SOBRE O AMOR

Você provavelmente acredita em Deus, certo?

Mas, longe de querer confrontá-lo, preciso perguntar. Em qual Deus você acredita?

A resposta óbvia, evidentemente, é a do deus Cristão. Ok, óbvia para nós que vivemos num país monoteísta e de forte tradição católica. Mas, não precisa ser expert em nada para saber que a infinidade de deuses no mundo não permite que especulemos um número de divindades. O hinduísmo, a título de exemplo, passa dos 300 mil deuses.

Às vezes esqueço que tocar nesses assuntos pode ser incisivo demais. Vamos para algo mais democrático, então.

E amor, você acredita?

Pois é... Talvez a esmagadora maioria das responda que sim! Mas o engraçado seria notar que esses mesmos sujeitos questionarão o conceito de amor, duvida?

Faça o teste! Depois do esperado “sim” (não aquele do altar, mas o da pergunta central), questione se a pessoa acredita no amor do príncipe encantado, aquele da alma gêmea, do filme de hollywood, do livro do Nicholas Spark ou das músicas mais aclamadas e invocadas nas noites de solidão...

Provavelmente a resposta mudará, ou melhor, suponho que a pessoa dirá que esse amor aí é fantasia, coisa de criança ou de pré-adolescente. Afinal, argumentarão: “mostre um casal que viva esse conto de fadas”.

Nesse momento eu já ficaria ansioso pela continuação, que já é certa!

O argumento derradeiro da pessoa seria incompatível com o meu conceito romântico, decretariam que o amor verdadeiro é aquele de pai e mãe, e mais, que só se conhece o que é amor de verdade após ter um filho.

Clap, clap, clap... Não consegui conter o aplauso irônico, desculpe!

Chegamos à conclusão, então, que há diferentes formas de amar, é isso, não é?

Sabia que não seria difícil chegar até aqui. Vamos continuar, então.

Desse nosso ponto de partida, podemos decidir a direção em que vamos seguir: primeiro, podemos dizer que o amor é fantasioso e, por isso, infantil; podemos dizer, também, que é cultural, já que em muitos outros lugares do mundo não se “ama” assim; ou, então, podemos afirmar que o amor mesmo é aquele que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...

De plano, já vou me posicionar contra qualquer uma dessas suposições! Sim, sou do contra!

O amor é infantil? Não, não é! Talvez, o nosso primeiro amor viva forte na nossa cabeça, porque, justamente, naquela época não tínhamos vivenciado tantas experiências negativas que nos deixariam céticos e, por isso, reticentes e bloqueados às novas experiências. O raciocínio é simplório até: “nunca tinha me decepcionado, era inocente, e por isso confiei meus sentimentos sem esperar nada em troca!” Essa ideia é bem legal, guarda aí!

Com o passar dos anos é claro que ficamos mais seletivos. Com toda certeza vamos colocar filtros e enxergar obstáculos que nos impedirá viver experiências reais. Afinal de contas, o que pensarão se eu agir por impulso? Como renegar à família ou outros conceitos morais para entrar em um relacionamento que não sei nem de onde veio, nem para onde vai? Pois é... Nós adultos não gostamos disso!

O amor é cultural, diriam outros! Tudo bem, podemos pensar sobre isso, mas, cultural em que sentido? Geográfico? Você deve estar pensando aí que lá na Ásia não se ama como a galera aqui do Ocidente, certo? Esse argumento não convence!

Vale lembrar que o templo do amor, o Taj Mahal, foi construído no século XVII, pelo Imperador em homenagem à sua finada esposa. A construção toda evoca o romantismo e não há quem o visite ou leia sobre a sua história e não suspire. “Ah, mas deveria ser um amor proibido ou deveriam estar no começo de um relacionamento”, diriam os mais negativistas! Ledo engano, meu caro, o desolado imperador construiu o templo após a sua amada falecer no parto do 14º filho do casal... Pois é, 14 “fucking” filhos e ainda se amavam!

Então vamos supor que o amor, enquanto cultura, pode ser associado à uma determinada época? Essa ideia até que é legal e pretendo explorá-la mais adiante. Vale uma amostra: como tudo no mundo, o amor também mudou, evoluiu ou regrediu, depende da sua visão, mas fato é que o amor sofreu mutações e talvez (e falo “talvez” com muita convicção mesmo), talvez, o amor dos antigos não caiba mais nos dias de hoje. Pois é, voltaremos nesse assunto!

Voltemos à ideia de Paulo, apóstolo para quem o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... Vou ser direto: não concordo com ele! Certamente ele se referia ao amor cristão, onde o perdão e a benevolência deveriam ficar acima de todas as coisas. No entanto, no amor afetivo, do relacionamento romântico, parece difícil imaginar que a pessoa só “quebra a cara” com o sujeito e ainda assim continua a amá-lo. Pode até continuar junto por uma série de coisas, mas, amá-lo genuinamente? Acho difícil!

Quando falo em amar genuinamente, ressalvo a ideia de que algumas pessoas não saibam do que estou falando.

Quando se ama de verdade, certas coisas são categóricas e não deixam margem para erro. Você vai se sentir mais motivado, você vai procurar a pessoa em todo lugar, você vai achar engraçado tudo o que o outro disser, você vai planejar a vida ao lado dela e não vai suportar a ideia de ter qualquer intimidade afetiva com outra pessoa. “Mas nem sexual?” Não! Aliás, reforço, muito menos sexual!

Acho que está na hora de conceituar. Invocando aquela ideia inicial de que há diversas formas de amor, vamos tentar traçar algumas noções gerais.

Antes de me aventurar, já adianto que meu texto não é técnico! É só uma reflexão pessoal. Por isso, não tenho pretensão em ser preciso com fatos ou definições. Tudo o que lanço neste papel, extraio da minha cabeça e, boa parte dessa baboseira, trago de experiências e observações.

Vamos lá, então.

Buscando um pouco sobre o assunto, percebi rapidamente que a minha ideia de amor se identifica com a do “amor romântico”. Sim, existe este termo, que pode até ser chamado de científico ou literário, dependendo do seu ponto de vista.

Buscando um marco histórico, os pesquisadores apontam que o amor romântico descende de um outro tipo de amor, o “amor cortês”.

Um dos marcos mais importantes do amor romântico talvez seja a lenda de Tristão e Isolda, que viveram um amor impossível, que, na cólera de uma paixão incontrolável, passaram por cima de tudo e de todos, resultando, obviamente, em morte.

Por isso que ouvimos tanto que o amor romântico destrói a vida. As maiores obras literárias sobre o assunto não tem outro final. O amor verdadeiro, então, anda de mãos dadas com a tragédia? Pode ser que sim, depende do ponto de vista, claro!

Talvez, se perguntássemos para Tristão e ele pudesse responder, talvez dissesse que trágico mesmo seria ter vivido sem sentir o que sentiu por Isolda. E o mais famoso de todos, Romeu? Diria a mesma coisa sobre Julieta?

Esquece isso, voltemos à parte chata do negócio!

O amor romântico descendeu do “amor cortês”. Esse é realmente um negócio (sentimento) difícil de entender!

Dizem alguns, que o “amor cortês”, que teve origem na Idade Média, lá por volta do século XII, vivia entre o antagonismo dos sentimentos, ou seja, embora o sujeito idealizasse a mulher e efetivamente a colocasse numa posição divinal, não poderia supor a ideia de possuí-la verdadeiramente. Pois é, admitia-se, inclusive, a possibilidade do cidadão nutrir esse amor cortês por uma mulher casada descaradamente. Alguns malucos do alto escalão da época admitiam, inclusive, que jovens cavaleiros cortejassem suas esposas como forma de fortalecer o casamento. Ok, isso parece moderninho demais para mim também! Mas que fique claro! Naquela época era inadmissível o envolvimento entre o amante e a desejada. Nenhuma das partes cogitava essa possibilidade.

Deixando de lado qualquer conclusão precipitada ou algum tipo de preconceito que possa estar surgindo, é importante lembrar que nada disso é ideia minha, isso de fato acontecia naquele século e era comum. Isso pode nos dizer muita coisa sobre o que vivemos hoje. Porque gostamos do mais difícil? Porque o proibido parece mais interessante? Porque, afinal, idealizamos a imagem de alguma pessoa e acabamos nos decepcionamos com quem ela realmente é?

Afinal, a gente se decepciona com quem a pessoa realmente é ou nos decepcionamos com aquela imagem que criamos? Fica aí o questionamento...

Continuando!

A transição do amor cortês para o amor romântico talvez seja marcada pelo envolvimento dos personagens. Falo talvez, porque não custa reforçar: faço essa viagem pelo amor de forma empírica.

O amor romântico é esse mais presente na nossa literatura e corresponde ao nosso ideal ainda nos dias de hoje. O engraçado é ver que algumas pessoas casam-se com aquela pessoa “nada a ver”, daquele relacionamento desgastado, mas faz pompas e o anuncia como uma verdadeira obra de Shakespeare.

Antes de continuar, quero propor um desafio! Pare de ler e busque “amor romântico” no seu site de busca preferido (sabemos que é o Google). Beleza, já viu? Posso continuar?

Acredito que viu logo de cara a ideia que trago na cabeça, não é? “O mito do amor romântico pode arruinar a sua vida” ou então, reforçam a ideia de mitos do amor, paradoxos do mito do amor. Meu, quem alimenta esses sites? Ou será que estou tão errado assim?

A sociedade contemporânea anuncia em uma só voz que o amor romântico não faz bem. Os psicólogos fazem isso, os filósofos também, e um sem-fim de pensadores seguem a mesma linha quando se trata de amor romântico. Porque será? Tenho feito essa mesma pergunta há anos!

Antes de continuar, eu quero deixar claro qual é a minha ideia de amor. O amor, para mim, se assemelha à paixão. Você vai sim sentir atração pela pessoa, me familiarizo mais com a atração física mesmo, mas, não vejo porque não acontecer com a atração intelectual ou qualquer outro atributo que desperte a pessoa. Desde que a afinidade seja genuína, não vejo motivos para limitar o campo da atração. Depois disso, vê-se a evolução do sentimento se revelar internamente. Independente de qualquer coisa, é possível notar mudanças dentro de si. Se sentirá mais eufórico, reflexivo, pensando na pessoa, enfim... Tudo apontará para o surgimento da paixão. Você pode até tentar fugir, mas, sinceramente, acho que esse sentimento é incontrolável.

A paixão verdadeira aprisiona. Isso é fato. Se você conseguiu controlar e desviar o foco da sua “paixão”, eu sinto muito, ou melhor, te parabenizo, não era paixão! Paixão não é fogo no rabo, entenda bem! Tesão, atração por si só, é outra coisa e não há nada de depreciativo nisso. Só quero ressaltar que o objetivo aqui é trabalhar o amor. É falar daquele sentimento que será despertado na sua vida raríssimas vezes, e isso se você for uma pessoa extremamente sortuda! A maior parte dos bípedes sequer se permitem vivenciá-lo.

Imagino que uma gama de fatores compõem o nosso interesse pela pessoa. Sei lá quão subjetivo isso possa ser, mas, segundo pude perceber, estudos indicam que as pessoas devem ser semelhantes, ou seja, você vai sim se identificar com uma pessoa mais parecida com você ou com pessoas de sua família. Não que o contrário não aconteça, mas, biologicamente essa é a hipótese mais corrente. Entenda bem, seu corpo está fazendo uma série de interpretações o tempo todo e sem que você saiba todas as suas células já terão analisado uma pessoa e te informarão em milésimos de segundo se vocês são compatíveis, ao menos nesse campo da atração física.

“Ah, mas eu conheço uma pessoa que só sentiu prazer pelo parceiro depois de alguns anos”. Beleza! Não estou dizendo que o sentimento dela é falso, mas, certamente, se baseia em outros fatores, diversos dos biológicos e químicos que respondem quase que instantaneamente. Pesquisadores demonstram isso com amostras de feromônios num ambiente cheio de gente, quem sou eu para contestá-los? As pesquisas confirmam que as pessoas se identificam com os seus semelhantes... Mas isso tem um limite, genético, inclusive! A semelhança é atrativa até certo ponto. A eugenia impõe uma barreira e te impede de sentir atração por parentes próximos, por exemplo. Isso não tem cunho religioso ou moral. De fato, a ciência prova que filhos de irmãos ou parentes consanguíneos muito próximos podem apresentar deficiências genéticas pelo simples fato de que os defeitos congênitos presentes em um parceiro ganham força quando encontram seus pares. Não tem nada de religioso nisso, é a ciência quem diz.

Estabelecida essa conexão da paixão verdadeira – e só quem já sentiu pode dizer –, nós partimos para uma outra vertente da história. Entendo que para o amor existir é requisito necessário a presença da reciprocidade e identidade dos sentimentos. Tá entendendo porque é tão raro?

Imagine, então, que você, apaixonado da Silva, é surpreendido pela pessoa desejada se declarando na mesma intensidade dos seus sentimentos?

Imaginou? Então, seria a oitava maravilha do mundo, não é mesmo? Pois é...

Te apresento o amor!

“Vai durar para sempre, só tem um para vida toda? Cada panela tem uma tampa só?”

Realmente não sei, mas na minha forma de pensar, o amor é isso! A paixão correspondida.

E acredito, verdadeiramente, que ela permanecerá viva enquanto os dois caminharem no mesmo sentido. Evidentemente, se soltarem as mãos e continuarem andando, podem até ir na mesma direção, mas com o passar dos anos estarão distantes um do outro. Sem falar daqueles que pegam direção opostas! A cada passo, um metro mais longe!

Continuo acreditando que o amor verdadeiro existe! É possível, plausível, e que pode sim durar uma vida inteira!

Por que não o vemos com frequência? Fácil, porque é extremamente raro! Some-se à isso o fato de que as pessoas preferem o porto-seguro ao amor romântico! Aliás, quer saber se o amor é desses “românticos”, na essência mais pura da expressão? Pergunte sobre, para o maior número de pessoas... Se a esmagadora unanimidade o reprovar há grandes chances de ser um “amor romântico”... Mas não se deixe levar por leviandades, amor romântico não tem nada a ver com aventura desvairada! Isso sim pode ser aquele tesão ou fogo no rabo que comentei antes! Esquece isso! A menos que esse seja o seu objetivo, senão, esqueça! Seria o mesmo que sentar debaixo da laranjeira esperando sentir o cheiro de uma macieira, ou o contrário, sei lá!

As pessoas proclamam que o amor acabou porque não o reconheceram. Sentenciam que o amor romântico é a porta das desilusões por errarem ao tentar identifica-lo. Erraram quando deveriam entender que sem reciprocidade não há amor e essa contrapartida deve ser analisada com muita cautela. Deve-se entender, de uma vez por todas, que ela (reciprocidade) deve ser completamente voluntária! Não há imposição! Não se pede carinho, não se pede atenção, não se reclama cuidado... A pessoa amada compartilha dos mesmos desejos seus, alegre-se com isso!

A reciprocidade garante que o seu sentimento será correspondido na mesma proporção... Talvez o receio de uma das partes retarde a demonstração do afeto, mas, cedo ou tarde, esse sentimento será tamanho que transbordará de dentro de si.

Na contramão do “amor romântico” alguns estudiosos proclamam que o amor de nossos tempos é o chamado “amor de fazer companhia”. Esse que a pessoa fala que amor verdadeiro é só o de pai e mãe mesmo (gostaria de usar um emoji agora!).

Entende porque isso é lamentável? Pela falta de brio, as pessoas abrem mão do amor verdadeiro para se satisfazerem com o tal “amor de fazer companhia”. Não estou nem falando da relação “pais e filhos”, estou me referindo à relação amorosa mesmo. As pessoas dizem que o amor de fazer companhia é o dos nossos tempos porque é mais fácil aceitar que todo relacionamento é assim a admitir que você não foi corajoso o suficiente para lutar pelo que acredita. Todos nós trazemos em nossas entranhas o desejo ardente de nos entregar àquele que nos satisfará por completo. Por isso tanta música, tanto filme, tanta poesia, tantos sonhos...

Isso está dentro de nós, como o corpo está para a pele. O amor nos envolve em todos os momentos da vida! A grande questão é que ele é nutrido pela força jovem, quero dizer com isso que à medida que vamos envelhecendo temos a tendência natural de nos conformar com o que temos. Assim, relegamos o sentimento do amor aos mais jovens e “incautos”, que desconhecem a realidade da vida a dois, desgastada e já desconfigurada pela rotina do dia a dia. Esquecem a maioria que desde o início já não gozavam da reciprocidade que falei há pouco.

Lembre-se do seguinte: o amor e raro!

Como não dediquei tempo o suficiente para pesquisa, devo me restringir à opiniões pessoais. Por isso, peço que confie em mim! Afianço que o amor existe! Ele pode até não durar para sempre, mas nem por isso deixa de ser amor.

As sensações que o amor verdadeiro provoca são incomparáveis. Não há outra forma de se sentir mais motivado na vida! De fato, o céu é mais azul, o sol mais radiante, as cores mais vivas, as pessoas mais amáveis... Tudo é abundante! Quem ama não cultiva o mal! Se o amor fosse melhor interpretado e aceito pelas pessoas, viveríamos num mundo melhor, sem dúvidas! Uma criança como resultado de amor verdadeiro receberia muito mais atenção, afeto, respeito e carinho, do que naqueles lares que se sustentam em nome da “fidelidade” prometida em um altar, que, infelizmente, sabemos bem, são a maioria na nossa sociedade contemporânea.

Vou ainda mais longe, eu duvido que um terrorista ou qualquer outro malfeitor possa cometer as atrocidades que lhe são próprias se estiver identificado com o sentimento do amor verdadeiro.

Não estou falando da paixão, que pode motivar sim tantos crimes passionais, mas, o que eu quero dizer é que o amor verdadeiro, além das pessoas envolvidas, se erradia para todos os lados.

Veja bem, aquele que ama genuinamente dá bom dia até para o sol!

Entendo que nossa sociedade deveria trabalhar melhor essa ideia de “amor” em prejuízo dessa forma estática do “felizes para sempre”, que muitas vezes vem travestida de casamento e que aprisiona as pessoas em poças de ciúmes, coação, controle, violências físicas e psicológicas, que machucam e limitam tanto o potencial de cada um.

Por fim, deixo aqui alguns conselhos: não confunda amor com paixão; não confunda amor com fogo no rabo; não confunda amor com casamento ou porto-seguro; e, por fim, não tenha preguiça de amar! Um pouquinho de trabalho vai dar mesmo!

Escribano
Enviado por Escribano em 18/04/2020
Código do texto: T6920757
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