuldades, mas à medida que vivenciamos seus poderes a divindade surge espontaneamente conforme nos aprofundamos vamos compreendendo mais a sua essência transcendendo a forma gramatical das frases a certa medida que a orações prontas repetidas automaticamente serão evocadas pela conexão de um simples pensamento firme em propósito. A oração por excelência é uma dialogo com Deus a prece espontânea emanada do coração pura e sincera possui os mesmos efeitos, sua importância está mais na essência que na forma das palavras, seja mentalmente ou verbalmente. As frases formatadas e repetidas mecanicamente não têm o mesmo impacto místico de quando oramos com o coração, a voz do coração é a voz da alma é esta que deve ser ouvida e não a voz da razão. Tanto a pratica devocional de determinada oração como a prece espontânea quando sinceras e puras emanam o mesmo poder, elevando a percepção do estado mental e emocional de quem ora podendo alcançar dimensões mais elevadas do plano espiritual. Ampliamos seus efeitos quando tornamo-nos consciente que por meio de nosso comportamento verbal, mental e de atitudes também entramos em comunhão com Deus, por exemplo, disciplina à nunca falar mal do seu semelhante, evitando pensar negativamente, ser caridosos e generosos com o semelhante, procurando ser útil a sociedade, estas atitudes expressam obediência, honra e glória à Deus e fortalecem o poder de nossas vibrações mentais e de nossa palavra em todos os planos da matéria e da espiritualidade. Nos fortalecemos espiritualmente à medida que o conhecimento racional da onipresença de Deus transforma-se em percepção subjetiva da sua presença, conforme vamos estudando os estatutos divinos através de oração prontas, mantras, hinos, etc e fortalecemos nossa conexão com as preces feitas pelo coração compreendemos que uma só palavra é suficiente para nos aproximar de Deus e que a multiplicidade de palavras não são tão necessárias para expressar nossa espiritualidade e nos conectar a nossa fé, dado a incessante e permanente busca sincera de conexão, eis a compreensão do grau iniciático da hora da ação, bem como a compreensão das orações em si. Sempre que surge um impulso seja de uma oração, seja de um hino trata-se de uma necessidade que brota do nosso Eu Superior buscando a elevação do nosso eu inferior, a melhor oração é a que surge no momento, é a que flui docilmente do coração para lábios. Esta é a energia que devemos trabalhar no exato momento, a oração trabalha especialmente em nível emocional purificando nossos sentimentos para alcançarmos o equilíbrio necessário do qual estamos rogando à Deus. Dando atenção especial ao ato de perdoar que é por excelência a espada do Cristo, eis a chave da justiça ponto fundamental da nossa libertação para cristificação do nosso ser.

“O saber de todo mundo é um saber universal”. Preparar nosso templo interior significa elevarmos à um plano mais sutil de consciência, o pensamento em si não é positivo ou negativo, sua polaridade é neutra e seu direcionamento é condicionado pelo estado mental do sujeito que aplica o referido processo. Isso significa que se focarmos nossos pensamentos em imagens harmônicas criamos uma atmosfera harmônica que será expressado em nossas palavras, ações, atitudes e conseqüentemente em hábitos, inevitavelmente se focarmos nossa razão em pensamentos e imagens desarmônicas construiremos um ambiente de discórdia dentro e fora de nós, que com insistência neste padrão de pensamentos conduziremo-nos à ruína. Em ambos os casos iremos colher o que plantarmos, o universo não julgará nossas escolhas simplesmente cumprirá com a lei natural. Nesse sentido meditar é uma ferramenta útil e eficaz para harmonização do nosso campo energético para silenciar a mente e ouvirmos a voz do coração, a voz da alma. A meditação é o processo de desenvolvimento para disciplinarmos nossa racionalidade. Existem vários processos e técnicas de meditação e de forma geral divide-se em dois tipos a meditação ativa e passiva. A meditação ativa é a de quando executamos durante nossas atividades do cotidiano, por exemplo, quando praticamos caminhada, durante a alimentação ou em qualquer atividade que realizamos com foco e atenção concentrada, como por exemplo o simples ato de varrer a casa. A meditação passiva é a que normalmente executamos com uma postura única com ênfase na respiração procuramos silenciar a mente acalmando os pensamentos.

(...)

À medida que praticamos em nosso dia a dia conheceremos seus efeitos que são de grande utilidade tanto no trabalho ritualístico em especial nas sessões de concentração, quanto na promoção e manutenção do nosso bem estar no nosso dia a dia, a meditação é uma ferramenta para melhorar nossa capacidade de concentração tornando-nos mais disciplinados, visto que compreendemos com mais propriedade nossas motivações e propósitos que estão encobertos de nós e por nós mesmo. Educar a mente é fundamento, aprendamos reter os bons pensamentos e repelir os de pouca utilidade, a harmonia repele a desarmonia o Eu Superior governando a mente a mente é disciplinada. Para melhor entendimento explicamos:

O Eu Superior ou o EU SOU é uma partícula individualizada de Deus no homem, uma centelha divina, eternamente presente em nosso ser. O Eu Superior conhece o passado, o presente e o futuro nele está contido nossa memória divina, é a presença divina em nosso ser, nossa latente potencialidade cósmica. O Eu Superior é a instancia psíquica de mais alta freqüência de vibração que orienta-nos para nossa ascensão à uma consciência mais elevada no progresso de nossa jornada espiritual.

O eu inferior é a parte egocêntrica do nosso ser, a nossa personalidade, de onde decorre a percepção de separatividade em relação a criação divina é a parte instintiva do animal humano evidenciados na expressão de nossas características em suas nuances entre a gentileza e a ignorância, altruísmo e egoísmo, da simplicidade e vaidade, da pró-atividade e do comodismo, etc. Ele funciona como um mecanismo de defesa que ao lidar com os desafios da vida que nos causa sofrimento e desconforto reprime em nosso inconsciente ignorando a experiência como aprendizado. Para conhecê-lo é necessário coragem para encarar e honestidade para admitir o que temos em erro para assim mudarmos.

As nossas ações qualificadas alimentam nossa conexão com o Eu Superior enquanto que nossas atitudes distorcidas da verdade nutrem nosso eu inferior. Atributos como a generosidade geram integração do nosso eu inferior com o Eu Superior, conseqüentemente, crescimento espiritual, enquanto, que a polaridade negativa gera uma distorção de uma qualidade, como por exemplo, a admiração gera inveja, conseqüentemente fortalecimento do eu inferior. É fundamental conhecer a nós mesmo, reconhecendo nossas máscaras que camuflam e protegem nossas próprias negatividades e falsidades. Para dissolvermos esses sentimentos e emoções negativas devemos reconhecer e aceitar para vislumbrarmos a matéria prima nos convertendo em trabalhadores para qualificar nossa sombra em luz, eis o caminho a percorrer o motivo para o qual estamos encarnados, tornamo-nos conscientes e unos ao Eu Superior. Assim todas nossas experiências em seu sentido pleno e obrigações são meios para atingirmos esta harmonização. A personalidade ou ego é a instancia que gerencia esta conexão, a personalidade é o corpo, o código genético hereditário que determina nossas características enquanto seres humanos encarnados no planeta Terra em sua manifestação tanto orgânica quanto psicológica. A identificação da personalidade com o eu inferior leva a escravidão e submissão aos instintos da matéria e às seduções do mundo da ilusão, enquanto que a identificação com a essência da nossa natureza divina conduz-nos a um forte desejo na busca da auto-realização crística.

O Santo Daime nos proporciona uma renovação, um novo entendimento, agraciados por uma sublime percepção, enxergando com mais evidencias o aspecto do belo em cada ser e quão simples pode ser a vida. Usufruindo deste benefício à medida que reformamos nosso interior, o exterior também acompanhará as mudanças, energizando-nos com disposição e vigor para enfrentar os sofrimentos que estas mudanças também causam. Compreendemos a busca e as respostas no mais íntimo de nosso ser, aprendemos intuitivamente invocar a presença divina, gradualmente tudo vai se esclarecendo, mesmo sofrendo na batalha vislumbramos e sentimos felicidade no que estamos vivendo. Conscientizamo-nos também gradualmente que somos a imagem e a presença viva do amor, que é Deus, e que todos nós temos o poder de transformar a nós mesmo e a natureza ao redor, temos incríveis potenciais adormecidos que podem ser gradualmente ativados à medida que trilhamos e vivenciamos este caminho, a descida do Espírito Santo, o processo de incorporação do Eu Superior à consciência, simbolicamente descrito como um ser espiritual de elevadíssima evolução, que "desce" e incorpora-se ao corpo físico. Este processo é fruto de uma longa caminhada, uma vida inteira de esforço, anos e anos trabalhando, sendo compreensíveis os momentos em nossa vida que adormecemos não praticando os ensinamentos, mesmo assim estamos aprendendo, todas as situações fazem parte do eterno aprendizado, “ainda que não aprenda muito aprenda sempre um bocadinho”. Á medida que fortalecemos esta conexão em nossa consciência, mais resistentes a tentação seremos, menos oscilantes entre os desejos da carne e do espírito, a compreensão vai sempre se ampliando possibilitando a integração das polaridades transmutando a cada vez com mais habilidade, ativando nossos sentidos em seu aspecto transcendente , em suma existem uma série de melhorias em nossa percepção e habilidades desenvolvidas pela obediência às instruções do Mestre e conseqüente prática disciplinar, sem esquecer das dificuldades de adaptação muitas vezes do próprio corpo que também necessita ser condicionado, tudo visa esta integração e adaptação consciente à própria divindade.

“Dentro do estado maior não pode haver desentendimentos por mais insignificante que seja” especificamente falando da egrégora da corrente espiritual da igreja, que seja um só membro deste grupo que se queixe de seu irmão ou que esteja sendo prejudicado por conveniências sociais, gerará energias de desassossegos, revoltas e falsa segurança em nosso meio, criando demandas a serem atendidas ocupando e pré-ocupando, podendo desviar mesmo que sutilmente o foco do trabalho. A devida atenção aplicada gera conhecimento e amadurecimento de todas as situações, cuidando para que tenhamos como efeito a disciplina social e autodisciplina, como zeladores da ordem de uma sociedade de membros maduros e conscientes de seus papeis dentro do sistema de ligações afetivas que fazemos parte, sempre objetivando o bem estar de todos.

Um relógio só funciona bem se todas as suas peças estiverem bem ajustadas em perfeito estado, uma engrenagem com pequeno defeito compromete todo seu funcionamento. Assim como o relógio tem muitas peças, nem todas as peças têm a mesma função, da mesma forma todos nós juntos formamos uma grande máquina social, cada um cumprindo sua função, tornamo-nos um organismo vivo, e cada um de nós membros uns dos outros, seja em nossa família, em nosso ambiente de trabalho profissional ou na igreja em que congregamos. Procuremos tornamo-nos justos, compreendendo o sentido prático da aplicação da justiça, geraremos justiça. A justiça não gera causas de injustiças e quando vítima de atos injustos saberemos suportar com paciência e libertaremo-nos de seus efeitos pelo que aprendemos na doutrina. É comum confundir-se na tentativa de fazer cumprir a ordem: a bondade com justiça, Deus é infinitamente bondoso, para nós nos cabe procurarmos sermos justos. Quando se procura ser reconhecido como uma pessoa bondosa para uns seremos assim reconhecidos e para outros seremos reconhecidos pelo exato contrário do que pretendemos, o que gera de alguma forma certo grau de desconforto desnecessário. A aplicação correta da justiça gera a verdade, as opiniões são suscetíveis a mudança, mas a verdade sempre permanece a mesma e com o passar do tempo o amadurecimento nos mostrará que uma aplicação justa evidencia o caminho correto a ser seguido com a compreensão que todas as situações são maneiras que Deus usa para aprendermos mais com a vida, fortalecendo ainda mais nossa firmeza espiritual. Vibremos harmonicamente os nossos pensamentos, sejamos justos com o outro em pensamentos, palavras e atitudes, pratiquemos o amor procurando sempre a verdade para que nosso progresso se concretize. “Tudo isso é difícil de praticar e é por esta razão que há pouca justiça aqui na Terra”.

A força espiritual de um pensamento positivo é um tesouro valioso e uma expressão da consciência superior. Todos nós que compomos o batalhão da Rainha da floresta somos especialmente importantes, nesta perspectiva não há pequenos nem grandes, o que diferencia uns dos outros são posições hierárquicas que à luz da espiritualidade não tornam alguém melhor ou pior, sob o foco da nossa vida somos protagonistas de nossa própria história na ascensão evolutiva de nossa própria consciência. Portanto na prática, mesmo nós daimistas enquanto uma tímida expressão social religiosa compreendemos que a qualidade de poucas pessoas compromissadas com este trabalho de vibração positiva com a devida consciência tem força de realizar mais pelo futuro da humanidade do que milhares de pessoas dominadas por suas paixões e sentimentos turbulentos. Servir esta doutrina é um privilégio, visto que é uma fonte inesgotável de realizações e conhecimento. Sendo assim é suficiente pensar em todo bem que pode se realizar a si e a toda humanidade pela prática da oração, do cântico dos hinos, entoação de mantras, afirmações, visualização e meditação nos termos abordados por este estudo fino.

“Segue sempre teu caminho deixa quem quiser falar” seguindo como se nada vos houvessem dito, vença as contrariedades expressando amor, considerando para ser considerado com sentimento de acolhimento, gratidão, amando a si, com terno sentimento de alegria para com todos. Em termos práticos quando em percepção de estados de infelicidade, descontentamento e tristeza, recobrai que tudo tem sua razão de ser e quando se sofre podemos afirmar em nossa consciência “perdoais-me senhor, por que pequei”. Fortaleçamos quando Deus nos convoca a luta não desejemos repouso para que nosso corpo esmoreça e nossa fé enfraqueça, perceber os ínfimos dos detalhes nos torna clarividentes e ainda mais conscientes de nosso ser, enriquecendo ainda mais o nosso saber na compreensão do saber lidar com o outro, eis o exercício da empatia, uma ferramenta fundamental no reconhecimento de todos os seres como irmãos.

Nesta caminhada é fundamental saber o que se busca, estar consciente dos desejos do coração é imperativo principalmente para quem tem em si a convicção de servir a esta doutrina. Isso não quer dizer que não tenhamos dúvidas, basta olharmos para os desafios do nosso próprio cotidiano na luta para garantir o nosso próprio sustendo e de nossa família, administrar o casamento e orientação dos filhos para a vida adulta, reforçando para aqueles que sabem o que querem, estes administram essas questões com mais facilidade, a mente focada em objetivos claros possibilita-nos otimizar nossos procedimentos que reduzem nossos esforços, agindo desta maneira “trabalhamos mais menos”, e colhemos de cada momento suas oportunidades. Este estudo traz a instrução para nos ordenar, assim como nossa família e nossas instituições para instruir a irmandade para os caminhos do Eterno Deus do Universo para que firmemos em nosso ser os estatutos divinos, especialmente para os que dão continuidade a doutrina e estão contribuindo para o fortalecimento da egrégora da corrente que firmam a estrutura espiritual em suas igrejas, desta forma trabalhamos para resgatar e manter todas as coisas em seu sentido verdadeiro dissipando as ilusões e glorificando a justiça. “Trabalhando para que a JUSTIÇA se torne uma realidade no ambiente em que convivemos seus efeitos se estendem a todo planeta terra, este conceito bem compreendido resultam a HARMONIA e AMOR que são os caminhos retos para a VERDADE (AOR)”.

O assunto abordado neste estudo apresenta características iniciáticas abrindo as portas da percepção para um conhecimento a um grau mais profundo em comparação ao que é abordado em termos de instruções para o fardamento que são em sua maior parte ocupados pelo estudo da forma litúrgica (decoração das orações, treino do bailado, toque do maracá, explicação do calendário litúrgico, etc), este estudo, porém aborda o assunto em seu conteúdo essencial que dão sentido ao entendimento da forma litúrgica adotada pelo Mestre Irineu e mais importante do que está escrito nesta peça instrutiva é o que ela te faz refletir independente de interpretações, concordâncias, etc... Ela é dedicada aos oficiais da doutrina do Mestre, às pessoas que são conscientes e cumpridores dos seus deveres espirituais e matériais em relação a doutrina e sacrificam voluntariamente uma parte de seu tempo e energia para servi-la com uma função no trabalho seja administrativamente ou liturgicamente ou simplesmente para fortalecer as fileiras do bailado, no plano espiritual quanto maior a hierarquia maior é a responsabilidade em servir ao próximo e Graças à Deus encontramos um imenso prazer neste serviço.

“Peço licença a natureza para umas palavras narrar, eu só vou falar do que eu quero e ainda não pude alcançar”. Este estudo é uma peça instrutiva confeccionada a partir de instruções simples, mas profundas sobre o hino 27 do Mestre Irineu, ensinadas pelo meu padrinho de doutrina, Daniel Arcelino Serra, na forma de se firmar a mesa do trabalho e a forma de agradecimento para permanecermos sempre de maneira ativa bailando nas fileiras como soldado da Rainha. A primeira parte do texto foi canalizada como recebimento e a continuidade do texto foi intuitivamente construída fruto do meu amadurecimento dos ensinamentos e práticas que adoto no meu dia a dia. Para uma melhor organização do próprio estudo de forma geral recomenda-se a todo estudante um caderno ou agenda para que possa registrar pensamentos, apontamentos, sonhos, insights, instruções, hinos, projeto de vida em termos práticos e objetivos inclusive à nível financeiro, programação de sua rotina, etc, como ferramenta de suporte, e quando necessário também servirá de referência para analisar seu progresso nos estudos.

Agradeço ao cósmico pelas belezas e primores do dia a dia e “estou convidando sorrindo” para quem quiser seguir sua jornada comigo, como companheiro de batalha.

Perante a este Poder com prazer, paz e alegria.

Djalma Guedes II

Post scriptum

“Orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tg 5.16).

Ao término da materialização deste caderno de hinário compreendi que uma das maneiras mais amorosas de cuidarmos uns dos outros e fortalecer a união da egrégora da igreja que fazemos parte é orando uns pelos outros, caridade moral e espiritual está ao alcance de todos, visto que é sabido que pela conquista do autodomínio adquirimos a capacidade de submetermos nossa vontade para ajudar no progresso . Pelos conceitos aqui apresentados à luz do estudo da consciência faz-se importante incentivar a execução da comunhão mental nas horas esotéricas para fortalecimento da egrégora que nesta prática temos como centro a prece Chave de Harmonia. A prática adotada por nós é sua recitação conforme estudo aqui apresentado, quando possível faz-se em pé com as mãos unidas com dedos esticados em gesto de reverencia e adoração em prece. Sua simplicidade e conteúdo excelente é de boa adaptabilidade em nosso contexto do dia a dia, mesmo na correria é de fácil aplicação. A postura corporal adotada ancora, ativa e uniformiza o padrão de frequência facilitando a sintonia entre as pessoas que se unem no momento da comunhão mental de pensamentos.

